quarta-feira, 20 de agosto de 2014

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      SECULARISMO RELIGIOSO


     O secularismo é sinônimo de mundanismo e todo seu espectro anticristão, que sempre procurou invadir a comunidade cristã durante toda História da Igreja.
        Precisamos entender que a Igreja do Senhor Jesus foi chamada do mundo para constituir à parte do mundo o povo de Deus. A Igreja tem uma tarefa no mundo, mas não pode assumir a forma do mundo, sob pena de perder sua singularidade e identidade como comunidade luz e sal da terra. O grande desafio a nós imposto nesses últimos dias é mantermo-nos como “nação santa, sacerdócio real de Deus”, inseridos na realidade de nosso mundo contemporâneo, sem, contudo, nos descaracterizarmos como Igreja de Cristo. Estarmos no mundo, sem mundanizarmo-nos. Este é, certamente, um grande desafio que temos que encarar, pois a secularização e os seus males estão estendendo os seus tentáculos e atingindo muitos seguimentos da fé evangélica, de tal forma que muitas denominações não se parecem mais cristãs. Portanto, urge que atentemos para esse perigo que ameaça invadir a Igreja de Cristo, e o rejeitemos como algo alheio e incompatível com a proposta de fé que recebemos no Evangelho.

         I - O QUE É SECULARISMO RELIGIOSO?

             1.1 - Quanto à definição, a palavra vem do latin: Saeculum, e significa tudo aquilo que pertence a uma era;
             1.2 - No Novo Testamento o termo, AIÔN tem o sentido de século, era. Refere-se ao presente sistema do mundo forjado contra os valores de Deus e o Seu reino;
             1.3 - É o mundo ou sistema instituído conforme os ditames malignos - I Jo. 5.19;
             1.4 - Quem domina sobre esse sistema do mal é satanás, o príncipe deste mundo - Jo. 12.31; 14.30;16.11;
             1.5 - Esta presente era é a esfera de influência do diabo - I Jo. 4.4;
             1.6 - No sentido mais geral secularismo refere-se a tudo aquilo que pertence à maneira de viver deste mundo, em oposição à maneira de viver do mundo vindouro;
             1.7 - O secularismo religioso acontece na Igreja quando ela permite que o sistema ideológico do mundo e sua filosofia de vida relativista, determinem os valores e comportamento dos crentes. Portanto, mundanismo é o pecado de permitir que os apetites, as ambições ou a conduta de um crente sejam moldados conforme os valores do mundo - I Jo. 2.16,17.

domingo, 3 de agosto de 2014

Desafios da Teologia- P/2

      

           SUSTENTAR O REAL.

      
      A teologia cristã quando se propõe nomear o Real a partir de Jesus não pode, sob pena de perder completamente, decair num esquema racionalista de sujeito/objeto. Se fizer isso a teologia tratará a revelação somente como pauta doutrinária, devendo ser acessada exclusivamente pelas normas da razão, tanto nas metodologia especulativas, quanto nas apologéticas. Ambas, porém, subjugadas ao mesmo princípio de uma razão estreita. Nesse caso o Real nomeado Deus não é mais que um objeto descritível.  Assim se defendemos um propósito que não veicula afirmação que fizemos, queremos indicar como sendo totalmente irreal, sem nenhuma conotação do que nós defendemos como Real; para depois o que a teologia tem por visão desta realidade.  Quando ocorre a manipulação do Real, o concreto perde seu sentido afirmativo, deixando obstruído todo os argumentos que podem defender os seus próprios princípios que apontem para todos os pensamentos e afirmações que deduzimos como sendo Real.
     

       O desafio que estamos tendo é de assumir um posicionamento coerente e absoluto do Real, sabendo qual posição tomar, em toda sua extensão, para que tenhamos coerência em uma afirmativa ou defesa do concreto em sua extensão latente do Real; precisamos ter um comportamento sem conveniências ou deduções que nos preenchem ou consolidam o nosso pensar e não o que a teologia tem por Real sustentada nas Escrituras. Sagradas. Pois assim iremos desenvolver um contexto de posições e perspectivas que associam e pautam nossas convicções que podemos afirmar e confirmar como sendo o Real, sendo o que a teologia endossa em sua extensão para credibilizar como o Real. Vindo assim a sustentar o Real em toda sua estrutura de plausibilidade e argumentação.