domingo, 14 de junho de 2015

A REALIDADE DO ARIANISMO.

Seguindo um processo pedagógico de cunho interdisciplinar e transdisciplinar, percorremos alguns assuntos que, podem se divergir, porem se interligam por serem teológicos em suas características essenciais. Hoje vamos para a Apologética, falando sobre o Arianismo.
O arianismo foi uma heresia trinitária que surgiu com base na heresia monarquiana dinamista, que, na relação trinitária, de­fendia a superioridade do Pai em relação ao Filho e ao Espírito Santo. Influenciado por essa corrente, no início do século 4°, Ário, sacerdote da Líbia que vivia em Alexandria e contava com grande respeito, passou a negar a divindade, eternidade e consubstancia­lidade de Cristo, o Filho, na sua relação com o Pai. Segundo ele, o Cristo, sendo criatura do Pai, não podia ser da mesma substância e natureza que o Pai e, sendo criatura, era subordinado ou inferior a Ele e não era, também, eterno e da mesma substância do Pai. Ário foi condenado no Sínodo de Alexandria no ano 321 e não se submeteu a isso, provocando a convocação do I Concílio de Nicéia, no ano 325.
O Concílio de Nicéia defendeu a igualdade entre as três pes­soas divinas e confirmou a doutrina da divindade do Filho e sua consubstancialidade na relação com o Pai, o que não foi aceito por Ário e seus seguidores, e a discussão seguiu por várias décadas, sendo solucionada apenas no I Concílio de Constantinopla, no ano 381.
A decisão conciliar de Nicéia afirma o seguinte quando trata do tema da relação entre o Pai e o Filho:  
Deus Pai é justo e bom, criador do céu e da terra, e que existe um único Senhor, Jesus Cristo, filho único, o qual não nasceu do nada, mas do Pai, não como uma obra, mas como Filho, gerado de manei­ra inefável.