domingo, 30 de dezembro de 2012



                                      ESPERANÇA CRISTÃ.   P-2  

MORTE

Quando estamos falando sobre esta temática que iniciamos a esperança temos que visualizar a perspectiva escatológica, pois assim que é vista e estudada a esperança no contexto teológico. Mas o que trata a escatologia, que  vai focar sobre a esperança do cristão?    A escatologia tem um lugar importante na construção de uma teleologia cristã. Vários assuntos, tais como a ressurreição, vida depois da morte, céu e inferno, e a volta de Cristo fazem parte desta área de estudo. Podemos definir a escatologia como o estudo das últimas coisas. O estudo da escatologia é dividido em duas partes. Primeiro, é o estudo da escatologia individual ou pessoal, ou seja, o destino eterno dos seres humanos e dos anjos. Isso inclui a morte, o estado intermediário, a ressurreição, o juízo final e inferno e céu. Então começamos falando sobre a morte, um assunto para muitos temível, para escatologia visto desta forma: As Escrituras afirmam que todos morrem (Rm.5.12), e que uma pessoa só morre uma vez (Hb 9.27). A primeira nos lembra que os avanços na medicina não mudarão nada. Qual a percentagem do povo morre? Todos! Pastores e cristãos não devem ficar envergonhados ou intimidados pelos médicos. Eles podem nos ajudar, claro; mas nossa ajuda maior e nossa esperança real está no Senhor, que tem as chaves da morte (Ap 1.18). Podemos enumerar três formas, quase três estágios da morte. A primeira e a mais importante morte é a morte espiritual. É a primeira, porque aconteceu primeiro na história e em cada vida individual. Em Gn 2.17, Deus disse que “no dia em que dele comeres, certamente morrerás.” Alguns pensam que o significado é a certeza do significado, e não necessariamente a proximidade. Adão ficou mortal quando ele comeu, mas morreu muitos anos depois. Acho que Adão ficou mortal quando comeu, mas creio também que ele morreu espiritualmente naquele mesmo dia, naquele momento. O pecado fez separação entre Deus e Adão, e esta separação é a essência da morte espiritual.
 A segunda forma é a morte física. Como a morte espiritual é separação de Deus, a morte física é separação do corpo do espírito, ou a parte material da parte imaterial. A visão hebraica é que uma pessoa é a união de duas partes. Não devem ser separadas. Mas na morte, a Bíblia diz que “o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu” (Ecl 12.7). A morte física é esta separação, esta dissolução das coisas que devem ficar juntos, inseparáveis, que também indica que a morte não foi a vontade original de Deus para o homem, mas o resultado do pecado.
 A terceira é a  morte eterna, ou a segunda morte (Ap 2.11; 20.14), em que o estado do homem é fixado para sempre. Então, podemos dizer que para a morte espiritual, a cura é a regeneração, para a morte física, a cura é a ressurreição do corpo; mas para a morte eterna, não há cura. E sobre esta que estaremos direcionando nossos estudos escatológicos a partir da próxima postagem. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A ESPERANÇA CRISTÃ. (P.1)

Enquanto os ateus e pagãos,não concordam com a ressurreição do corpo,nos vivemos esta viva esperança. Corpo na Bíblia é simplesmente o homem; homem, além disto, sob o signo do pecado, homem caído. Para este homem é dito "Tu ressuscitarás': Ressurreição significa não a continuação desta vida, mas sua conclusão. Para este homem um "Sim" é dito onde a sombra da morte não pode alcançar. Na ressurreição, nossa vida está envolvida, nós, homens como somos e estamos situados. Nós ressuscitaremos, ninguém mais tomará nosso lugar. "Seremos transformados" (lCo 15); isto não quer dizer que uma vida diferente se inicia, mas "o corruptível se revestirá de incorruptibilidade e o mortal de imortalidade". Então será manifesto que "a morte foi tragada pela vitória". Portanto, a esperança cristã afeta nossa vida como um todo: as nossas vidas serão completadas. Esta que foi semeada em desonra e fraqueza ressuscitará em glória e poder. A esperança cristã não nos conduz para longe desta vida; pelo contrário, é a revelação da verdade na qual Deus vê nossa vida. É o triunfo sobre a morte, mas não um vôo para o Além. A realidade desta vida está envolvida. A escatologia, corretamente entendida, é a coisa mais prática que pode ser considerada. Nela, a luz cai sobre nossas vidas. Esperamos por esta luz. "Nós te oferecemos esperança", disse Goethe. Talvez até ele mesmo sabia desta luz. A mensagem cristã, em toda medida, de modo confiante e confortante, proclama esperança nesta luz. É verdade que não podemos nos conceder ou persuadir de que temos esta esperança de que nossa vida será
concluída. Ela deve ser crida, apesar da morte. O homem que não conhece o que é a morte também não conhece o que é a ressurreição. É necessário o testemunho do Espírito Santo, o testemunho da Palavra de Deus proclamada e ouvida na Escritura, o testemunho do Jesus Cristo ressurreto, a fim de que se creia que haverá luz e que esta luz completará nossa vida incompleta. O Espírito Santo, que fala a nós na Escritura, nos ensina que podemos viver esta grande esperança.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


A DIALÉTICA GERADORA DE MUDANÇAS DE ENGELS E k.MARX.(3º.p)
                                                                                                       
                                                                                                         

MARX E ENGELS PROPONENTES DO COMUNISMO. 


