quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014



O CÉREBRO E A APRENDIZAGEM  P/2
                                                         
A ativação elétrica do neurônio pós-sináptico é gerada principalmente a partir da ligação de neurotransmissores com receptores que controlam canais de íon, promovendo abertura destes canais. O movimento de íons pela membrana neuronal causa uma alteração no potencial elétrico existente entre o interior e o exterior da célula, podendo levar tanto a uma excitação da membrana, intitulada despolarização, quanto a uma inibição, denominada de hiper polarização. Já aqueles neurônios que não são ativados simultaneamente tenderiam à degenerescência sináptica, diminuindo sua conectividade mútua e, consequentemente, o seu peso na determinação das funções executadas pelo cérebro. Portanto, devemos admitir a possibilidade de que um estímulo singular atinja o cérebro em diferentes modalidades, afetando diversos sistemas cerebrais, como os acima mencionados, e que a ativação convergente destes sistemas atinja determinados grupos de neurônios, potencializando-os para a formação de memória a respeito do estímulo. Estes grupos de neurônios seriam novamente mobilizados durante o processo de lembrança do estímulo significativo.
O estimulo significativo concedera a propulsão do ativismo cognitivo, onde o cérebro estará em total empenho e concentração por alcançar uma hiper polarização, ocorrendo então a descoberta e desmitificação do oculto saber, que foi desvendado pelos neurônios em total estado de tensão.
O ser quanto é estimulado em seu processo de aprendizagem está captando a emergia que irá polarizar e uniformizar o cérebro na assimilação e percepção do conteúdo recebido, causando uma maior expectação para ocorrer o entendimento e assim atingir a diferenciação no processo assimilativo e perceptivo. 

sábado, 15 de fevereiro de 2014


O CÉREBRO E A APRENDIZAGEM - P/1


O cérebro é um órgão bastante complexo, que contém diversos sub-sistemas especializados na realização de determinadas funções. Estes sub-sistemas resultam de um longo processo evolutivo, em que se desenvolveram diversas modalidades de interação com o ambiente, cada uma delas ensejando o desenvolvimento das estruturas cerebrais correspondentes. Sistema motivacional: determina nosso estado de humor, e disposição para cada tipo de experiência que se nos apresenta como possível, nos contextos em que nos situamos a cada momento; já o sistema emocional: capta e processa sinais do ambiente, engendrando nossa reação afetiva perante aos mesmos, inclusive reações corporais (como o suor das mãos, expressão facial etc.); mantém estreita relação com os sistemas endócrino e imune.
O processo de aprendizagem pode se iniciar de modo consciente ou inconsciente. A consolidação de memórias formadas ocorre de modo inconsciente, principalmente durante o sono. Já a lembrança do conteúdo memorizado pode ocorrer de modo consciente ou inconsciente. Para nossa discussão da aprendizagem no âmbito escolar, vamos analisar apenas as situações em que a aprendizagem se inicia conscientemente. Neste caso, é possível que a retomada do aprendido ocorra tanto de modo consciente quanto inconsciente, predominando ora um ora outro.

Aprender não é só reter e processar o conteúdo aprendido de forma sistemática, mas sim efetivar o captado de forma, que venha viabilizar uma capacidade no aluno, tornando-lhe apto e consciente do entendimento processado, através do aprendizado. Assim   o homem como ser aquilatador de informações em seu convívio social, vive em um aprendizado informal e torna suas comunicações em elementos adjutores para sua educação formal.   

