sábado, 31 de maio de 2014

O SAGRADO E O PROFANO NA SOCIEDADE.


(Eliade,1992) “O conceito do espaço homogêneo e a história desse conceito (pois foi adotado pelo pensamento filosófico e científico desde a Antiguidade) constituem um problema completamente diferente, que não abordaremos aqui. O que interessa à nossa investigação é a experiência do espaço tal como é vivida pelo homem não religioso, quer dizer, por um homem que recusa a sacralidade do mundo, que assume unicamente uma existência “profana”, purificada de toda pressuposição religiosa”.    Quando Eliade escreve esta declaração, vem a perceber as verdades propostas dentro da religiosidade vivida no início da década de noventa. Que aponta o profano com um rotulo, e o descaracteriza da sociedade o tornando o ópio; mas a sacralidade ao que defende e evidencia se preocupa com seu espaço e não oportuniza a sacralização da sociedade ao seu redor, porque pretende ser exclusiva em sua fé e defesas ideológicas. Mas na verdade o espaço social é homogêneo onde os dois extremos estão presentes, o sagrado e o profano; nesta circunstância social, ocorre a perca das identidades sociais, pois queremos definir a sociedade com nossos conceitos baseados em um extremo ou outro. Nos esquecendo assim do princípio sagrado para sociedade que é o amor o perdão, a convivência, porém sabendo que tem o compromisso de ser e agir sagradamente; pois é separado por Cristo para Ele, mas não excluído da sociedade e nem com o poder de se tornar opositor social daqueles que são contrários e profanam com suas ações nossas crenças. O sagrado precisa ser amor, e muitas vezes somos ódio e vingança; porque não compreendemos o importante para nossa vida que é sermos sociais em Cristo, para fazermos a diferença no espaço em que vivemos. Mas a profanação proposta pelo profano é constrangedora, inóspita e vulgar; querendo dessacralizar o mundo e a sociedade; por não entender que o universo é sagrado, pois ontologicamente e concretamente só existe a partir da manifestação e ação do Sagrado no Universo.  Assim a sociedade é o espaço deste confronto e conflito, onde as perspectivas e ideologias se divergem, mas acima de tudo preciso é estar reconhecendo que somos a manifestação do sagrado e o Universo a causa e o efeito de sua existência.