Marx e Engels submetem a uma profunda critica não só aos jovens hegelianos, mas também ao sistema filosófico de que nascera essa tendência, pois defendia que o inimigo mais efetivo do materialismo na Alemanha era o idealismo especulativo, que representava a realidade de uma forma deturpada. Pois o que primava a ideologia destes dois filósofos era uma liberdade, que atacava o sistema dominante que estava implacável na Alemanha e Inglaterra, com isto estes dois filósofos queriam a absorção social do comunismo, onde os operários seriam beneficiados.  Engels denunciava a filantropia hipócrita dos burgueses alemães e a pratica da caridade e das esmolas de pataco, humilhantes para os operários. Estava sendo proposta uma revolução social, uma quebra de paradigmas  onde a economia fixa só na classe dominante teria uma oscilação, vindo a perder sua força, tendo que abrir espaço e valorizar os pequenos empresários e a classe operaria que passaria a ter sua participação no mundo econômico. As paginas dos livros escritos por Engels possuem criticas constantes contra o capitalismo e defesa ao movimento operário, pois este filosofo se torna o primeiro dos partidários do comunismo a notar a grande importância dos sindicatos e das greves econômicas na defesa dos interesses vitais dos operários, propondo sempre caminhos e ideais para uma sociedade com a participação de todos na mesma intensidade, sem exclusão da classe operaria, mas com representação desta classe junto ao governo, tendo assim voz ativa nas decisões sociais e políticas. Uma nova concepção de mundo material, uma transformação política para este momento, o que causava uma ideologia vital para aceitação do comunismo propondo uma discussão e rejeição na Europa materialista do momento, é neste momento que se começa as rejeições a este sistema político, pois é implantado em meio a conflitos sociais, o que começa a causar incertezas em suas procedências. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


A DIALÉTICA GERADORA DE MUDANÇAS DE ENGELS E k.MARX.
                                                                                                   P.2 
           
 O CONTRIBUTO DIALÉTICO DE ENGELS A CRISE ECONÔMICA. 

Continuando a falar da dialética engeliana e marxista, cito que Engels foi o primeiro dos socialistas á aplicar em uma forma magistral, o método dialético relacionado a analise das relações econômicas da sociedade burguesa; nos seus confrontos ao sistema sócio econômico da Europa em seu tempo. As abordagens egelianas vai se apoiar as criticas feitas de forma incisiva pelos socialistas utópicos, mas indo mais avante completando estas posições, a teses e postulações teóricas com conclusões independentes, vindo assim a fortalecer teoricamente todo o processo defendido por estes socialistas utópicos em suas defesas e refutações ao sistema. Engels vai assim desenvolver a frente a ideia de interligação e  mutuo condicionamento dialéticos entre a concorrência e o monopólio; esta sua defesa e tese é proposta de forma notável e contundente, vindo assim indicar a sua propensão como conciliador e aglutinador de ideais que propõem um confrontação redentora para as classes que estão envolvidas no processo, afim de denunciar os abusos, como da propriedade privada e a concorrência que vão conduzir a centralização do capital, causando assim a miséria das massas populares e as crises freqüentes. Com isto o seu contributo é visto como ameaçador e perigoso aos propósitos da burguesia, mas em contraponto como um rumo novo que esta sendo defendido, um sistema político econômico, observador e defensor do povo, uma proposta socialista que se identifique com os que são explorados, pelo mercantilismo deste período da política Européia. Os ideais de uma sociedade precisam ser coesos e terem uma hegemonia corporativa e unificadora.  Assim Engels em sua proposta dialética, vai defender uma economia que visualize o povo, as massas que são rejeitadas quando o projeto é criado e executado. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012



A DIALÉTICA GERADORA DE MUDANÇAS DE ENGELS E k.MARX.                                                                                              
                                                                                         P.1

“A dialética é o pensamento da contradição, uma afirmação é ultrapassada por sua negação e esta por sua vez, pela negação da negação, isso é uma nova afirmação. Esse movimento é peculiar, cada momento de dialética e da história ao mesmo tempo ultrapassa o anterior e o conserva, o proletariado, por exemplo, tem sua origem no desmantelamento da servidão medieval”Matos, Olgária
Esta definição de dialética dentre as muitas que já vi mais me interessou, pois vai enfocar a contradição e discordância, surgindo assim o confronto ideológico, que vai unir em uma ascensão as idéias que se convergirem pro mesmo propósito. Como o caso de Engels que é um amigo pessoal de Karl Marx, vindo os dois a desenvolver uma dialética política, onde a pessoa do Vassalo e do Proletário são colocadas em evidencia, e assim na proposta afirmada que depois dos confrontos surge a negação, vão tomar corpo as propostas filosóficas e políticas para a mudança de um sistema que estava fixo e monopolizado na Europa, no período destes dois filósofos. Engels vai fomentar ainda mais sua dialética, a apartir de discordâncias da dialética de Hegel, que é seu contemporâneo, mesmo que a posições políticas hegelianas sejam mais conservadoras vão contribuir para Engels aplicar às idéias fundamentais da dialética hegeliana a vida social.   A dialética evidenciada dos debates destes filósofos neste período é inovadora, para a sociedade do tempo deles, estão nas suas contradições escrevendo uma nova Europa, em seu sistema de política trabalhista. Assim vemos o quanto é contributiva a visualização que surge das realidades sociais em uma dialética que o fim ultimo, será a construção de um novo tempo, neste caso foi o da liberdade e da oportunidade de respirar uma esperança para os proletários, com as propostas políticas soltas no ar por Engels e Marx. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012



