O
SAGRADO E O PROFANO NA SOCIEDADE.
(Eliade,1992)
“O conceito do espaço homogêneo e a história desse conceito (pois foi adotado
pelo pensamento filosófico e científico desde a Antiguidade) constituem um
problema completamente diferente, que não abordaremos aqui. O que interessa à
nossa investigação é a experiência do espaço tal como é vivida pelo homem não
religioso, quer dizer, por um homem que recusa a sacralidade do mundo, que
assume unicamente uma existência “profana”, purificada de toda pressuposição
religiosa”. Quando Eliade escreve esta
declaração, vem a perceber as verdades propostas dentro da religiosidade vivida
no início da década de noventa. Que aponta o profano com um rotulo, e o descaracteriza
da sociedade o tornando o ópio; mas a sacralidade ao que defende e evidencia se
preocupa com seu espaço e não oportuniza a sacralização da sociedade ao seu
redor, porque pretende ser exclusiva em sua fé e defesas ideológicas. Mas na
verdade o espaço social é homogêneo onde os dois extremos estão presentes, o
sagrado e o profano; nesta circunstância social, ocorre a perca das identidades
sociais, pois queremos definir a sociedade com nossos conceitos baseados em um
extremo ou outro. Nos esquecendo assim do princípio sagrado para sociedade que
é o amor o perdão, a convivência, porém sabendo que tem o compromisso de ser e
agir sagradamente; pois é separado por Cristo para Ele, mas não excluído da sociedade
e nem com o poder de se tornar opositor social daqueles que são contrários e
profanam com suas ações nossas crenças. O sagrado precisa ser amor, e muitas
vezes somos ódio e vingança; porque não compreendemos o importante para nossa
vida que é sermos sociais em Cristo, para fazermos a diferença no espaço em que
vivemos. Mas a profanação proposta pelo profano é constrangedora, inóspita e
vulgar; querendo dessacralizar o mundo e a sociedade; por não entender que o
universo é sagrado, pois ontologicamente e concretamente só existe a partir da
manifestação e ação do Sagrado no Universo. Assim a sociedade é o espaço deste confronto e
conflito, onde as perspectivas e ideologias se divergem, mas acima de tudo
preciso é estar reconhecendo que somos a manifestação do sagrado e o Universo a
causa e o efeito de sua existência.
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