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


FORMAÇÃO DE UM POVO E GERAÇÃO PADRÃO. P/2

Continuando a avaliar e comentar sobre a formação do povo de Israel, prosseguimos pela perspectiva da evidencia dos problemas (e bênçãos) duplos de terra e população logo aparece na luta entre Abraão e Ló sobre campos de pastagens. “Não tinha capacidade a terra para poderem habitar juntos, porque a sua fazenda era muita” (Gn 13.6). Em consequência disso, eles se separaram e para Abraão foram determinados o comprimento e a largura da terra (Gn.13.17). Tempos mais tarde, Abraão comprou um local para enterros em Macpela (Gn. 23.18-20), onde a esposa (Gn.23.19), ele mesmo (Gn. 25.9), o filho Isaque (Gn. 49.31) e o neto Jacó (Gn.49.29,30) foram enterrados. A benção de grande população ocorreu não em Canaã, mas no Egito. Os setenta integrantes de Israel que desceram para o Egito multiplicaram-se chegando a formar uma grande multidão tão numerosa a ponto de ameaçar a segurança do próprio Egito poderoso (Ex 1.1-7,9,12,20, etc.). Durante todos os tempos pre-exílicos, Israel desfrutou o benefício da terra e do povo, e só quando ficou evidente que ele perdera os privilégios do concerto foi que esses dois benefícios lhe foram arrancados de forma tão violenta e irreparável. Também podemos identificar no relato histórico o terceiro elemento do concerto patriarcal, a saber, que a semente de Abraão seria ocasião de benção ou maldição para as nações. Como mencionado, este aspecto funcional do concerto corresponde ao mandato de encher a terra e sujeita-la, e dominar sobre todas as coisas (Gn 1.28). Israel, como a semente, serviu como o agente reinante do Deus Altíssimo com a finalidade de pelo menos distribuir a sua benção, por um lado, ou o seu julgamento, por outro. Vindo assim ficar enfático o sentido orgânico e judicial da constituição administrativa e social deste povo e geração. 

domingo, 26 de janeiro de 2014

FORMANDO UM POVO E GERAÇÃO PADRÃO.


A formação de um povo não é um acontecimento da natureza, mas um processo histórico que se baseia no nível da consciência das pessoas e dos grupos de pessoas que dele participam. Pessoas de origem e característica diversas conscientizam-se dos elementos que têm em comum, seja lá em que consistam: em destinos comuns, língua e cultura comuns, religião comum. Querem agregar-se, e rejeitam a outros que não fazem parte ou que não devem fazer parte. Esses processos de assimilação e dissimilação deixam rastros na consciência do povo que se formou. É de se esperar que tais rastros encontrem expressão na tradição do povo. No que se refere a Israel, o AT de fato contém respostas para a pergunta pelo distanciamento em relação a pessoas e grupos de pessoas estranhas e pela ligação com as aparentadas ou afins. Trata-se, porém, de respostas que outra coisa não era de se esperar — estão revestidas pelo manto da saga ou do extrato de saga na forma de notas e listas. Faz parte da essência da saga reduzir e retratar simplificadamente desdobramentos e constelações históricos complicados. Por isso as afirmações que Israel faz de si mesmo sobre esse tema se apresentam como afirmações sobre as relações de parentesco, de amizade e de inimizade de seus pais. O caminho percorrido pela tradição da saga é o seguinte: cada grupo de pessoas, cada povo, cada comunidade humana, seja lá que características tiver — inclusive o próprio Israel — é feito remontar a um ou mais ancestrais fictícios. Se tiverem o nome do grupo que representam, esses patriarcas se chamam epônimos. Esse procedimento oferece a possibilidade de apresentar o parentesco dos povos e das comunidades entre si e suas distinções de outros na forma de genealogias dos ancestrais e de marrá-los em sagas de amizades e inimizades dos pais. Por trás disso está o pensamento genealógico, profundamente enraizado na Antiguidade, em especial na Antiguidade oriental: o interesse de compreender e de representar plasticamente as macro- relações humanas em analogia às micro- relações humanas.. Trata-se de um enfoque microcósmico do macrocosmo do mundo das nações e das pessoas, uma redução ingênua e irrefletida da multiplicidade de fenômenos e processos históricos. Sobre o modo de pensar dos povos do Oriente Antigo, e com isso também sobre o de Israel, pesa a obrigatoriedade da associação das famílias e dos clãs. Ela determina sua consciência e faz com que acontecimentos históricos complicados apareçam de forma simples como reprodução, amizade e inimizade.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014


QUERO INICIAR FALANDO UM POUCO SOBRE O QUE IDEALIZAVA LUTERO EM SUA VISÃO DE LITURGIA, PARA ISTO VOU ESCREVER EM DUAS PARTES.  



