LUTERO E
SUA LITURGIA.
Lutero
repudiava muitas vezes de uma maneira vulgar as mitras e os báculos dos
papistas, e seus ensinos sobre a Eucaristia. O erro cardeal da Missa, disse
Lutero, era que esta foi uma “obra” humana baseada numa falsa compreensão do
sacrifício de Cristo. Então, em 1523, Lutero enunciou sua própria revisão da
Missa Católica. Esta revisão é o fundamento de toda adoração protestante. O
núcleo dela é: Em vez da Eucaristia, Lutero colocou a pregação no centro da reunião.
A crença de Lutero no que diz respeito à pregação como ponto culminante do
culto de adoração permanece até nossos dias. Todavia tal crença não tem nenhuma
procedência bíblica. Como disse um
historiador, “O púlpito é o trono do pastor protestante”. É por esta razão que os ministros protestantes
ordenados são ordinariamente chamados de “pregadores”.
Lutero meramente tentou salvar aquilo
que representava o elemento “cristão” da antiga liturgia católica. Por conseguinte, se alguém comparar a liturgia
de adoração elaborada por Lutero com a liturgia de Gregório, verá que é
praticamente a mesma! Basicamente, Lutero reinterpretou muitos dos rituais da
Missa. Mas, ele preservou o cerimonial, julgando-o apropriado. Por exemplo,
Lutero manteve o ato que marcava o ponto culminante da Missa Católica.
Quando o sacerdote levanta o pão e o
cálice e os consagra. Ele meramente reinterpreta o significado deste ato. A
prática de consagrar o pão e o cálice, elevando-os, teve início no século XIII.
É uma prática construída principalmente com base na superstição. Contudo
continua sendo observada por muitos pastores em nossos dias.
A Martin Bucer também se atribui ter
promovido esta atitude. Ao início de cada culto, os Dez Mandamentos eram lidos
para criar um sentido de veneração. Desta
mentalidade saíram algumas práticas escandalosas. Um certo pastor Puritano
Inglês ficou famoso por multar as crianças que sorriam dentro da igreja!
Agregue-se a isto a criação do “Homem do Dízimo” que despertava com um grande
bastão os paroquianos que dormiam no culto!
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