LIBERALISMO E MODERNISMO - P.2


Continuando a abordar sobre o liberalismo e suas perspectivas, agora iremos ver sobre as influencias da razão. As intuições que ocorrem ao homem e à razão se constituem nos melhores indícios através dos quais podemos nos informar sobre a natureza de Deus. A mente deve conservar-se aberta a todas as verdades, não importando a procedência delas. Isso quer dizer que os liberais se propõem a manter a mente livre de preconceitos; nenhum problema lhes parece vedado ao meticuloso exame da razão. O surgimento de fatos novos poderá sempre concorrer para que se modifiquem as convicções consagradas pelos costumes e pelo tempo. Os liberais procuram devassar o desconhecido, possuídos que estão da profunda convicção de que qualquer verdade que surja será inevitavelmente uma verdade Divina. Animados desse espírito, os liberais aceitam cordialmente as conclusões da alta crítica bíblica e a teoria da evolução. Recusam-se a admitir uma religião que tenha medo da verdade ou que procure se proteger das investigações da crítica.Torna-se evidente que, na medida em que alguém se mantém liberal com base no método que adota, as conclusões prováveis poderão ser diametralmente opostas. Não é coisa inimaginável, por exemplo, que alguém possa obedecer a esse método liberal e chegar à adoção de uma teologia bem parecida com a conservadora. Entretanto, o liberalismo foi associado a certas conclusões, tanto quanto com o método descrito, de modo que, uma vez que temos de continuar a análise da escola, é necessário que examinemos algumas das aludidas conclusões.Subjazendo ao liberalismo teológico tal como veio a proliferar nos primeiros vinte e cinco anos deste século, encontra-se a influência da filosofia do Idealismo Absoluto, originária de Hegel e de Lotze, mas reinterpretada na América do Norte por Josiah Royce. O Idealismo Absoluto tem suas bases na idéia de que, se o homem pode crer no próprio conhecimento, será imprescindível supor a existência de uma estrutura racional do universo fora dos domínios de sua mente. As faculdades da razão humana, sua lógica e suas suposições apriorísticas só poderão funcionar para nos dar conhecimento do mundo se admitirmos que o mundo obedece a princípios correspondentes. Em outras palavras, podemos depositar confiança em nossa mente somente na medida em que possamos admitir que o mundo também expressa uma mente ou razão. O idealismo veio, portanto, a interpretar toda realidade como evidência da razão ou mente divina. Por outro lado, o Idealismo se tornou logo muito bem visto pelos cristãos pelo fato de sugerir excelentes meios de ataque contra todas as formas de filosofia materialista.Alguns idealistas, como Hegel e Royce, fizeram com que a terminologia cristã se tornasse parte inerente do sistema por eles defendido. Todavia, para esses homens, as doutrinas cristãs não passariam de símbolos de verdades racionais de que os homens são portadores. Assim pensando, por exemplo, afirmavam que o conceito da divindade de Jesus seria somente uma enunciação simbólica do fato de que todos os homens trazem consigo um aspecto divino em sua natureza. O conceito básico da Bíblia, que consiste em demonstrar que Deus tem se revelado a si mesmo através de certos acontecimentos pertinentes da história, foi considerado pelos idealistas como noção ingênua e pré-filosófica.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


LIBERALISMO E MODERNISMO O CONFRONTO A ORTODOXIA.
 p/1


Os termos “liberalismo” ou “modernismo” são de difícil definição. Primeiro, porque era coisa muito comum, durante os conflitos assinalados entre fundamentalistas e liberais, sempre que alguém não fosse fundamentalista, automaticamente ser posto no rol dos liberais ou modernistas. Os dois termos são empregados como sinônimos, embora não tenham faltado tentativas de diferenciá-los. Um outro problema associado às tentativas de definição é o fato de que o liberalismo é, por sua própria natureza, de tal ordem, que muitas posições podem estar contidas em seu escopo.
Apesar de suas variedades, o liberalismo assumiu, na opinião de grande parte de seus defensores dos primeiros anos do século, o significado de uma reconstrução do cristianismo ortodoxo. Não obstante o fato de que os fundamentalistas considerassem os liberais como verdadeiros subversores da fé, os liberais se tinham a si mesmos como salvadores da essência do cristianismo. No entender dos liberais, eram os fundamentalistas que estavam levando o cristianismo a perder sua influência, pela insistência que faziam em mantê-lo em moldes envelhecidos, fazendo-o impossível de ser aceito por pessoas inteligentes. Típica da atitude dos liberais era a declaração muito difundida, feita por Fosdick, de que, para ele, o problema não estava na enunciação de uma nova ou de uma velha teologia, pois o problema real era o de ter-se uma nova teologia ou não se ter nenhuma teologia.
Para que possamos entender o liberalismo, temos de saber de que nele se encontram dois elementos. Há, antes de qualquer coisa, as considerações relacionadas com o método próprio do liberalismo, isto é, o método que significa a capacidade conferida aos liberais de, provavelmente, chegar a conclusões diversas. Em adição a isso, deve-se considerar a existência de certo acervo de pensamentos que se vêm acumulando e que é típico dos liberais.
O método do liberalismo inclui uma tentativa de modernizar a teologia cristã. Alegam os liberais que o mundo tem passado por mudanças radicais desde quando foram elaborados as primeiras confissões de fé da cristandade; isso faz com que elas assumam feição arcaica e destituída de realidade ao homem atual. Temos, então, de repensar o cristianismo de modo que ele seja expresso em formas mentais inteligíveis ao mundo de nossos dias. Fosdik costumava dizer que temos de expressar a essência do cristianismo, suas “experiências permanentes”, mas não é legítimo procurar identificar essas experiências com as categorias transitórias nas quais foram expressas no passado. Por exemplo, diz Fosdick, uma das experiências permanentes do cristianismo tem sido a convicção de que Deus triunfará definitivamente sobre o mal. Essa convicção tem sido retratada, tradicionalmente, mediante a categoria do Segundo Advento de Cristo nas nuvens para destruir as forças do mal e estabelecer o domínio do bem. Já não podemos manter essa categoria antiquada, mas podemos ainda crer na verdade que se procurava exprimir através da antiga maneira de se dizer. Podemos continuar trabalhando sob a convicção de que, mediante a dedicação de seus seguidores desprendidos, Deus se encontra no presente empenhado na edificação de seu Reino e de que haverá uma renovação proposta à nossa vida individual e social, visando a que toda conduta se conforme à vontade divina. A essência da fé fica, portanto, estabelecida, diz Fosdick, mesmo que a forma de enunciação na qual se encontrava revestida seja abandonada como coisa ultrapassada.Na próxima postagem estarei prosseguindo o assunto e o concluindo

