A
desafiante tarefa teológica consiste, portanto, em contribuir no processo de discernimento
das experiências efetivamente feitas por homens e mulheres dentro de seus mais
variados lugares culturais. Essa contribuição, contudo, não o será em toda a
sua espessura se não for realizada a partir de dentro mesmo dos mundos onde
habitam esses e essas que são os verdadeiros protagonistas da recepção da
presença divina.
A
moldura epistemológica necessária para contornar esse cenário teológico e existencial
deve compor-se de uma sensibilidade adequada a tal cenário. Urge, portanto, uma
superação de molduras que tão bem enquadraram cenários passados, mas que agora
só fazem distorcer a percepção do horizonte novo que se apresenta. Uma nova
racionalidade que possibilite à teologia ler nas experiências humanas,
experiências de Deus. A teologia seus processos são deslocados para o interior
das comunidades, onde não interessam tanto formulações teóricas sobre a fé,
mas, antes, narrativas de experiências da presença de Deus veiculadas por
sinais e símbolos próprios de tais universos. Vindo a ficar notório e explicito
as intervenções de Deus no coletivo e pessoal, onde a comunidade e sociedade é
impactada pelo seu agir, indo além do descrito e discutido pela teologia em sua
tarefa de avaliar, ponderar e descrever as ações de Deus em suas esferas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça comentário aqui.
D=