quinta-feira, 15 de julho de 2010

       A teologia Bíblica, precisa estar relacionada com a teologia exegetica para uma didaschalia Bíblica que possua coerência teológica,sem direcionar-se para teologia sistematica. Por isso que procuro e persisto em estar atuando dentro de uma teologia Biblica, não só histórica mas também exegética, quando estamos tratando do canon do Antigo Testamento,que tanto é histórico,como também esta em consonância com a teologia exegética.Vejamos isto evidente neste tema que estarei abordando,que mesmo que tenha um sentido dogmático segue o parametros exegeticos da teologia Bíblica.


  
                                                  REVELAÇÃO DE DEUS



Deus se revela aos homens como Criador amante de sua criação e por sua própria iniciativa; essa revelação era abundante no principio dos tempos – era plena – havia os elementos necessários para que esse relacionamento se desenvolvesse da forma mais bela e perfeita, sendo um relacionamento bom, ético, moral e perfeito entre o Criador e a criatura; nesse período detectam-se muitas características peculiares a pessoa de Deus; existem muitas especulações doutrinarias de religiões e seitas sobre o inicio da revelação de Deus, porem a Teologia do Velho Testamento nos mostra pelas ações de Deus que , por exemplo, o amor é uma marca indelével no Seu caráter e esta presente em todos os aspectos da criação. A Teologia do Velho Testamento propõe um Deus tão magnânimo em sua criação que uma série de teorias foram levantadas para explicar termos como evolução, idade da terra, e etc. – vemos em todas estas teorias a presença de um Criador flexível que trabalha dentro de um propósito bem definido na obra da criação; quer sejamos pré-adâmicos, criacionistas, evolucionistas teístas, criacionistas progressivos ou aceitemos a teoria da catástrofe universal, conseguimos ver a atuação laboriosa de um Deus Criador em cada uma delas. Para se revelar ao homem Deus usou atribuições que registrou em diversas partes do texto sagrado, em Gênesis, por exemplo, vimos a majestade de Deus relacionada com a criação do universo; existe, pensamos, uma progressão na revelação de Deus no texto sagrado. É conhecido, por estudos psico antropológicos que uma das necessidades encontradas nos homens de toda cultura e época é a de crer, crer em algo transcendente, muitas vezes em forma de um deus nominal – Elohim, 1º grau de revelação de Deus , mostrando aos leitores da sagradas letras sua primordial atribuição: acima de tudo e de todos existe um Deus majestoso que se revela como Senhor de todas as coisas. O próximo passo da revelação é o que também se configura como uma necessidade natural do ser humano em todo lugar e tempo, que é uma explicação as perguntas de quando e como tudo foi criado. Conhecemos, a partir desta necessidade o Deus Criador que é majestoso em sua glória e Senhor Criador do universo; só que apenas com elementos físicos, químicos e orgânicos essa criação não estaria completa; outro questionamento, então, percorre o pensamento dos homens de todo lugar e época que é: como e porque o universo funciona? Quem é que fez as leis físicas, químicas e orgânicas? Quem é que faz com que elas se cumpram?, vemos, então, num 3º passo da revelação divina o Deus põe ordem ao caos, que comanda e rege com cetro de poder e sabedoria todas as coisas existentes no universo; porém faltava ainda um estágio de revelação que mostrasse um lado da personalidade de Deus, pois até o presente momento só vimos manifestações de sua glória, seu poder, sua organização, porém um traço de sua personalidade era necessário se revelar; vemos então o Deus que se move sobre a face do abismo, que não é estático, que não precisa ser carregado pelos homens, porém um Deus que faz e se revela em Espírito autônomo ao homem, mostrando um lado pessoal, uma característica, um Espírito que um dia, tão bondosamente se distribuiria entre os seus. Nessa revelação evolutiva, o próximo passo é entrar mais no campo da personalidade, se tornar mais identificável aos homens e, nesse 5º passo de revelação, Deus aparece como um Ser ético, mostrando para o homem um princípio universal: tudo que é ético é necessariamente belo e bom; Tudo o que Deus criou é bom e belo, assim, Deus se mostra como o único ser verdadeiramente ético, justo e bondoso, e o é por toda sua glória, majestade, onibenevolência, etc. O próximo passo na revelação de Deus é se mostrar ao homem como um Ser responsável, que, não apenas cria, mas cria, rege e cuida; temos assim a figura do Deus Pai, Todo Poderoso Criador dos céus e da Terra. Quandono início falamos das duas fontes de criação do homem, dissemos que é impossível que o homem viva sem uma dessas duas fontes e Deus é uma destas duas fontes.