sábado, 20 de outubro de 2012


DESIGN INTELIGENTE E TEORIA DA EVOLUÇÃO





domingo, 14 de outubro de 2012



O SER E O OBJETO NA FENOMENOLOGIA.

A fenomenologia é uma tendência que exerceu influencia no século 20, fundada por Hurssel, torna-se uma transposição dos limites da filosofia, pois fundou a filosofia contemporânea, vem a ser uma renovação do exercício da filosofia, pois ai surgi a interrogação. A fenomelogia vai trazer a tona a relação do sujeito e o objeto, uma relação de como vai se constituir o conhecimento, que vai possuir três vertentes na atualidade, sendo o realista: O que sustenta ao primado do objeto, onde tudo é aprendido a partir dos sentidos e assim a a partir do analise do objeto descubro vindo a conhecer, a segunda vai ser a idealista que vai sustentar o ponto de partida as idéias logo sendo a primazia o sujeito, onde estará em voga o acordo entre o sujeito e o objeto, uma correspondência que surge do analise das idéias, onde chego através desta  proposta a conformidade entre as coisas e a mente ou as idéias; a terceira e ultima vai ser a filosofia Kantiana, que vai inquirir qual o contributo do objeto e o da mente, vindo a redistribuir as funções apresentando um meio termo tornando o conhecimento uma síntese desta duas instancias, onde é configurado o conhecimento como uma equivalência entre o objeto e a mente. Portanto o conhecimento vai estar aferido ao sujeito, mas este vai depender do seu contato com o objeto, nas experiências, avaliações e analises. Sendo esta contribuição do sujeito o que Kant vai denominar de fenômeno, vindo ai indicar os elementos transcendentais do conhecimento os fenômenos incalculáveis, vindo ai ser percebido a fenomenologia do Ser. O que lhe distribui forma e organiza o conhecimento dentro da capacidade do individuo dentro do ser cognitivo. É como se a consciência tem o poder de projetar o conhecimento que vai aquilatar através do seu contato com a objetividade e sujebtividade.  A fenomenologia vai desobstruir a competição entre o sujeito e o objeto, propondo um equilíbrio, onde Hurssel vai retirar os efeitos naturalistas que causam este confronto entre o objeto e o sujeito. Vindo ai perceber a ação da consciência de rastrear as coisas e organizar suas idéias, compondo assim a sua percepção de tudo.     

domingo, 7 de outubro de 2012



CONSCIÊNCIA E A ESSÊNCIA NA DEFASAGEM ÉTICA DO SER.  

Ao postar nesta semana decidi estar falando sobre a concepção ética no sentido sociológico de Hegel, que vai enfocar em sua obra fenomelogia do espírito, sobre a consciência e a essência relacionados a ética. A consciência quando aplicamos sua efetividade à atuação da ética verificamos que vai de encontro ao Ser, onde surge à consciência de si, nesta perspectiva percebemos as posições e oposições do Ser em suas atuações e intervenções aferindo a intensidade da ação, resultante das manifestações de seu caráter. A ética aferida a consciência do Ser possui o efeito publico e individual, que vai desenvolver uma proposta envolvendo o individuo em suas manifestações e interações, que terão conseqüências diversificadas, onde pode as reações sociais se for publica lhe desqualificar e desabonar, causando os danos de diversas ordens; e se for individual vindo a compor sua conduta pessoal, indicando suas qualidades que podem causar a rejeição e por fim o recalque pessoal. Estou evidenciando no texto as ações éticas ruins que descritibilizam o Ser; para podermos avaliar suas dimensões na participação do individuo na sociedade. Quando estamos ainda mencionando sobre a consciência ainda temos que visualizar a obediência, desobediência, voluntariedade e a involuntariedade  pois existem atos que são causados devido a uma obediência a uma proposta, outros implicam a transgressão de uma lei o que é a desobediência; outros podem ser de ordem voluntarias e involuntárias; porem não vou detalhar nesta perspectiva, pois pode aqui surgir outro texto, o que não é meu propósito para este escrito. Ao falarmos agora de essência estamos evidenciando, sobre a integralidade de uma ação, no seu sentido lato, onde fica explicito se teve um sentido conotativo de ordem pessoal ou impessoal, causada de forma proposital ou por uma reação intempestiva, muitas vezes em uma avaliação da essência não observamos suas origens no sentido filosófico, ou seja, dentro das manifestações do Ser. Onde precisamos visualizar o temperamento, as tendências, influencias do ambiente e cultura, como principalmente sua vida religiosa e sentimental. Pois a religião como norteadora do caráter ético do Ser, vai indicar o porquê de uma pratica que desabone o Ser, aferindo o deslize a uma serie de procedentes resultantes de sua falta de integridade espiritual. Já os sentimentos são elementos condutores das nossas atitudes, podendo ter evidencias positivas e negativas em uma vida; onde cada pessoa é aceita ou rejeitada pela sociedade. Na próxima postagem concluo este assunto. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012


TRABALHO UM AGIR DO HOMEM COM A ORDEM DE DEUS. 