      LUTERO E SUA LITURGIA.


      Lutero repudiava muitas vezes de uma maneira vulgar as mitras e os báculos dos papistas, e seus ensinos sobre a Eucaristia. O erro cardeal da Missa, disse Lutero, era que esta foi uma “obra” humana baseada numa falsa compreensão do sacrifício de Cristo. Então, em 1523, Lutero enunciou sua própria revisão da Missa Católica. Esta revisão é o fundamento de toda adoração protestante. O núcleo dela é: Em vez da Eucaristia, Lutero colocou a pregação no centro da reunião. A crença de Lutero no que diz respeito à pregação como ponto culminante do culto de adoração permanece até nossos dias. Todavia tal crença não tem nenhuma procedência bíblica.  Como disse um historiador, “O púlpito é o trono do pastor protestante”.  É por esta razão que os ministros protestantes ordenados são ordinariamente chamados de “pregadores”.
        Lutero meramente tentou salvar aquilo que representava o elemento “cristão” da antiga liturgia católica.  Por conseguinte, se alguém comparar a liturgia de adoração elaborada por Lutero com a liturgia de Gregório, verá que é praticamente a mesma! Basicamente, Lutero reinterpretou muitos dos rituais da Missa. Mas, ele preservou o cerimonial, julgando-o apropriado. Por exemplo, Lutero manteve o ato que marcava o ponto culminante da Missa Católica.              
         Quando o sacerdote levanta o pão e o cálice e os consagra. Ele meramente reinterpreta o significado deste ato. A prática de consagrar o pão e o cálice, elevando-os, teve início no século XIII. É uma prática construída principalmente com base na superstição. Contudo continua sendo observada por muitos pastores em nossos dias.

         A Martin Bucer também se atribui ter promovido esta atitude. Ao início de cada culto, os Dez Mandamentos eram lidos para criar um sentido de veneração.  Desta mentalidade saíram algumas práticas escandalosas. Um certo pastor Puritano Inglês ficou famoso por multar as crianças que sorriam dentro da igreja! Agregue-se a isto a criação do “Homem do Dízimo” que despertava com um grande bastão os paroquianos que dormiam no culto!

domingo, 22 de dezembro de 2013

EVENTOS FINAIS

Estive um mês sem postar nada por estar envolvido em minhas diversas atividades pedagógicas, mas hoje estou postando um texto de cunho escatológico, que tem sido uma área que tenho me dedicado um pouco. 

1    EVENTOS RESERVADOS PARA OS IMPIOS

Iremos ver neste tópico, os acontecimentos que estão assinalados para os que rejeitaram a Jesus como se Salvador. São acontecimentos terríveis, como iremos estudar a partir de agora.

4.1 A TRIBULAÇÃO E GRANDE TRIBULAÇÃO.

Neste acontecimento estaremos vendo sobre, as setenta semanas profetizadas pelo profeta Daniel, os quatro cavalos, as taças e as trombetas que estão registradas em Apocalipses 5,6, 8,16. Mas vamos iniciar falando sobre as setenta semanas descritas por Daniel; para tanto vamos analisar o texto d Dn 9. 24-27; vejamos por partes a seguir:

·         A profecia inteira trata do “povo” de Daniel e de sua cidade, isto é: A nação de Israel e da cidade de Jerusalém. (v. 24).
·         Dois príncipes diferentes são mencionados, que não se deve confundir: O primeiro é o Messias, O Príncipe (v.25) e o segundo se descreve como o príncipe que há de vir. (v. 26).
·         Todo período envolvido é precisamente especificado como setenta semanas, (v.24), e estas setenta semanas são divididas em três períodos menores: (vv, 25,27).

