domingo, 23 de novembro de 2014

A RAZÃO HUMANA E A PÓS MODERNIDADE.

A confiança na razão humana e a rejeição do sobrenatural assumiu muitas formas, mas em parte nenhuma o impulso modernista foi mais longe ou mostrou-se mais ambiciosa do que na invenção do estado marxista. O marxismo, a começar pelo pressuposto do “materialismo dialético”, buscou encontrar causas materiais, econômicas, para todos os problemas humanos. Marx reduziu a condição humana a questões de luta de classes e exploração econômica. Isso fazendo, elaborou uma alternativa quase científica que supostamente inauguraria um paraíso terrestre. Sob o comunismo não haveria propriedade particular. Acabaria a exploração do homem. Sob o socialismo os indivíduos encontrariam seu sentido perdendo-se em um grupo maior. A economia e todas as fases da sociedade seriam planejadas em prol do bem da coletividade.
Líderes soviéticos puseram em prática esses ideais aparentemente “iluminados” com a Revolução Russa. Mas em vez de introduzir um Paraíso do Trabalhador como a teoria prometia, resultaram opressão e brutalidade em escala sem paralelos na história humana. É de se admirar que o monólito do comunismo soviético, apesar de munido com polícia secreta e armas nucleares, tenha ruído quando seu povo descobriu as mentiras e exigiu a liberdade.
Os crentes poderiam ter predito o que iria acontecer quando seres humanos reivindicassem autoridade máxima para si. A doutrina do pecado original já significa que seres humanos deixados a sós poderão
professar ideais que soam nobres, mas na prática cometerão males terríveis. A Revolução Francesa oferece um exemplo, quando a alta retórica dos Direitos Humanos introduziram a guilhotina e o Reinado do Terror.Agora as bases estruturais do modernismo ruíram, de Moscou a San Francisco. O iluminismo está desacreditado. A Razão foi destronada, mesmo em campi universitários. A Revolução Industrial e cedendo à Era da Informática. A sociedade, a tecnologia, os valores e as categorias básicas do pensamento estão mudando. Um novo modo de ver o mundo está emergindo.

domingo, 16 de novembro de 2014

A PÓS MODERNIDADE EXISTE ?

    Não podemos considerar este termo pós modernidade correto, para o sociólogo  zygmunt baumam este período é a era da liquidez, na verdade estamos vivendo a modernidade liquida, que vai ser a proposta de modernidade líquida é apresentada a partir da estrutura de cada individuo. as pessoas não estão dispostas a abrir mão dos projetos individuais em nome dos projetos coletivos. nesse processo os interesses individuais sobrepõem aos do grupo, cada um vivendo para sim não havendo mais a coletividade a união entre as pessoas. a modernidade criou um conjunto de padrões bem como condutas que determinam os sujeitos e suas possibilidades. assim surge um triunfo ao humanismo.
    O humanismo e a visão de que o homem e a medida de todas as coisas. em particular, o homem toma o lugar de deus como ancora dos valores morais, e os deveres morais são determinados por aquilo que promove o progresso da humanidade. no humanismo o homem é deificado,  assim o que quer que contribua para o progresso humano e bom e o que quer que o impeça é mau.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O TEMPO PÓS MODERNO E CRISTIANISMO - P/2

   Enquanto perdem força os ataques modernistas contra o cristianismo, os pós-modernistas o atacam em bases diferentes. Por exemplo, os modernistas argumentariam de várias formas pela inverdade do cristianismo. Quase não se ouve mais essa objeção. Hoje a crítica mais ouvida é que “os cristãos pensam que eles têm a única verdade”. As reivindicações do cristianismo não são negadas; são rejeitadas justamente porque propõem ser verdadeiras. Aqueles que acreditam que “não existem absolutos” repudiam os que rejeitam o relativismo chamando-os de “intolerantes”, por tentarem forçar suas crenças em outras pessoas. Os pós-modernistas rejeitam o cristianismo na mesma base em que rejeitam o modernismo, com seu racionalismo científico. Tanto os cristãos como os modernistas acreditam na verdade. Os pós-modernistas não. O futuro mostrará se há de ser o modernismo ou o pós-modernismo o mais hospitaleiro ao cristianismo.