Ao verificar e analisar o enfoque da abordagem capitalista de Marx, vamos primeiro ver a realidade da produção, efetuada pelo proletariado, vindo a surgir a importância da quantificação dos produtos do trabalho humano, que permite o cálculo de sua equivalência, o de Trocar-se uma certa  quantidade de moeda por um saco de cimento. Mas essa relação parece ocorrer entre ações que evidenciam, as realidades do causadas pelo trabalho, em sua participação na sociedade. Pois a participação do trabalhador causa, “uma relação social determinada dos homens entre si, adquire para eles a forma fantástica de uma relação de coisas entre si”. Este é o que Marx chama de caráter fetichista da mercadoria, dado pela incapacidade dos produtores de perceber que, através da troca dos frutos de seus trabalhos no mercado, são eles próprios que estabelecem uma relação social. Em outras palavras, o fetichismo do mundo das mercadorias deve-se a que os atributos sociais do trabalho são ocultos detrás de sua aparência material já que o  interessante na prática aos que intercambiam produtos é saber quanto obterão em troca deles, isto é, a proporção em que se intercambiam entre si, surgindo a importância da remuneração,ou da   proporção da estabilidade habitual, parece-lhes proveniente da natureza mesma dos produtos do trabalho. Causadores assim da motivação social, promovida pela classe dominante e absorvida pelos que fazem parte da geração do suor, o proletariado. Ai faço um elo entre esta proposta filosófica e a teologia; onde tambem vai ser defendido a importância do trabalho para sobrevivência humana, e que o trabalhador terá uma hierarquia, sendo o produtor do que a sociedade necessita que é o produto do trabalho, o propulsor da economia. Deus requer do homem seu agir, pois assim fazendo esta intervindo no transitar se sua história, que é escrita por Deus, mas depende do agir do homem em seu trabalho e convívio social. 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Apos mais de uma semana sem postar, estou novamente adicionando mais um texto, para a contribuição do saber, para o leitor, hoje vamos abordar um assunto da filosofia. 

ANALISE FILOSÓFICO DO JUÍZO 

O juízo, como ato fundamental a que todos os outros se reduzem, está exposto, por sua vez, a erros transcendentais, que são erros que caracterizam as limitações da especulação e, como se verá mais a fundo ainda na Crítica da Razão Pura: a necessidade de uma correção prática de seu uso: através de ideias regulativas com o propósito de dar uma perspectiva global no uso sistemático das regras especulativas (ou os conceitos). É dessa forma que se pode estabelecer uma primeira ligação do juízo e o conceito de ideal prático já presente na Crítica da Razão Pura com o primado da razão prática. Justamente porque é um ato teórico primitivo, que não se reduz a outro mais elementar, o juízo não pode ser corrigido teoricamente. A sua correção é sempre um apelo à dimensão prática, regulativa, que explora as possibilidades de globalização da perspectiva de julgar, dando um ideal comparativo que corresponde à ambição da razão pura ao incondicionado. Porém, apenas praticamente, essa ambição é inofensiva; não provoca dialetizações.  É a partir dele que temos acesso a todos os juízos sintéticos a priori. Mas é, além disso, altamente prestativo na medida em que nos instrui sobre como evitar a influência desmedida da sensibilidade sobre o entendimento  que constituiria um erro do juízo, raiz dos erros transcendentais. Como o julgamento é a administração das intuições que serão sub sumidas por um conceito, a avaliação da particularização das leis, pode-se entender melhor porque a lógica transcendental pode ser identificada com um conjunto de prescrições para a faculdade do juízo.  

sexta-feira, 9 de março de 2012




A PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS EM 274 A 306  d.C 




Depois dum descanso de uns vinte e oito anos, tornou a mesquinha mão do homem a estender-se para continuar a perseguição, e o imperador fez o último e desesperado es­forço para exterminar a religião tão odiada. Historicamen­te, foi este o último e decisivo conflito entre o paganismo e o cristianismo. Durou dez anos, e foi sem dúvida a mais desoladora de todas as perseguições. A segurança tranqüi­la, que a Igreja desfrutara desde a morte de Aureliano ti­nha produzido uma tal inação nos cristãos, que a sua con­dição levantou um certo sentimento de vergonha no cora­ção de muitos, misturado com o receio de que o desagrado do Senhor estivesse pendente sobre as suas cabeças. Em conseqüência da sua infidelidade, a Igreja tinha diminuído muito em poder espiritual, mas tinha aumentado em so­berba e ambição mundana; e a simplicidade de seu culto quase se ofuscou por ritos mais judaicos que cristãos.E isto ainda não era tudo. Muitos empregavam os seus dons espirituais em ostentação em vez de os empregarem em edificação; e aqueles que tinham o privilégio de poder alimentar o rebanho de Deus, descuravam o seu encargo sagrado e ocupavam-se na acumulação de riquezas. Os bis­pos, cujo verdadeiro dever era servir ao povo e trabalhar pessoalmente entre os pobres e os doentes, tornavam-se numa grande ordem sacerdotal, e procediam como "tendo domínio sobre a herança de Deus". Estes tinham empregados às suas ordens e já não seguiam a hospitalidade de que Paulo falara como sendo uma qualidade indispensável aos bispos, mas recebiam um salário, tornando-se dependen­tes dos ganhos alheios.Antes de ter passado um século, ouviu-se um pagão di­zer: "Façam-me bispo de Roma, que eu logo me tornarei cristão" .Na verdade, a distinção entre o clero e os leigos procedia deste sistema de tirania espiritual; e daqui provinham por sua vez, aqueles medonhos abusos da Idade Média, que mais tarde foram condenados em parte (se bem que por razões políticas) pelo arrogante e ousado Hildebrando, quando subiu à cadeira papal. Além disso, a paz inteira das assembleias era constan­temente perturbada pelas discussões. Havia contínuas disputas entre os bispos e os presbíteros, por causa das altivas pretensões dos primeiros, que exigiam superioridade na igreja, superioridade esta que os últimos não queriam de modo algum conceder. Nos primeiros tempos do cristianismo aqueles dois títulos haviam sido considerados iguais, e só perto do fim do segundo século é que o costume conse­guiu colocar um acima do outro. A controvérsia foi longa e amarga, e enquanto os pastores assim lutavam uns com os outros, as ovelhas morriam de fome, e os lobos daninhos estavam-se introduzindo no meio delas, não poupando o rebanho. Sendo este um momento cruel que resultou em mortes cruéis, o sangue derramado, para assinalar o progresso da Igreja, que mesmo em meio ao expressivo ataque, tiveram a vitória de perseverar, com a bandeira do evangelho estiada. 


