Weber
vai vivenciar em seu período um polemico debate envolvendo as ciências da
natureza e do espírito e nos seus interiores o papel dos valores e a
possibilidade da formulação das leis.
Weber
vai se propor a capacidade que teria o materialismo histórico de encontrar
explicações adequadas a história social. Weber que é herdeiro do pensamento de
Nietzsche, que defende a vontade de poder, expressa na luta entre valores
antagônicos, é que vai tornar a realidade social, política e econômica
compreensível.
Weber
visualiza a ciência como sendo uma vocação organizada em disciplinas especiais
a serviço do auto esclarecimento e conhecimento de fatos inter-relacionados. A
ciência vai ser um procedimento altamente racional que vai procurar explicar as
conseqüências de determinados atos, enquanto a posição política pratica
vincula-se a convicções e deveres. O
objeto de estudo científico de Weber é a ciência social, nesta o cientista vai
possuir uma ação seletivista, onde os valores serão um guia para a escolha de certo
objeto pelo cientista, de onde vai definir uma certa direção para sua
explicação e os limites da cadeia causal que vai ser capaz de estabelecer,
sendo assim ambos orientados por valores. Para o cientista social chegar ao
conhecimento social que pretende, precisa efetuar quatro operações: Estabelecer
leis e fatores hipotéticos, analisar e expor o agrupamento individual desses
fatores remonta o passado para descobrir como que se desenvolveram as
características individuais daqueles agrupamentos para poder explicá-los e
avaliar as constelações no futuro. A explicação de um fato significativo vai
incluir os pressupostos, pois eles foram escolhidos uma função de valores, assim
Weber vai rejeitar a possibilidade de uma ciência social que reduza a realidade
empírica e as suas leis.
Para
Weber os fenômenos culturais que são infinitamentes diversos é subjetivo, sendo
o ponto de vista humano capaz de lhes conferir sentido; construir as relações e
elaborar os conceitos que serão importantes para a atuação empírica, que vai
permitir tomar consciência do que é especifico aos fenômenos culturais.
As
ciências sociais vão ter uma importância no âmbito de compreender as
peculiaridades da vida que nos rodeia, composta de uma diversidade quase
infinita de elementos. Procurando assim o cientista social compreender uma
individualidade sociocultural formada de componentes historicamente agrupados.
Somente
as ações compreensíveis são objetos da sociologia que é uma ciência
generalizadora, que constrói conceitos unívocos porque procuram ser formulas
interpretativas através das quais se apresenta uma explicação racional para a
realidade empírica que organiza.
Mencionando
sobre o que vai dar valor a construção teórica vai dizer que a concordância
entre a adequação de sentido que propõe e a prova dos fatos que lhe ira
conceder este valor. Do ponto de vista heurístico a elaboração de um
instrumento que oriente o cientista social em sua busca de conexões causais vai
ser muito importante, este modelo de interpretação-investigação vai ser o tipo
ideal, sendo o que ira se valer o cientista para guiar-se na infinidade do
real. Devendo suas possibilidades e limites ser a unilateralidade, á
racionalidade e o caráter utópico. Que ao elaborar o tipo ideal, parte-se da
escolha numa realidade infinita de alguns elementos do objeto que serão
considerados pelo investigador os mais importantes para dar a explicação.
Weber
reconhece e valoriza os posicionamentos de Karl Marx, sobre capitalismo lhes
considerando inclusive tipos ideais, embora possuindo validez empírica ou
imaginar que são tendências ou forças ativas reais, Weber parte de uma
descrição provisória que lhe serve como guia para a investigação empírica.
Desenvolvendo e construindo este conceito até chegar a sua forma definitiva.
A
sociologia é para Weber a ciência que pretende entender, interpretando-a ação
social para dessa maneira, vir a explicá-la
em seu desenvolvimento e efeitos.observando suas regularidades as quais
se expressam na forma de usos,costumes ou situações de interesses. As explicações sociológicas vão procurar
compreender e interpretar o sentido, o desenvolvimento e os efeitos da conduta
de um ou mais indivíduos.
Weber
vai construir quatro tipos ou ideais de ação, sendo estes: A ação racional com
relação a fins, a ação racional com relação a valores, a ação tradicional e a
ação afetiva. Sendo sem duvida muitas as combinações que vão surgir entre a
maior e menor nitidez, ao qual o agente vai perceber suas finalidades e os
meios de que devera servir-se para alcançá-las. A ação de um indivíduo será
classificada como racional com relação a fins, se para atingir um objetivo ela
lança mão dos meios necessários ou adequados.
A
relação social é a probabilidade de que uma forma determinada de conduta social
tenha em algum momento seu sentido partilhado pelos diversos agentes numa
sociedade qualquer. Tendo como exemplos de relações sociais as de hostilidade,
de amizade, as trocas comerciais, a concorrência econômica, as relações
eróticas e políticas. Onde vai surgir o partilhar de ações entre as pessoas que
participam destas relações. O caráter
recíproco da relação social não significa uma atuação do mesmo tipo por parte
de cada um dos agentes envolvidos. Apenas quer dizer que uns e outros partilham
a compreensão das ações, sabendo todos do que se trata, mesmo não havendo
correspondência. Cada indivíduo ao envolver-se nessas ou em quaisquer relações
sociais, toma por referência certas expectativas que possui da ação do outro,
aos quais suas condutas se referem.
