quinta-feira, 4 de julho de 2013

A CARTA PAULINA A FILIPOS.



A carta à igreja de Filipos é considerada a mais bela do  Novo Testamento. Ela transborda de alegria, generosidade  e entusiasmo. Destacamos alguns pontos: Em primeiro lugar, o autor da carta. O apóstolo Paulo, corajoso missionário, ilustrado mestre, articulado apologista, estadista cristão e fundador da igreja de Filipos, é o  remetente da carta.  Há abundantes evidências internas e externas que provam conclusivamente que Paulo foi o autor dessa carta. Os pais da Igreja primitiva Policarpo, Irineu, Clemente de Alexandria, Eusébio e outros afirmam a autoria paulina dessa carta. Paulo recebeu uma refinada educação secular e religiosa  (At 22.3). Ele era um líder do judaísmo na cidade de Jerusalém. Era um fariseu, ilustre membro do Sinédrio, que deu seu voto para matar alguns seguidores de Cristo (At  26.5,10). Convertido a Cristo, foi destinado como apóstolo aos gentios. Foi enviado pela igreja de Antioquia como  missionário transcultural, e, na sua segunda viagem missionária, esteve em Filipos, onde plantou a igreja. Dez anos  depois, quando preso em Roma, escreveu a carta à igreja  de Filipos. Em segundo lugar, onde e quando a carta foi escrita. Essa  é uma carta da prisão. Paulo esteve preso três vezes: em Filipos (At 16.23), em Jerusalém e Cesárea (At 21.27–23.31)  e finalmente em Roma (At 28.30,31), nesta última em  duas etapas. Há evidências abundantes de que Paulo escreveu de Roma, essa carta no final da sua primeira prisão.  Três fatores parecem provar essa tese: Primeiro, as demais  cartas da prisão foram escritas de Roma (Efésios, Colossenses, Filemom), onde Paulo passou mais tempo em cativeiro. Segundo, em Filipenses 1.13 Paulo menciona a guarda  pretoriana (o pretório). Terceiro, em Filipenses 4.22 Paulo  envia saudações dos “da casa de César”, todos os que faziam  parte das lides domésticas do imperador. Werner de Boor  afirma que quando essas três coisas – prisão, pretorianos, casa de César – convergem, não faltam muitos argumentos  para tomar a decisão a favor de “Roma”. Essa carta foi escrita no final da primeira prisão em Roma, e não durante a segunda prisão, visto que Paulo tem  vívida esperança de rever os Filipenses (1.19,25) e ainda desfrutava certa liberdade a ponto de receber livremente seus visitantes (At 28.17-30). Paulo ficou preso em Roma, nessa primeira reclusão, cerca de dois anos, aproximadamente nos anos 60 a 62 d.C. Ele escreveu a Carta aos Filipenses já no final de 61 d.C. Evidentemente essa foi a última carta escrita no período dessa primeira prisão.