sábado, 3 de março de 2012


                   A MENSAGEM DE LUTERO SOBRE A MORTE.

A morte esta constantemente presente na vida humana. É também o ponto final da mesma. Mais cedo ou mais tarde, cada pessoa precisa  enfrentá-la. Na época de Lutero, bem como na Idade Média, a morte era vista como o implacável "último inimigo" (1 Co 15.26) do ser humano. As pessoas sentiam-se terrivelmente atemorizadas pelas "imagens" da própria morte, do pecado, cujo "salário" é a morte, segundo a compreensão bíblica (Rm 5.12; 6.23; 7.13), e do inferno, o paradeiro dos pecadores não arrependidos. Muitas obras de arte mostram tais imagens com abundantes detalhes. Para debelar esses temores, as pessoas procuravam consolo de todas as maneiras possíveis. Boa parte da religiosidade popular daqueles tempos nada mais era do que a manifestação de tal rirocura. Surgiu também toda uma literatura pastoral de consolo. No inicio de maio de 1519, Marcos Schart (m. 1529), conselheiro do príncipe eleitor da Saxônia, Frederico, o Sábio (1463-1525)6, pedira a Lutero, por intermédio de Jorge Espalatino7, uma orientação sobre a preparação para a morte. Lutero, muito ocupado com importantes discussões teológico-eclesiásticas, indicou-lhe o livrinho de Staupitz, redigindo o presente sermão apenas em meados de outubro de 1519. Em 1 de novembro, enviou os primeiros exemplares a Espalatino, para que este entregasse alguns a Schart. Ainda existe o exemplar com a dedicatória do punho do próprio Lutero. O autor recebeu do conselheiro, em sinal de agradecimento, 10 florins, que emprestou imediatamente a um pobre.O sermão mostra Lutero como pastor que vai ao encontro dos anseios existenciais das pessoas, enfrentando suas mais profundas angústias e preocupações a partir da teologia da cruz. Desvia a atenção das pessoas das terríveis imagens que as atemorizam  a dirige para Jesus Cristo, que na cruz venceu a morte, o pecado e o inferno. Em isto se resolve também o velho problema da predestinação. evangélica é agarrar a esse Cristo que é vida. A fé, pois, é algo bem concreto, que sustenta a pessoa não apenas no dia-a-dia, mas também no fim desta vida, na morte. Os "documentos" da vida que se tem em Cristo, as "promessas visíveis" de Deus, são os sacramentos, recebido a fé.  Importante também é, justamente  hora da morte, o fato de o cristão fazer parte da comunhão dos santos, confessada no Credo Apostólico, ou seja, da comunidade terrena dos cristãos juntamente com a comunidade celeste dos anjos e dos santos. No presente escrito, Lutero mostra com clareza que a justificação pela fé é o poder pelo qual se pode viver e também morrer, ressuscitar em Jesus Cristo é o único consolo e apoio firme não só na vida, mas também na morte. Este sermão é uma das mais belas obras de toda a literatura pastoral dos primórdios do cristianismo evangélico. A procura por ele foi tanta que, ainda no ano de 1519, isto é, em pouco mais de dois meses, foi reeditado cinco vezes. Até 1525 houve, todo, 21 reedições além de duas traduções latinas  um sinal inequívoco de sua enorme popularidade Quando nos despedimos de todos na terra, então devemos voltar-nos para Deus somente, pois é para lá que se dirige e é para lá que nos conduz o caminho da morte. Aí inicia a porta estreita, o caminho apertado para a vida, por onde cada um deve se aventurar com bom ânimo, pois o caminho é, por certo, muito estreito, mas não é longo. Ocorre neste caso o mesmo que acontece quando uma criança nasce, com perigo e temores, da pequena moradia do ventre de sua mãe para dentro deste vasto céu e desta vasta terra, isto é, vem a este mundo. Da mesma forma o ser humano sai desta vida pela porta estreita da morte. Embora o céu e o mundo em que vivemos agora sejam considerados grandes e vastos, tudo é muito mais apertado e menor em comparação com céu que nos aguarda do que o ventre materno o é em comparação com este céu. E por isso que a morte dos queridos santos é chamada de novo nascimento; é por isso também que o dia a eles dedicado é chamado, em latim, de natalei', dia de seu nascimento. No entanto, a estreiteza da passagem para a morte faz com que esta vida nos pareça ampla e aquela, estreita. Por esta razão devemos crer nisso e aprender do nascimento corporal de uma criança. Assim diz Cristo: "Uma mulher, quando está para dar a luz, sente medo. Mas depois de dar a luz, já não se lembra do medo, porque, através dela, um ser humano nasceu ao mundo." Jo 16.21.  O mesmo vale para a morte: devemos livrar-nos do medo e saber que, depois, haverá muito espaço e alegria. Tais arranjos e preparativos para essa viagem consistem, em primeiro lugar, em providenciar uma confissão sincera (principalmente dos pecados maiores e dos que, no momento, conseguimos lembrar com o máximo esforço) e os santos sacramentos cristãos do santo e verdadeiro Corpo de Cristo e da Extrema-Unção, em desejar estes sacramentos com devoção e em recebê-los com muita confiança, na medida em que é possível obtê-los. Onde isso não é possível, o anseio  e desejo desses sacramentos deve, mesmo assim, ser consolador, e não devemos nos apavorar demais com issoi3. Cristo diz: "Todas. as coisas são possíveis a quem crê." Mc 9.23.1 Pois os sacramentos outra coisa não são do que sinais que servem a fé e incitam a crer, como ainda veremos. Sem essa fé, eles de nada aproveitam.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O QUE É O INTELIGENT DESING


