quinta-feira, 24 de julho de 2014

DESAFIOS DA TEOLOGIA - P/1

A desafiante tarefa teológica consiste, portanto, em contribuir no processo de discernimento das experiências efetivamente feitas por homens e mulheres dentro de seus mais variados lugares culturais. Essa contribuição, contudo, não o será em toda a sua espessura se não for realizada a partir de dentro mesmo dos mundos onde habitam esses e essas que são os verdadeiros protagonistas da recepção da presença divina.

A moldura epistemológica necessária para contornar esse cenário teológico e existencial deve compor-se de uma sensibilidade adequada a tal cenário. Urge, portanto, uma superação de molduras que tão bem enquadraram cenários passados, mas que agora só fazem distorcer a percepção do horizonte novo que se apresenta. Uma nova racionalidade que possibilite à teologia ler nas experiências humanas, experiências de Deus. A teologia seus processos são deslocados para o interior das comunidades, onde não interessam tanto formulações teóricas sobre a fé, mas, antes, narrativas de experiências da presença de Deus veiculadas por sinais e símbolos próprios de tais universos. Vindo a ficar notório e explicito as intervenções de Deus no coletivo e pessoal, onde a comunidade e sociedade é impactada pelo seu agir, indo além do descrito e discutido pela teologia em sua tarefa de avaliar, ponderar e descrever as ações de Deus em suas esferas. 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

CIÊNCIA SEM MANIPULAÇÃO SOCIAL. 

(Morrin, 2005) diz, “os poderes criados pela atividade científica escapam totalmente aos próprios cientistas. Esse poder, em migalhas no nível da investigação, encontra-se reconcentrado no nível dos poderes econômicos e políticos”.  Isto indica que a cientificação não está sendo totalmente   controlada e conduzida pelos cientistas; mas a ação cientifica é manipulada totalmente pelo sistema que rege a sociedade, assim a ciência se torna objeto e não pesquisa. Pois quando é pesquisa vai possuir a interferência e processamento do cientista que projeta, formula, averigua, avalia e depois de passar por todos os crivos científicos, ainda a coloca sobre analise de um conselho cientifico para poder validar a pesquisa e conseguinte o produto cientifico. Mas se a política e a economia interferem, deduzido e manipulando os conceitos e produções do cientista, não se pode conquistar e alcançar um sucesso cientifico e nem se ter uma ciência com qualidade. 

        A política não pode ser manipuladora, pois é um sistema público onde todos tem o seu valor, polis é sociedade, convívio, organização e organismo; porém sem repressão. É necessário que a política e economia em uma sociedade, sejam integradoras e não frustradoras dos projetos de expansão cientifica da educação e sociedade. Quando a ciência está livre para ser processada e estudada, como   um produto hipotético e muitas vezes indecifrável, temos a liberdade de expandir a intelectualidade em uma sociedade. Sociabilizar na ciência é propor pesquisas que superem os espaços ditos normais, e ouse inovar na formulação do projeto em pauta ou pesquisado. As influências externas robotizam a ciência, não dimensionam mas a restringem. Com isto o cientista não pode deixar ser manipulado, por aqueles que no seus interesses a querem conduzir, ciência não é objeto manipulável mas sim livre para ser desenvolvida com eficácia.


sábado, 12 de julho de 2014

A CULTURA NA PERCEPÇÃO DE SUCHODOLSKI

     Neste escrito vamos refletir Suchodolski, em sua concepção de cultura, o qual considera “a plena realização do homem”; acrescentando ser ela o desabrochamento da humanidade inteira. Sucholdoski ainda vai dizer que o sentido próprio da cultura é o valor, a participação e a responsabilidade entre a educação e a cultura.   Assim a cultura não está limitada a um contexto ou povo, em um sentido antropológico, mas se torna o contexto de manifestações e aspirações indicadoras e promovedoras da existência humana em seu ambiente social.
     Cultura não está reduzida somente as artes que exalam inspiradas nas veias do povo em suas manifestações, mas sim o valor, que identifica as expressões de uma sociedade. Sendo assim permite a participação do povo com suas aspirações em cada ação cultural; providenciando uma interação global do Ser em seu habitat.
     A educação em seu sentido formativo, instrucional e qualificativo; tem na cultura o mapeamento de suas ações, nunca podemos considerar a educação conduzindo-se isoladamente; pois a cultura lhe permeia em todos os aspectos. O educar então é projetar a cultura numa conexão e elo com a sociedade, projetando não no aspecto privativo, mas captativo; porque a educação vai captar da cultura os elementos exteriores, declaradores do homem em cada uma de suas reações sociais coletivas e individuais. 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

UMA VISÃO DA EPÍSTOLA DE TIAGO.

    

     Tiago ao escrever sua epistola esta relacionando uma serie de homilias com a proposta de uma lembrança da lei, enfatizar a maturidade cristã, as dimensões  e cosmovisões da vida cristã, que fica assinalado como ho trochostes geneseos ( todo o curso de sua vida). Assim Tiago filho de Alfeu vai se posicionando sobre como deve ser administrada a vida cristã. Com isto. O autor vai desenvolver em sua carta, orientações e exortações sobre as circunstancias vivenciadas na vida diária e como deve o cristão administrar.
       Seu enfoque teológico referente à fé e obras,  é pautado por sua defesa que a fé autentica deve ser evidenciada em obras; não sendo a favor de uma fé sem gerar ações que lhe marquem, empregadas no exercício da vida cristã. Assim inicia o seu debate teológico com o posicionamento de Paulo, pois Tiago vai defender a justificação pelas obras confrontando com a posição de justificação pela fé defendida por Paulo. Mas na verdade Paulo e Tiago estão falando de coisas diferentes; pois Paulo enfoca a justificação como declaração por Deus de nossa retidão e Tiago da demonstração da nossa retidão.  Tanto Paulo como Tiago está referindo-se a retidão do pecador diante de Deus, mas assim Paulo esta dando uma atenção a recepção dessa condição inicial; já Tiago ira verificar como esta condição é vindicada perante Deus no juízo. Assim não seria um debate teológico, que fica evidente, mas posicionamentos que tem enfoques diferentes, dentro do mesmo termo dikaioo ou justificar.
     A proposta desenvolvida em sua carta por Tiago, dentro de uma apologia a uma vida cristã fecunda, fica ressaltando por suas averbações dentro de temas como a “língua”, um membro que pode apagar ou incendiar, causando um beneficio para a vida ou contundente malefício. Tiago vai desenvolvendo em cada capitulo ou assunto tratado uma harmonização teológica; pautando em muitos pontos sobre o legalismo ao qual somos confrontados em muitas áreas. 

    A visão desta epistola para a Igreja tem um direcionamento tríplice, ou seja, condições para vida cristã produtiva; a religião e o legalismo, o cristão e seu envolvimento com a família, sociedade e Igreja. Portanto Tiago neste cinco capítulos prove os elementos que conceituam a atuação do cristão em todos os ambientes.