            Sete Semanas;
            Sessenta e duas Semanas;
            Uma semana.

·         O início do período total, ou seja, das setenta semanas é definitivamente fixado: “Desde a ordem para restaurar a para edificar Jerusalém”. (v. 25).
·          O fim das sete semanas e sessenta e duas semanas é (= 69 semanas) marcado pela apresentação do Messias, o Príncipe, como o “Príncipe de Israel”.
·          Depois das sessenta e duas semanas, que seguem as primeiras sete semanas, (isto é 69 semanas), o Messias, O Príncipe será morto e Jerusalém será destruída em algum tempo no futuro, pelo povo do outro príncipe. (v.26).
·         Após estes dois eventos importantes chegamos a última ou a Septuagésima Semana, cujo inicio será claramente indicado pelo estabelecimento duma firme aliança ou tratado entre o príncipe vindouro e a nação de Israel, pelo período de uma semana. (v. 27).
·         No meio da semana, ou da septuagésima semana, após ter violado o seu tratado, o príncipe vindouro fará cessar o sacrifício judaico subitamente e fará cair sobre o povo um tempo de ira e desolação que durará até o fim da semana. (v.27).
Agora iremos para Daniel 12, para completarmos nossa analise sobre este período de grande tribulação.

·         Versículo 1º. Este versículo trata de um período de angustia, qual nunca houve. Este período nada mais é do que a Grande tribulação e que o livro de Apocalipse trata em sua maior parte.
·         O que é esta abominação desoladora? veja Dn. 9,27; Mt. 24,15; II Ts 2,4 – O Anticristo fará um pacto com o povo de Israel e isto por “um tempo, dois tempos e metade de um tempo”. Dn. 12,7.
                  Um tempo................................................. 1 ano
                  Dois tempos.............................................. 2 anos
                 Metade de um tempo................................ 1/2 ano
Observe que é dito que o príncipe (o Anticristo) fará uma aliança por uma semana (sete anos) e na metade da semana (três anos e meio), quebrará este pacto e sobre a asa das abominações virá o assolador. E estabelecida à assolação haverá 1290 (mil duzentos e noventa dias), e o quer dizer estes dias?
·         1290 são (1260 + 30), observe Ap. 11,3; 12,6. Esses trinta dias poderá ser o tempo gasto para realizar o julgamento das nações.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013


       O CONTEXTO ANTROPOLÓGICO- INTRODUÇÃO

     O contexto da antropologia possui varias perspectivas, em um sentido mais estrito, podemos considerar que a antropologia não e apenas o estudo de tudo que compõe uma sociedade. Ela e o estudo de todas as sociedades humanas, ou seja, das culturas da humanidade como um todo em suas diversidades hist oricas e geogr áfic as. Visando constituir os "arquivos"da humanidade em suas diferen ças signifi cativas, ela, inicialmente privilegiou claramente as áreas de civiliza cão exteriores a nossa. Mas a antropologia n~ao poderia ser de nida por um objeto empi rico qualquer (e, em especial, pelo tipo de sociedade ao qual ela a princípio se dedicou preferencialmente ou mesmo exclusivamente). Se seu campo de observa cão consistisse no estudo das sociedades preservadas do contato com o Ocidente, ela se encontraria hoje, como j a comentamos, sem objeto. 
     Ocorre, por em, que se a especifi cidade da contribui cão dos antrop ológos em rela cão aos outros pesquisadores em ciências humanas não pode ser confundida com a natureza das primeiras sociedades estudadas as sociedades extra-europ eias, ela e a meu ver indissociavelmente ligada ao modo de conhecimento que foi elaborado a partir do estudo dessas sociedades: a observa ção direta, por impregna cão lenta e contínua de grupos humanos min usculos com os quais mantemos uma rela cão pessoal. 
       O campo de atuação antropológica é diverso pois não vai se restringir  somente ao homem em sua constituição, mas no seu aspecto cultural, social e histórico. Vindo a ter uma dimensão assim plural e uniforme, em suas abordagens, propostas que vão para fora do advir do Ser, pois são intra e extras contextualizantes. Por ser somente uma introdução, fico por aqui, para acrescentar na continuidade deste texto. 