MAIS UM  POUCO SOBRE O INTELIGENT DESING. 



Projeto inteligente ou design inteligente é a tradução do termo inglês intelligent design, corrente de pensamento que busca contestar as idéias evolucionistas em relação ao surgimento da vida na Terra e à seleção natural. A base do ideal dessa corrente “científica” é a afirmação de que a diversidade biológica não se deu evolutivamente, mas sim por interferência ou condução de uma inteligência superior, não reportando essa ação a Deus ou a seres extraterrestres. O Projeto Inteligente ganhou visibilidade graças a pressão de comunidades religiosas nos Estados Unidos, que judicialmente conseguiram inserir os conteúdos do Projeto Inteligente nas escolas. Em alguns casos os conteúdos evolucionistas foram simplesmente suprimidos do currículo. A tentativa de dificultar o ensino de conceitos científicos, que não atendam aos ensinamentos religiosos, não é novidade nos Estados Unidos. Em 1925, no estado do Tennessee, foi promulgada uma lei que estabelecia que o professor que ensinasse qualquer teoria contrária à bíblica seria preso e quanto às escolas, as que ensinassem teorias evolutivas, teriam suas verbas estaduais cortadas. O julgamento da causa da lei gerou o título “Julgamento do Macaco”, como caracterização da polêmica gerada. Para alguns cientistas, a apresentação do Projeto Inteligente seria apenas uma reformulação da teoria religiosa criacionista, que busca se contrapor às teorias científicas sobre o processo de evolução, principalmente às ideias de Darwin. 

Como toda teoria, o Design Inteligente se apóia em três argumentos primários:  

1. Complexidade Irredutível: Refere-se ao fato de a vida ser composta de partes interligadas que dependem umas das outras para que sejam úteis. A mudança em uma parte apenas por mutação, por exemplo, não poderia ser responsável pela eficiência de toda estrutura.
2. Complexidade Específica: Apresenta que seria impossível que padrões tão complexos, como os presentes nos seres vivos, tenham se desenvolvido através de processos do acaso.
3. Princípio Antrópico: Acredita que a existência e desenvolvimento da vida na Terra requerem que tantas variáveis estejam perfeitamente harmonizadas, que seria impossível que todas as variáveis chegassem a ser como são apenas pelo acaso. Se nosso planeta fosse um pouco mais próximo do Sol, as condições para existência de vida seriam inviáveis.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

CRIAÇÃO E DESING E INTELIGENTE

Estarei postando a segunda parte sobre o vídeo que apresenta sobre criação e design inteligente.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

INTELIGENTE DESIGN

Estarei postando sobre Inteligente Design que tem sido um tema bastante discutido na atualidade,em dois vídeos,o próximo posto daqui alguns dias.   

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012


A CARIDADE O AMOR EXEMPLAR. 


