sábado, 18 de outubro de 2008

PARABÊNS IBAD.

Uma Mensagem Comemorativa.


O IBAD nesta semana estará em festa e recebera seus ex-alunos, são 50 anos fazendo história no ensino teológico no Brasil, certamente vai ser um momento memorável para a vida de todos os presentes a este evento. Poderão rever o local que marcou e impactou suas vidas em um inicio ou desenvolvimento de ministério. Seja qual foi o estagio ministerial que o aluno quando entrou no IBAD se encontrava, o que ocorreu na sua vida no IBAD foi de grande resultado para sua vida espiritual e ministerial. Pois o IBAD não é só referencia para a formação Teológica no cunho pentecostal, mas também pelo moldar de Deus, podendo então considerar, como uma oficina de um oleiro, “onde os vasos são quebrados e reconstruídos”. Parabenizo aos Fundadores Rev. João Kolenda Lemos e Missionária Ruth Dóris Lemos, guardados nos corações de todos que pelo IBAD, passaram. Os Diretores Rev..Mark Jonatham Lemos e Missª. Helba Galvão Lemos, que são uma força jovem e tem desenvolvido um excelente trabalho dando continuidade ao trabalho iniciado pelos Fundadores. Aos Professores atuais e os que por lá passaram, pelo excelente trabalho e por primarem por interdisciplinaridade teológica em sua aulas, aos funcionários por servirem com amor e dedicação em nas mais diversas funções.


A Todos Minhas Considerações. Um Abração.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

FILOSOFIA DA RELIGIÃO.

FENOMENOLOGIA DAS RELIGIÕES HISTÓRICAS

As religiões chamadas históricas se caracterizam pelo fato de estarem de alguma forma inseridas no processo histórico conhecido.
Elas se distinguem entre si de várias formas, mas aqui adotamos a classificação segundo a idéia que fazem de Deus, por ser a mais comum e mais didática:
- Religiões monoteístas
- Religiões politeístas
- Religiões panteístas
- Religiões monistas.

