SUSTENTAR O REAL.
A teologia cristã quando se propõe
nomear o Real a partir de Jesus não pode, sob pena de perder completamente,
decair num esquema racionalista de sujeito/objeto. Se fizer isso a teologia
tratará a revelação somente como pauta doutrinária, devendo ser acessada
exclusivamente pelas normas da razão, tanto nas metodologia especulativas, quanto
nas apologéticas. Ambas, porém, subjugadas ao mesmo princípio de uma razão estreita.
Nesse caso o Real nomeado Deus não é mais que um objeto descritível. Assim se defendemos um propósito que não
veicula afirmação que fizemos, queremos indicar como sendo totalmente irreal,
sem nenhuma conotação do que nós defendemos como Real; para depois o que a
teologia tem por visão desta realidade. Quando
ocorre a manipulação do Real, o concreto perde seu sentido afirmativo, deixando
obstruído todo os argumentos que podem defender os seus próprios princípios que
apontem para todos os pensamentos e afirmações que deduzimos como sendo Real.
O desafio que estamos tendo é de assumir
um posicionamento coerente e absoluto do Real, sabendo qual posição tomar, em
toda sua extensão, para que tenhamos coerência em uma afirmativa ou defesa do
concreto em sua extensão latente do Real; precisamos ter um comportamento sem conveniências
ou deduções que nos preenchem ou consolidam o nosso pensar e não o que a
teologia tem por Real sustentada nas Escrituras. Sagradas. Pois assim iremos
desenvolver um contexto de posições e perspectivas que associam e pautam nossas
convicções que podemos afirmar e confirmar como sendo o Real, sendo o que a teologia
endossa em sua extensão para credibilizar como o Real. Vindo assim a sustentar
o Real em toda sua estrutura de plausibilidade e argumentação.
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