O
Estado, a Igreja e o Matrimônio para Weber vão ser pretensas estruturas sociais
que só existem de fato enquanto houver a probabilidade de que se dêem as
relações dotadas de conteúdos significativos que as constituem e se isto não
existir estas instituições deixaram de existir. Para Weber instituição vai ter
um sentido inovador, pois não são outra coisa que desenvolvimentos e
entrelaçamentos de ações espicificas de pessoas individuais. Assim podemos
identificar na maioria das relações sociais, elementos comunitários e societários,
assim como há motivos afetivos,tradicionais, religiosos e racionais mesclados
em quase todas as ações.
Weber
tem uma concepção de uma sociedade construída a implicando numa separação de
esferas, como a econômica, religiosa, política, jurídica social e cultural;
cada com suas lógicas particulares de funcionamento. Sendo o seu agente
individual a unidade da analise sociológica, a única entidade capaz de conferir
significado as suas ações.
Sendo
as pessoas que possuem a mesma condição de propriedades e habilitações
englobadas numa mesma situação de classe então o mercado vai funcionar como
motivador das ações e de seus significados, pois é através dele que as pessoas
lutam para vencer e alcançar poder e posição econômica. O significado das ações
podem ser definidos segundo critérios vigentes na ordem social, que é onde se
opera a luta por honra e prestigio se dando a sua distribuição. Aqui, o
conteúdo das relações sociais é baseado em regras de pertença a grupo de
status. Estes expressam sua honra por meio de um estilo de vida típico,
constituído pelo consumo de certos bens, por determinados modos e
comportamentos, pela celebração de casamentos endogâmicos e vestimentas;
ligadas a essas expectativas, existem limitações a vida social. É por
conceber a sociedade dividida em instancias que Weber distingue entre os
conceitos de classe fenômenos puramente econômico e definido na esfera do
mercado de consciência de classe e adscrito a esfera social. Weber vai ver na
consciência de classe um caráter contingente, ao contrario de Marx que vai
postular uma correlação entre estes dois planos. O significado das condutas não se encontra em
possíveis transformações estruturais da sociedade ou na manutenção do status
quo, mas pode ser essencialmente racional concernente aos fins. Nestas duas situações vai ficar especifico nas
configurações especificas que nele se desenha.
São
as castas grupos fechados referentes aos seus status que seus privilégios e
distinções estão assegurados através de leis, convenções e rituais. Estas
castas implicam num tio de subordinação entre grupos com maiores ou menores
privilégios.
O
poder no âmbito da sociologia vai possuir um conceito amorfo, já que implica na
probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social. A probabilidade
de encontrar obediência dentro de um grupo a um certo mandato torna os
conceitos de dominação e de autoridade de interesse para a Sociologia já que
possibilitam a explicação da regularidade do conteúdo de ações e das relações
sociais. A dominação legitima esta
dividida em três: A legal, a tradicional e a carismática, ou seja, a dos
sacralizados pelos seus atos, a dos patriarcas que vai ser a tradicional e a
dos profetas ou dos que possuem os dons dominando no âmbito da espiritualidade.
O poder vai causar a luta não só pelo
sentido econômico, mas para ser alcançada a honra.
No
sentido da dominação Weber vai se interessar por duas formas; a carismática e
burocrática. A burocrática correspondendo ao estilo moderno de administração e
a outra vai ser a cujo os sentidos não são racionais, sendo a tradicional mais
eficiente que a carismática, mas em algumas situações podem se assemelhar
querendo uma eliminar a outra.
Weber
vai abrir espaço para um tipo de liderança capaz de produzir mudanças significativas
em relações sociais marca das pela racionalidade - seja na esfera política ou
na religiosa, num tipo de dominação tradicional ou burocrática.
Na
religiosidade de salvação a diferença histórica entre o ocidente e o oriente
vai ser que um vai se fixar na contemplação e o outro no ascetismo. Para Weber
a Igreja vai servir de uma estrutura de coação. Weber vai ver esta questão de
religiosidade e toda a necessidade de salvação como uma indigência, sendo por
isso a opressão econômica ou social uma
fonte eficiente, ainda que não exclusiva, de seu renascimento. O processo de burocratização também ocorre na
economia e na empresa modernas a partir do estabelecimento de um controle
contábil de custos, de formas racionais de organização do trabalho e da mecanização.
Com a finalidade de obter o máximo lucro, as empresas capitalistas procuram
organizar de modo racional o trabalho e a produção.
Weber vai responder às suas indagações
mais persistentes e fundamentais sobre o desenvolvimento do capitalismo no Ocidente
e da racionalização da conduta promovida por um sistema ético, por meio do que
se torna sua obra mais conhecida: A ética protestante e o espírito do
capitalismo. Weber vai chamar A essa
dedicação verdadeiramente religiosa ao trabalho ele chamou vocação, fruto de um
ascetismo mundano, oposto ao ascetismo católico em dois pontos fundamentais:
primeiro, no seu caráter de ação metódica no mundo e, segundo, na valorização
do sucesso econômico.
Weber
adverte ter analisado apenas uma das possíveis relações entre o protestantismo
ascético e a cultura contemporânea e que não pretendeu contrapor sua análise ao
materialismo de Marx, mas evidenciar as outras conexões causais possíveis que
contribuem para a realização de uma individualidade histórica concreta: o capitalismo
ocidental.
Portanto
concluindo podemos constatar que Weber vai procurar analisar as sociedades
ocidentais e orientais, dentro dos seus elementos de interação e comando; para
chegar a conclusão das suas importâncias e sentidos para o monitoramento e
influencia dos que lhe governam e nela tem sua sobrevivência.
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