   A Escritura nos fala da importância de “conhecer o tempo” (Rm 13:11). “A maioria dos crentes”, observa George Barna”, não percebe que a Igreja está em meio à luta mais severa que enfrenta há séculos”. Muitos crentes, inclusive teólogos, ainda estão combatendo o modernismo, desapercebidos da mudança que houve nos assuntos a debater. Se os cristãos vão ministrar com eficácia no mundo pós-moderno e evitar as suas tentações, precisam entender o espírito da época.

    A cultura que construiu a Torre de Babel faz paralelo à era moderna. Confiantes em sua capacidade humana, seu raciocínio e conhecimento científico, os modernistas não precisavam de Deus. Para tornar célebre o seu nome, não só construíram cidades, como projetaram e executaram novas ordens sociais e econômicas, tais como o socialismo. Sua tecnologia, mais avançada do que a dos habitantes babélicos, capacitou-os a construir não apenas uma torre que chegasse aos céus, mas naves espaciais para chegar à lua.
   Deus julgou as pretensões de Babel. Observando seus feitos genuínos e o vasto potencial de realização humana, o Senhor viu que uma raça humana unida e tecnologicamente sofisticada seria quase que ilimitada em sua capacidade para o mal. “Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer” (Rm. 11:6). Deus misericordiosamente frustrou esse começozinho primitivo porém perigoso (“Isto é apenas o começo” . Ele fragmentou sua auto-deificação e levou à ruína sua célebre torre.
    Na época atual, torna-se evidente que a razão, a ciência e a tecnologia não resolveram todos os nossos problemas. A pobreza, o crime e o desespero desafiam nossas tentativas de engenharia social. A mais completa tentativa de reconstruir a sociedade de acordo com uma teoria racionalista materialista o comunismo esfacelou-se. A tecnologia continua a progredir em velocidade assustadora, mas, longe de alcançar as esferas remotas, ela por vezes diminui nossas vidas.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O TEMPO PÓS MODERNO E O CRISTIANISMO - P.1

         
      O termo “pós-moderno” se refere antes de tudo ao tempo e não a uma ideologia distinta. Se a era moderna” já passou realmente, os crentes têm tudo para se alegrar. A partir das batalhas entre os “modernistas” e os “fundamentalistas” e mesmo antes, o cristianismo bíblico foi atacado veementemente pelas forças do modernismo, com seu racionalismo científico, humanismo, e preconceito contra o passado. Hoje as idéias aceitas pelo modernismo, incluindo aquelas que atormentaram a igreja deste século, estão sendo abandonadas. Os crentes podem se alegrar na aurora de uma era pós-moderna. O modernismo, entretanto, está sendo substituído pela nova ideologia secular do pós-modernismo. O novo conjunto de suposições básicas sobre a realidade e mentalidade que se extrapola ao mero relativismo está ganhando terreno através de toda a cultura. A pessoa comum que acredita não existirem absolutos pode nunca ter ouvido falar do exercício acadêmico da “desconstrução”. O universo intelectual poderá desprezar o mundo eletrônico da televisão. Os políticos contemporâneos podem estar desapercebidos da arte avant garde. Não obstante, tudo isso está interligado e forma uma visão de mundo distintamente pós-modernista. Enquanto perdem força os ataques modernistas contra o cristianismo, os pós-modernistas o atacam em bases diferentes. Por exemplo, os modernistas argumentariam de várias formas pela inverdade do cristianismo. Quase não se ouve mais essa objeção. Hoje a crítica mais ouvida é que “os cristãos pensam que eles têm a única verdade”. As reivindicações do cristianismo não são negadas; são rejeitadas justamente porque propõem ser verdadeiras. Aqueles que acreditam que “não existem absolutos” repudiam os que rejeitam o relativismo chamando-os de “intolerantes”, por tentarem forçar suas crenças em outras pessoas. 

      Os pós-modernistas rejeitam o cristianismo na mesma base em que rejeitam o modernismo, com seu racionalismo científico. Tanto os cristãos como os modernistas acreditam na verdade. Os pós-modernistas não. O futuro mostrará se há de ser o modernismo ou o pós-modernismo o mais hospitaleiro ao cristianismo. Escritura nos fala da importância de “conhecer o tempo” (Rm 13:11). “A maioria dos crentes”, observa George Barna”, não percebe que a Igreja está em meio à luta mais severa que enfrenta há séculos”. Muitos crentes, inclusive teólogos, ainda estão combatendo o modernismo, desapercebidos da mudança que houve nos assuntos a debater. Se os cristãos vão ministrar com eficácia no mundo pós-moderno e evitar as suas tentações, precisam entender o espírito da época.