terça-feira, 5 de novembro de 2013


A ÉTICA NA REFLEXÃO GREGA

A ética na  reflexão grega surgiu como uma pesquisa sobre a natureza do bem moral, na busca de um princípio absoluto da conduta. Ela procede do contexto religioso, onde podemos encontrar o cordão umbilical de muitas Platão parece acreditar numa vida depois da morte e por isso prefere o ascetismo ao prazer terreno. No diálogo República ele até condena a vida voltada exclusivamente para os prazeres. Contando com a imortalidade da alma, sugerida no diálogo Fédon, e que é coerente com uma preexistência da alma, ele espera a felicidade principalmente para depois da morte. Os homens deveriam procurar, então, durante esta vida, a contemplação das idéias, e principalmente da ideia mais importante, a ideia do Bem. Platão descreve, de uma maneira literariamente muito sedutora, como há uma espécie de “Eros filosófico” que atrai o homem para este exercício de contemplação. Como o astrônomo contempla os astros, o filósofo contempla, através da arte da dialética, as idéias mais altas, principalmente as do Ser e do Bem. O Ser é imutável, e também o Bem. A partir deste Bem superior, o homem deve procurar descobrir uma escala da bens, que o ajudem a chegar ao absoluto. Tendo posições na vida que lhe tornem uma pessoa com moral expressiva, tendo hábitos que lhe tornem uma referência no bom comportamento. 

domingo, 13 de outubro de 2013

TOMAS DE AQUINO


TOMAS DE AQUINO E A RELIGIÃO

Tomas de Aquino visualiza e identifica a religião na seguinte perspectiva; um ato de justiça consiste em devolvermos a alguém o que lhe devemos, de tal maneira que o que lhe devolvermos seja igual ao que lhe devíamos. Assim definida, a justiça pressupõe ao menos duas noções: a de dívida e a de igualdade. No entanto, existem certas virtudes – anexas à virtude da justiça – que das duas noções contêm apenas uma, por exemplo, a de dívida. Sem dúvida, o exemplo mais eloquente neste sentido é a virtude da religião. Nela o homem reconhece que deve tudo a Deus e que é incapaz de saldar totalmente esta dívida, visto que não há nada que possa dar a Deus que já não tenha dEle recebido. Em outras palavras, pela virtude da religião assumimos que temos uma dívida impagável com Deus. Agora bem, do fato de uma dívida não poder ser paga, não se segue que possamos simplesmente negá-la. Antes, o fato em si de ela ser impagável só aumenta o nosso compromisso de reconhecermo-nos devedores daquele a quem tudo devemos. Portanto, a religião é uma virtude, anexa à virtude da justiça, que consiste no ato pelo qual reconhecemos que temos uma dívida impagável para com Deus. Como toda virtude, também o exercício da virtude da religião nos torna bons. Ademais, como existe um único Deus, e como um hábito se distingue d’outro pelo seu objeto formal, a virtude da religião, uma vez que se ordena formalmente à reverência ao Deus único enquanto criador e governador de tudo o que existe,é um hábito único. Donde só poder haver uma única virtude da religião e, consequentemente, uma única religião verdadeira. E há mais. A religião não é apenas uma virtude distinta de todas as outras, ela é, ademais, superior a todas as demais, em virtude de possuir um fim mais alto. A fim de esclarecermos esta assertiva, estabeleçamos, de início, um princípio: todo superior é digno de receber homenagem. Ora, a superioridade de Deus é singular, uma vez que Ele é superior a tudo o que há, já que foi Ele quem tudo criou. Logo, Deus é digno de que lhe rendamos uma homenagem da qual somente Ele é merecedor. Por conseguinte, a virtude da religião não pode consistir numa homenagem da mesma ordem daquela que prestamos, por exemplo, a um rei ou a um pai ou a qualquer outra criatura. Destarte, a honra prestada a Deus deve estar acima de todas as outras, posto que se trata de uma honra que é devida somente ao rei do universo, fonte e origem de tudo o que existe

