domingo, 27 de setembro de 2015

GENÊSIS O LIVRO DO PRINCÍPIO.

      Neste trimestre estaremos estudando sobre Genesis e sera uma lição que ira requerer alguns enfoques e estudos exegeticos e cientificos. Mas nesta postagem vou falar um pouco sobre o este livro, para facilitar um pouco a primeira aula. 
     Em conformidade com as práticas do antigo Oriente Próximo de dar título a um livro por suas palavras iniciais, o título hebraico do livro de Gênesis é B+r}Av't (“no princípio”). O título inglês [e português], por outro lado, é uma transliteração via Vugata (Liber Genesis) do título grego, provavelmente tomado de 2.4, genesis (“origem, fonte, raça, criação”). Felizmente, ambos os títulos são apropriados, pois este livro trata dos primórdios e origens, conjuntamente do cosmos (1.1–2.3), da humanidade e das nações, bem como de sua alienação de Deus e entre si (2.4–11.32), e de Israel (12.1–50.26), a nova iniciativa divina de salvar o mundo.
       A indagação que ora deve suscitar-se é se a memória de Israel é historicamente confiável. A fé de Israel está baseada em fato histórico ou em ficção? Abraão é a criação da fé ou o criador da fé?45 A inspiração divina do narrador, a qual não pode mentir, é suficiente para garantir sua veracidade sem outra corroboração histórica, porém o autor do Gênesis representa a si mesmo como um historiador, não como um profeta que recebe visões de eventos. Ele fornece uma sucessão cronológica essencialmente coerente de eventos, usando a forma verbal da narrativa hebraica. Ele valida seu material quanto possível, localizando sua história no tempo e no espaço (ex., 2.10-14), traçando genealogias (ex., 5.1-32), fornecendo evidências de várias sortes para validar sua história (ex., 11.9) e citando fontes (5.1). Segundo Brevard Childs, seguindo W. F. Albright e John Bright, a referência do narrador a “este dia”/“hoje” (19.38; 22.14; 32.32; 47.26) é “uma fórmula de testemunho
pessoal acrescida à tradição recebida e se conformando a ela”.46 A evidência do narrador não satisfará as demandas da historiografia moderna, porém mostra que ele tencionava escrever história real, não mito, nem saga, nem lenda. Embora os críticos históricos omitam sua interpretação teológica da história historicamente confiável, suas pressuposições anti-sobrenaturais não desaprovam empiricamente o relato profético do narrador da mão ou intervenções divinas na história. 
     Gênesis às vezes usa a metáfora da “semente” para a descendência humana. Fundamental a essa metáfora é a noção de reprodução “segundo sua espécie”. A fim de tornar a matéria ainda mais simples, justamente como a semente de plantas e árvores produz segundo sua espécie (Gn 1.11, 12), também a semente humana se desenvolve segundo o tipo de pessoa que produz a semente. Deus no princípio cria a humanidade à sua imagem, isto é, como seus regentes para representar seu governo sobre a terra. No templo-jardim do Éden, sua primeira palavra à humanidade é uma ordem. Não devem comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Essa famosa árvore simboliza a capacidade de discernir o bem (isto é, o que antecipa a vida) e o mal (isto é, o que obstrui a vida). Tal conhecimento pertence unicamente a Deus, porque, como Agur, inferencialmente, argumenta em Provérbios 30.1-6, deve-se conhecer compreensivelmente a fim de falar absolutamente sobre o que é bom e mal. Entretanto, a humanidade finita em Adão e Eva recusa aceitar esta limitação e transgride a fronteira estabelecida. Tentado por Satanás a pôr em dúvida a bondade de Deus e a veracidade de sua palavra, com o poder ilícito de descrer e desobedecer ao governo de Deus comem o fruto proibido, tornando-se seus próprios legisladores à parte de Deus. Segundo a ameaça de Deus, tornam-se alienados dele e entre si. Em resposta à sua rebelião em estabelecer um reino rival, o gracioso Soberano intervém mudando as afeições religiosas de Eva para que ela amasse a Deus e se submetesse ao seu governo e odiasse a Satanás que o afronta. Dirigindo-se a Satanás, Deus diz: “Eu porei inimizade entre você e a mulher, e entre sua descendência [semente] e a dela” (Gn 3.15). Desde então a humanidade está raças espirituais, visto que fisicamente reproduzem Adão e Eva. A semente da mulher, como vista em Abel, reproduz seu amor por Deus; e a semente da Serpente, como vista em Caim, reproduz sua inimizade espiritual contra Deus. 
    Na proxima postagem irei colocar mais uns adentos para se pensar e estudar nesta lição a cada domingo, levando as aulas a uma maior profundidade de argumentação sobre os assuntos.