FORMAÇÃO DE UM POVO E GERAÇÃO PADRÃO. P/2
Continuando a avaliar
e comentar sobre a formação do povo de Israel, prosseguimos pela perspectiva da
evidencia dos problemas (e bênçãos) duplos de terra e população logo aparece na
luta entre Abraão e Ló sobre campos de pastagens. “Não tinha capacidade a terra
para poderem habitar juntos, porque a sua fazenda era muita” (Gn 13.6). Em consequência
disso, eles se separaram e para Abraão foram determinados o comprimento e a
largura da terra (Gn.13.17). Tempos mais tarde, Abraão comprou um local para
enterros em Macpela (Gn. 23.18-20), onde a esposa (Gn.23.19), ele mesmo (Gn. 25.9), o filho
Isaque (Gn. 49.31) e o neto Jacó (Gn.49.29,30) foram enterrados. A benção de grande população
ocorreu não em Canaã, mas no Egito. Os setenta integrantes de Israel que
desceram para o Egito multiplicaram-se chegando a formar uma grande multidão tão
numerosa a ponto de ameaçar a segurança do próprio Egito poderoso (Ex 1.1-7,9,12,20,
etc.). Durante todos os tempos pre-exílicos, Israel desfrutou o benefício da
terra e do povo, e só quando ficou evidente que ele perdera os privilégios do
concerto foi que esses dois benefícios lhe foram arrancados de forma tão
violenta e irreparável. Também podemos identificar no relato histórico o
terceiro elemento do concerto patriarcal, a saber, que a semente de Abraão
seria ocasião de benção ou maldição para as nações. Como mencionado, este
aspecto funcional do concerto corresponde ao mandato de encher a terra e sujeita-la,
e dominar sobre todas as coisas (Gn 1.28). Israel, como a semente, serviu como
o agente reinante do Deus Altíssimo com a finalidade de pelo menos distribuir a
sua benção, por um lado, ou o seu julgamento, por outro. Vindo assim ficar enfático
o sentido orgânico e judicial da constituição administrativa e social deste
povo e geração.
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