Os amores naturais não são auto-suficientes. Algo mais, a princípio vagamente descrito como “decência e senso comum”, mas depois revelado como bondade e finalmente como o total da vida cristã numa relação particular, deve vir em ajuda do mero sentimento caso este deva manter-se agradável. Dizer isto não é depreciar os amores naturais mas indicar onde se acha a sua verdadeira glória. Não é desprezo pelo jardim dizer-lhe que não poderá tirar sozinho as ervas daninhas nem podar as árvores frutíferas ou colocar uma cerca ao seu redor, ou mesmo cortar a grama. Um jardim é uma coisa boa, mas essa não é a espécie de bondade que ele possui, pois permanecerá um jardim, distinto de uma selva somente se alguém fizer todas essas coisas para ele. Sua verdadeira glória é de um tipo muito diferente. O próprio fato de necessitar cuidados constantes dá testemunho dessa glória. Ele fervilha de vida. Ele resplandece em cores e aromas celestiais e apresenta a cada hora de um dia de verão belezas que o homem jamais poderia ter criado nem mesmo imaginado com seus próprios recursos. Se você quiser ver a diferença entre a contribuição dele e a do jardineiro, coloque o mato mais comum que nele cresce lado a lado com as enxadas, ancinhos, tesouras de podar e pacote de inseticida; você colocou beleza, energia e fecundidade ao lado de coisas mortas, estéreis. Assim também a nossa “decência e bom senso” se mostram cinzas e cadavéricos ao lado da genialidade do amor. E, quando o jardim se encontra em plena glória, as contribuições do jardineiro para essa glória continuarão desprezíveis quando comparadas às da natureza.
Sem a vida brotando da terra, sem a chuva, a luz e o calor descendo do céu, ele nada poderia fazer. Depois de ter feito tudo, simplesmente encorajou aqui e desencorajou ali, poderes e belezas de uma fonte diferente. A sua contribuição, porém, embora pequena, é indispensável e laboriosa. Quando Deus plantou um jardim, Ele colocou um homem sobre o mesmo e este debaixo das suas ordens. Quando Ele plantou o jardim da nossa natureza e fez com que amores brotassem e frutificassem nele estabeleceu que “cuidássemos” deles.
Comparada com os mesmos ela é seca e fria e a não ser que a graça divina desça, com a chuva e o sol, usaremos em vão este instrumento. Mas os seus serviços laboriosos, e na maioria negativos, são indispensáveis. Se eles foram necessários enquanto o jardim era ainda paradisíaco, quanto mais agora quando o solo se contaminou e as piores espécies de ervas daninhas parecem crescer alegremente nele? Mas, não permita o céu que labutemos com espirito de presunção e estoicismo. Enquanto ceifamos e podamos sabemos muito bem que aquilo em que estamos trabalhando está cheio de um esplendor e vitalidade que nossa vontade racional jamais poderia ter suprido por si mesma. Liberar esse esplendor, fazer com que se torne completamente aquilo que está tentando ser, obter apenas árvores altas em lugar de moitas emaranhadas, e maçãs doces em lugar de azedas, é parte de nosso propósito. Mas apenas parte. Pois devemos encarar agora um tópico que deixei para o final. Até aqui quase não disse nada sobre os nossos amores naturais rivalizarem com o amor de Deus. A questão não pode mais entretanto ser evitada. Existem duas razões para tê-la posto de lado até este momento. Uma delas, já insinuada, é que não é neste ponto que a maioria de nós precisa começar. A questão, no início, raramente é dirigida à nossa condição, pois para a maioria de nós a verdadeira rivalidade se acha entre o “eu” e o “Outro” humano, e não ainda entre o “Outro” humano e Deus. E perigoso pressionar sobre alguém o dever de ultrapassar o amor terreno quando sua real dificuldade está em chegar até esse ponto. Sem dúvida é fácil amar menos nosso semelhante e imaginar que isso está acontecendo porque estamos aprendendo a amar mais a Deus, quando a verdadeira razão pode ser muito diversa. Podemos estar somente “confundindo a deterioração da natureza pelo crescimento na Graça”. Muitas pessoas acham realmente difícil odiar suas esposas ou mães. 

sábado, 4 de fevereiro de 2012


OS CONTROVERSOS E CONVERGENCIAS LEI E GRAÇA.

A mais óbvia e impressionante divisão na Palavra da verdade é aquela que se faz entre lei e graça. De fato, esses dois princípios contrastantes são as características essenciais das duas dispensações mais importantes: a judaica e a cristã. "Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo" (João 1.17). Não se quer afirmar, obviamente, que não havia lei antes de Moisés; ou, ainda, que não havia graça e verdade antes de Jesus Cristo. A proibição feita a Adão, referente à árvore do conhecimento do bem e do mal, (Gn.2.17) foi lei; e certamente a graça foi manifestada da maneira mais afável no fato de o Senhor Deus ter procurado suas criaturas pecadoras e tê-las vestido com túnicas de peles (Gn 3.21) - um lindo tipo de Cristo, o qual "para nós foi feito... justiça" (1 Co 1.30). A lei, no sentido de uma certa revelação quanto à vontade de Deus, e a graça, no sentido de uma certa revelação sobre sua bondade, sempre existiram - e a esse respeito as Escrituras testificam com abundância. Contudo, "a lei" que se menciona com mais freqüência nas Escrituras foi dada por meio de Moisés e, desde o Sinai até o Calvário, domina e caracteriza a época; assim como a graça domina ou confere seu caráter peculiar à dispensação que se inicia no Calvário e tem no arrebatamento da igreja o seu término predito. E da mais vital importância, contudo, observar que as Escrituras jamais, em nenhuma dispensação, misturam esses dois princípios. A lei sempre tem seu espaço e obra distintos e completamente diversos do espaço e obra pertencentes à graça. A lei é Deus proibindo e exigindo; a graça é Deus suplicando e concedendo. A lei é um ministério de condenação; a graça, de perdão. A lei amaldiçoa; a graça redime dessa maldição; a lei mata; a graça vivifica. A lei faz com que toda boca se feche diante de Deus; a graça faz com que toda boca se abra para louvá-lo. A lei interpõe grande e culpada distância entre o homem e Deus; a graça ergue o homem culpado para perto de Deus. A lei diz "olho por olho, e dente por dente"; a graça diz "não resistais ao [homem] mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra". A lei diz "odeia teu inimigo"; a graça afirma "amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maltratam". A lei diz cumpra e viva; a graça diz creia e viva. A lei nunca teve um missionário; a graça deve ser pregada a toda criatura. A lei condena totalmente o melhor dos homens; a graça justifica gratuitamente o pior (Lc 23.43; Rm 5.8; 1 Tm 1.15; 1 Co 6.9-11). A lei é um sistema de mérito; a graça, de favor. A lei apedreja uma adúltera; a graça diz: "Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais". Sob a lei, a ovelha morre pelo pastor; sob a graça, o Pastor morre pelas ovelhas. Em todo lugar, as Escrituras apresentam a lei e a graça em esferas marcadamente distintas. Sua mistura em muito do que atualmente é ensinado corrompe ambas, posto que a lei é privada de seu terror, e a graça,de sua liberalidade.