RELIGIÕES MONOTEÍSTAS

São as religiões que crêem em um único Deus, Criador e Soberano Senhor.
Sob o ponto de vista fenomenológico, podemos distinguir dois monoteísmos:
- Explícito: no qual se presta culto efetivo a Deus.
- Implícito: no qual falta este culto efetivo.
1) Monoteísmo explícito: a rigor, só existe um monoteísmo verdadeiro, o do Antigo Testamento: Javé é Deus único e solitário. O monoteísmo do Islã é tributário do monoteísmo bíblico. Quanto ao monoteísmo do Cristianismo, é “sui generis” porque admite três realidades pessoais na natureza divina. Também o monoteísmo de Zoroastro não é tão rigoroso, pois o princípio do mal age, ao que parece, com liberdade e até contra os planos e Ahura Masda, o Deus Supremo.
De qualquer forma, para a fenomenologia religiosa interessa a atitude do crente, e este é monoteísta sempre que presta culto a uma só entidade divina. Por isso, alguns autores se inclinam a ver monoteísmo, ou ao menos tendências monoteístas, dentro mesmo de certas religiões politeístas, como segue:
No Egito: a literatura sapiencial do Egito, que remonta seguramente ao ano 2000 a.C., faz muitas referências a Deus tomado de modo absoluto, tal como na Bíblia, sugerindo um monoteísmo primitivo, que foi abandonado pelo povo, mas conservou seu prestígio entre os intelectuais, justificando a reforma religiosa empreendida pelo faraó Aquénaton, que propôs um Deus Supremo (Áton: o disco solar) em substituição aos grandes deuses de seu tempo. Infelizmente, a sua reforma religiosa não vingou, pela oposição do clero do deus Amon e pela indiferença popular.
Na Mesopotâmia: Nabucodonosor guinda Marduk, deus de Babilônia, a Supremo Ser, mas sem abolir o culto aos demais deuses do país. Não se trata de monoteísmo, mas é sintomático e não deixará de ter influência posterior no advento do Masdeísmo e Cristianismo.
Na China: o culto do Senhor do Céu, como Ser Absoluto, favorecido pelos imperadores com fins políticos, como o de Nabucodonosor, corresponde a uma tendência das classes cultas, que mais tarde se vai firmar no Taoísmo.
Na Índia: o fenômeno peculiar do henoteísmo denuncia um monoteísmo latente, não só nas classes cultas como na alma popular; além disso, o próprio conceito de Brahman implica em um monoteísmo nuclear, que, infelizmente, foi sufocado pela especulação monista.
Entre gregos e romanos: tanto Zeus como Júpiter são cultuados como deuses supremos, principalmente entre os filósofos, que lhes atribuem tal soberania e transcendência que só pode revelar uma convicção monoteísta profunda.
2) Monoteísmo implícito: o conceito é ainda muito obscuro porque envolve não só a crença dos povos primitivos, como também a dos povos civilizados. Pode-se, porém, dizer que no caso do monoteísmo implícito Deus não é cultuado como tal mas está presente (implícito) na crença religiosa do povo. Apresenta duas modalidades:
Deus ocioso: é um Deus tão transcendente que raras vezes intervem nas coisas mundanas, pelo que o povo prefere invocar os “espíritos intermediários”. É o caso de Olorum entre os Yoruba da África.
Deus vivo: é um Deus tão ativo que se confunde com as próprias forças naturais, que são cultuadas em seu lugar. É o caso do “Pai do Céu”, dos povos pastores; do “Senhor dos Animais”, dos povos caçadores; da “Terra-Mãe”, dos povos agricultores.
3) Reflexão teológica sobre esta fenomenologia: R. Pettazzoni, em L’Essere Celeste..., assim explica esta tríplice tipologia do Deus vivo: O “Pai do Céu” é próprio da cultura pastoril porque o pastor depende da chuva e do sol para a fertilidade dos pastos. O “Senhor dos Animais” corresponde à cultura da caça, porque o caçador depende da facilidade com que pode obter a caça. A noção de “Terra-Mãe” facilmente se compreende na cultura agrícola, de feição matriarcal, porque o homem depende da mulher, que lhe dá os filhos, e da terra, que lhe dá os frutos. Trata-se de uma visão “econômica”, própria de autores que não conseguem desvencilhar-se de certos preconceitos sociológicos ao tratar do problema religioso...
Por isso, julgamos oportuno inserir aqui uma reflexão teológica, quando mais não seja para também ver as coisas de outro modo...
O “Pai do Céu”: afirmar que os povos pastores cultuam um deus celeste porque defendem do céu para viver, é dar uma explicação muito pobre deste fenômeno religioso, pois na verdade não explica por que o “Pai do Céu” é concebido como um Deus Supremo, imenso, onipotente, remunerador. Afinal, estes atributos divinos nada têm a ver, na sua transcendência, com os interesses econômicos dos povos pastores... Aqui estamos diante de considerações mais profundas, que se prendem à própria experiência religiosa do homem em face do “Sagrado”, manifestada na grandeza do céu material. Com efeito:
A imensidade do céu: provoca a reflexão sobre o poder de seu Criador.
A presença do céu: em todos os horizontes sugere a providência divina em favor dos homens.
A luminosidade do céu: leva a refletir sobre a sublimidade e santidade do Ser Supremo...
O “Senhor dos Animais”: como a sobrevivência dos homens caçadores depende do bom sucesso da caça, que é sempre incerta, é compreensível que eles liguem este sucesso ao favor de um poder superior. Mas se chegam a conceber este poder como um Ser Superior, com atributos transcendentes, então deve-se pensar que aqui entra uma consideração mais profunda, fruto de uma experiência religiosa na qual o “Senhor dos Animais” é visto, não apenas como um poder limitado ao mundo dos animais, mas como um poder universal, absoluto, que pode dispor das coisas de modo a favorecer o homem que lhe pede sucesso na caça...
A “Terra-Mãe”: como a sobrevivência dos povos agrícolas depende dos frutos da terra e dos filhos gerados pela mulher, é compreensível que a sua experiência religiosa sobre um poder universal se ligue de modo particular aos fenômenos agrícolas, como a semeadura, a messe, a irrigação, etc. Aqui cabe igualmente a pergunta: Por que o agricultor primitivo chegou ao conceito de “Terra-Mãe” como um poder absoluto, divino, sagrado? Parece que a resposta deve ser encontrada no próprio fenômeno da fertilidade da terra e da mulher, isto é, no próprio fenômeno da “vida”, que se impunha como uma força misteriosa, escapando ao controle do homem... O interesse econômico apenas serviu de estímulo para uma reflexão profunda, que redundou na concepção sagrada do fenômeno natural da fertilidade...

RELIGIÕES POLITEÍSTAS

O politeísmo (poli: muitos; theoi: deuses) é um fenômeno religioso muito espalhado, encontrando-se em quase todos os povos e civilizações, mesmo hoje em dia. Daí a dificuldade de precisar a sua fenomenologia, que se confunde com as mais variadas formas religiões, pelo que o seu estudo é feito comumente na própria História das Religiões. Aqui nos contentaremos com algumas observações mais gerais.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008