sábado, 22 de março de 2014

TEOLOGIA NO CÁRCERE.



“Tomemos o cárcere como se fosse uma palestra onde podemos se dirigir ao tribunal, como se tivéssemos indo a uma plateia. “

Esta expressão foi de Tertuliano, um dos pais da Igreja, se pensarmos sobre ela podemos dizer, que as circunstancias de um cárcere não são inspiradoras, para surgir um texto expressivo e contundente para convencer uma plateia, levando-os ao aplauso. Porém Tertuliano, está relatando uma realidade, que não tinha em mente o reconhecimento e valorização dos homens em sua defesa, mas que sua tese teológica, e posições fossem deixadas livres, para continuarem a tarefa de esclarecer, tirar dúvidas e trazer todos a uma visão maior sobre o que era o cristianismo.
        A apologia neste período era uma incisiva proposta de condenação para o apologista, mas estes não se retinham, pois tinha em mente um ideal, que não podia por nada ser tolhido. Mesmo até que sobreviesse a condenação e em conseguinte o cárcere.  A teologia iniciou a tomar suas direções mais contundentes e assertivas neste período, não em plateias mas em tribunais.

       Hoje temos a liberdade, mas nos contemos em teologias que agradam e convencem a grupos seletos, sem pensar e refletir se esta ira fundamentar as pessoas; para que em tudo possamos ver expandir as nossas verdades e teologias não como enfeites e discursos de plateias, mas como teologia que mesmo se for condenada ao cárcere, seja esta a verdade concedida por ela própria através de Deus, o seu fundamentador.