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A ALUSÃO DE PAULO AS CARACTERÍSTICAS  DE UM ATLETA



Na linguagem metafórica que Paulo utiliza sobre essa carreira, ele reconhece que precisa aperfeiçoar-se como atleta. A expressão inicial do versículo 12, de 1º.Co.9.12  indica que Paulo tinha consciência de suas limitações. Por isso, ele se vê num estádio correndo com tantos outros corredores, mas tem convicção de que somente um receberá o prêmio (1 Co 9.24). Não se trata de uma competição individualista quando diz que somente um leva o prêmio. Significa que esse “um” inclui todos aqueles que servem a Deus. Todo atleta quando está numa maratona corre para poder alcançar o prêmio final. O apóstolo declara que neste mundo o crente é alguém que procura avançar com denodo na carreira cristã. Paulo declara que havia sido alcançado por Cristo e, portanto, agora procura conquistá-lo. A busca da perfeição era a razão principal de sua vida. Os falsos obreiros pregavam ter alcançado a perfeição e, por isso, não tinham muito que se preocupar. Paulo refuta essa ideia afirmando que “prosseguia para o alvo” (3.14). A doutrina de que “uma vez salvo, salvo para sempre” não encontra respaldo no ensino de Paulo. Muito do comodismo de alguns crentes se baseia nessa falsa ideia de “salvação perfeita”. Sabemos que a obra expiatória de Cristo foi perfeita em relação à pena do pecado. Mas sabemos também que precisamos cuidar da nossa salvação em relação ao poder do pecado na vida cotidiana. Ora, isso faz com que entendamos que até a morte teremos que continuar correndo nesta carreira. Assim podemos compreender que o sentido aplicativo de Paulo, era para a sujeição e obstinação de um atleta, em sua entrega e esforço para alcançar a meta, o seu ideal; na verdade hoje estamos nos entregando para alguns obstáculos que surgem,que não devem nos inibir e nem deter. Precisamos prosseguir nos posicionando como atletas, que se dedicam, numa total busca pelo alvo. O Ap. Paulo quer indicar assim um modelo a seguirmos, a termos como exemplo para alcançarmos os ideais que nos estão propostos na carreira ministerial e vida cristã. 

