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hoje uma de três postagens sobre a Lição que trata sobre o Evangelho de Lucas,
neste segundo trimestre deste ano. Vamos iniciar verificando e analisando este evangelho,
a partir de sua concepção e estruturação linguística. Linguisticamente, este
Evangelho divide-se em três seções. O Prefacio (1:1-4) e escrito num bom estilo
clássico. Demonstra aquilo que Lucas sabia fazer, mas a partir de então, abandona
totalmente este estilo. O resto do capitulo 1 e o capitulo 2 tem um sabor
nitidamente hebraico. E til marcante que certo número de estudiosos chegou a conclusão
de que aqui temos uma tradução de um original em hebraico. Se foi assim, não
temos maneira de saber se Lucas ou outra pessoa fez a tradução. A partir de 3:11
o Evangelho está escrito num tipo de grego helenístico que relembra
fortemente a Septuaginta, versão grega do Antigo Testamento hebraico. 0 vocabulário
e extensivo, e Lucas usa 266 palavras (além dos nomes próprios) que não são
achados noutras partes do Novo Testamente, um número bem notável quando levamos
em consideração que
compartilha boa parte do seu assunto com Mateus e Marcos. O mais interessante
de tudo isto e como o estilo constantemente relembra a Septuaginta. As citações
vétero-testamentarias de Lucas são comumente tiradas daquela versão, e normalmente
emprega as formas de nomes próprios achadas ali. Boa parte do seu vocabulário característico
e aparentemente tirada da Septuaginta, bem como algumas das suas frases
marcantes. Parece que Lucas pensava no estilo da Septuaginta como sendo um bom
estilo bíblico e mais apropriado para o tipo de narrativa que estava compondo. Mas
isto não explica tudo. As vezes a linguagem de Lucas contem hebraísmos e, as
vezes, aramaismos. Além disto, sua linguagem e mais semítica nalguns trechos do
que noutros. Os dois grupos de fatos parecem melhor explicados como sendo reflexão
das fontes de Lucas.