quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


FORMAÇÃO DE UM POVO E GERAÇÃO PADRÃO. P/2

Continuando a avaliar e comentar sobre a formação do povo de Israel, prosseguimos pela perspectiva da evidencia dos problemas (e bênçãos) duplos de terra e população logo aparece na luta entre Abraão e Ló sobre campos de pastagens. “Não tinha capacidade a terra para poderem habitar juntos, porque a sua fazenda era muita” (Gn 13.6). Em consequência disso, eles se separaram e para Abraão foram determinados o comprimento e a largura da terra (Gn.13.17). Tempos mais tarde, Abraão comprou um local para enterros em Macpela (Gn. 23.18-20), onde a esposa (Gn.23.19), ele mesmo (Gn. 25.9), o filho Isaque (Gn. 49.31) e o neto Jacó (Gn.49.29,30) foram enterrados. A benção de grande população ocorreu não em Canaã, mas no Egito. Os setenta integrantes de Israel que desceram para o Egito multiplicaram-se chegando a formar uma grande multidão tão numerosa a ponto de ameaçar a segurança do próprio Egito poderoso (Ex 1.1-7,9,12,20, etc.). Durante todos os tempos pre-exílicos, Israel desfrutou o benefício da terra e do povo, e só quando ficou evidente que ele perdera os privilégios do concerto foi que esses dois benefícios lhe foram arrancados de forma tão violenta e irreparável. Também podemos identificar no relato histórico o terceiro elemento do concerto patriarcal, a saber, que a semente de Abraão seria ocasião de benção ou maldição para as nações. Como mencionado, este aspecto funcional do concerto corresponde ao mandato de encher a terra e sujeita-la, e dominar sobre todas as coisas (Gn 1.28). Israel, como a semente, serviu como o agente reinante do Deus Altíssimo com a finalidade de pelo menos distribuir a sua benção, por um lado, ou o seu julgamento, por outro. Vindo assim ficar enfático o sentido orgânico e judicial da constituição administrativa e social deste povo e geração.