domingo, 1 de setembro de 2013

ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR E O MOVIMENTO SOCIAL



Pode-se identificar que o campo da administração escolar constitui-se a partir de uma demanda da própria sociedade, quando o capitalismo industrial lança suas bases e impõe a necessidade de formação de mão-de-obra, constituindo-se o processo educativo escolar como espaço para o atendimento desta necessidade. A ampliação da escolarização no início do século XX, em conseqüência disso, torna mais complexa as ações neste meio exigindo uma organização que atendesse a esta demanda.
             Aliado ao espírito de cientificização do período, a administração geral, fruto de elaborações científicas, apresentou-se neste momento como a alternativa adequada frente à legitimação de seu sucesso no âmbito empresarial. Embora ressalvada as tentativas de adequação deste modelo administrativo ao campo educacional, a racionalidade empregada em sua sistemática e funcionamento transplantam para este um modelo que, sob a aparência da neutralidade científica e universalidade, legitimam valores e a conformação de uma divisão do trabalho hierárquica, a exemplo das estruturas e relações sociais capitalistas.
               A década de 1980 torna-se palco de questionamento da racionalidade capitalista no campo educacional, a exemplo do que acontecia em outras esferas sociais. Neste cenário, o modelo de administração vigente é posto em análise, e as elaborações daí decorrentes avançam em relação ao que se apresenta, quando se evoca para a face política da administração escolar, retirando a centralidade da técnica administrativa.
             Ao lado destas elaborações no campo intelectual, a sociedade civil reivindicava, frente ao contexto de redemocratização do país, a participação nas instituições sociais, dentre elas as educacionais. Tem-se, neste período, a legitimação constitucional do princípio de gestão democrática da educação pública. No entanto, também se faz presente neste cenário a política neoliberal, que tem na participação da sociedade civil nas questões sociais o amparo para desviar a atenção do Estado para a esfera da economia.
           Neste sentido, instala-se o paradoxo entre as forças sociais e econômicas no campo da gestão democrática, apontando que este campo continua a se assentar na divisão do trabalho baseado na organização capitalista da sociedade. Uma vez que, ao lado da política neoliberal, a administração no campo empresarial passa a basear-se nos princípios de flexibilização, autonomia e descentralização, decorrente das mudanças na base produtiva, a partir do toyotismo, adquirindo confluência com os pressupostos da gestão escolar. Embora se possa identificar esta inter-relação entre administração capitalista e a gestão escolar, este trabalho investe no potencial de que a participação consciente da comunidade nos espaços democráticos da gestão escolar pode significar a aproximação desta prática aos interesses sociais. 
             Dos primeiros escritos sobre administração escolar no Brasil. Neste sentido, aponta-se a possibilidade de construção de um espaço público democrático, uma vez que a concretização das políticas públicas só é possível no momento em que se traduz em práticas sociais.

domingo, 18 de agosto de 2013

WEBER E SUA CIÊNCIA SOCIAL.

