domingo, 3 de agosto de 2014

Desafios da Teologia- P/2

      

           SUSTENTAR O REAL.

      
      A teologia cristã quando se propõe nomear o Real a partir de Jesus não pode, sob pena de perder completamente, decair num esquema racionalista de sujeito/objeto. Se fizer isso a teologia tratará a revelação somente como pauta doutrinária, devendo ser acessada exclusivamente pelas normas da razão, tanto nas metodologia especulativas, quanto nas apologéticas. Ambas, porém, subjugadas ao mesmo princípio de uma razão estreita. Nesse caso o Real nomeado Deus não é mais que um objeto descritível.  Assim se defendemos um propósito que não veicula afirmação que fizemos, queremos indicar como sendo totalmente irreal, sem nenhuma conotação do que nós defendemos como Real; para depois o que a teologia tem por visão desta realidade.  Quando ocorre a manipulação do Real, o concreto perde seu sentido afirmativo, deixando obstruído todo os argumentos que podem defender os seus próprios princípios que apontem para todos os pensamentos e afirmações que deduzimos como sendo Real.
     

       O desafio que estamos tendo é de assumir um posicionamento coerente e absoluto do Real, sabendo qual posição tomar, em toda sua extensão, para que tenhamos coerência em uma afirmativa ou defesa do concreto em sua extensão latente do Real; precisamos ter um comportamento sem conveniências ou deduções que nos preenchem ou consolidam o nosso pensar e não o que a teologia tem por Real sustentada nas Escrituras. Sagradas. Pois assim iremos desenvolver um contexto de posições e perspectivas que associam e pautam nossas convicções que podemos afirmar e confirmar como sendo o Real, sendo o que a teologia endossa em sua extensão para credibilizar como o Real. Vindo assim a sustentar o Real em toda sua estrutura de plausibilidade e argumentação.