Weber vai vivenciar em seu período um polemico debate envolvendo as ciências da natureza e do espírito e nos seus interiores o papel dos valores e a possibilidade da formulação das leis.
Weber vai se propor a capacidade que teria o materialismo histórico de encontrar explicações adequadas a história social. Weber que é herdeiro do pensamento de Nietzsche, que defende a vontade de poder, expressa na luta entre valores antagônicos, é que vai tornar a realidade social, política e econômica compreensível.
Weber visualiza a ciência como sendo uma vocação organizada em disciplinas especiais a serviço do auto esclarecimento e conhecimento de fatos inter-relacionados. A ciência vai ser um procedimento altamente racional que vai procurar explicar as conseqüências de determinados atos, enquanto a posição política pratica vincula-se a convicções e deveres.   O objeto de estudo científico de Weber é a ciência social, nesta o cientista vai possuir uma ação seletivista, onde os valores serão um guia para a escolha de certo objeto pelo cientista, de onde vai definir uma certa direção para sua explicação e os limites da cadeia causal que vai ser capaz de estabelecer, sendo assim ambos orientados por valores. Para o cientista social chegar ao conhecimento social que pretende, precisa efetuar quatro operações: Estabelecer leis e fatores hipotéticos, analisar e expor o agrupamento individual desses fatores remonta o passado para descobrir como que se desenvolveram as características individuais daqueles agrupamentos para poder explicá-los e avaliar as constelações no futuro. A explicação de um fato significativo vai incluir os pressupostos, pois eles foram escolhidos uma função de valores, assim Weber vai rejeitar a possibilidade de uma ciência social que reduza a realidade empírica e as suas leis.
Para Weber os fenômenos culturais que são infinitamentes diversos é subjetivo, sendo o ponto de vista humano capaz de lhes conferir sentido; construir as relações e elaborar os conceitos que serão importantes para a atuação empírica, que vai permitir tomar consciência do que é especifico aos fenômenos culturais.
As ciências sociais vão ter uma importância no âmbito de compreender as peculiaridades da vida que nos rodeia, composta de uma diversidade quase infinita de elementos. Procurando assim o cientista social compreender uma individualidade sociocultural formada de componentes historicamente agrupados.
Somente as ações compreensíveis são objetos da sociologia que é uma ciência generalizadora, que constrói conceitos unívocos porque procuram ser formulas interpretativas através das quais se apresenta uma explicação racional para a realidade empírica que organiza.
Mencionando sobre o que vai dar valor a construção teórica vai dizer que a concordância entre a adequação de sentido que propõe e a prova dos fatos que lhe ira conceder este valor. Do ponto de vista heurístico a elaboração de um instrumento que oriente o cientista social em sua busca de conexões causais vai ser muito importante, este modelo de interpretação-investigação vai ser o tipo ideal, sendo o que ira se valer o cientista para guiar-se na infinidade do real. Devendo suas possibilidades e limites ser a unilateralidade, á racionalidade e o caráter utópico. Que ao elaborar o tipo ideal, parte-se da escolha numa realidade infinita de alguns elementos do objeto que serão considerados pelo investigador os mais importantes para dar a explicação.
Weber reconhece e valoriza os posicionamentos de Karl Marx, sobre capitalismo lhes considerando inclusive tipos ideais, embora possuindo validez empírica ou imaginar que são tendências ou forças ativas reais, Weber parte de uma descrição provisória que lhe serve como guia para a investigação empírica. Desenvolvendo e construindo este conceito até chegar a sua forma definitiva.
A sociologia é para Weber a ciência que pretende entender, interpretando-a ação social para dessa maneira, vir a explicá-la  em seu desenvolvimento e efeitos.observando suas regularidades as quais se expressam na forma de usos,costumes ou situações de interesses.  As explicações sociológicas vão procurar compreender e interpretar o sentido, o desenvolvimento e os efeitos da conduta de um  ou mais indivíduos.
Weber vai construir quatro tipos ou ideais de ação, sendo estes: A ação racional com relação a fins, a ação racional com relação a valores, a ação tradicional e a ação afetiva. Sendo sem duvida muitas as combinações que vão surgir entre a maior e menor nitidez, ao qual o agente vai perceber suas finalidades e os meios de que devera servir-se para alcançá-las. A ação de um indivíduo será classificada como racional com relação a fins, se para atingir um objetivo ela lança mão dos meios necessários ou adequados.
A relação social é  a probabilidade  de que uma forma determinada de conduta social tenha em algum momento seu sentido partilhado pelos diversos agentes numa sociedade qualquer. Tendo como exemplos de relações sociais as de hostilidade, de amizade, as trocas comerciais, a concorrência econômica, as relações eróticas e políticas. Onde vai surgir o partilhar de ações entre as pessoas que participam destas relações.  O caráter recíproco da relação social não significa uma atuação do mesmo tipo por parte de cada um dos agentes envolvidos. Apenas quer dizer que uns e outros partilham a compreensão das ações, sabendo todos do que se trata, mesmo não havendo correspondência. Cada indivíduo ao envolver-se nessas ou em quaisquer relações sociais, toma por referência certas expectativas que possui da ação do outro, aos quais suas condutas se referem.
O Estado, a Igreja e o Matrimônio para Weber vão ser pretensas estruturas sociais que só existem de fato enquanto houver a probabilidade de que se dêem as relações dotadas de conteúdos significativos que as constituem e se isto não existir estas instituições deixaram de existir. Para Weber instituição vai ter um sentido inovador, pois não são outra coisa que desenvolvimentos e entrelaçamentos de ações espicificas de pessoas individuais. Assim podemos identificar na maioria das relações sociais, elementos comunitários e societários, assim como há motivos afetivos,tradicionais, religiosos e racionais mesclados em quase todas as ações.
Weber tem uma concepção de uma sociedade construída a implicando numa separação de esferas, como a econômica, religiosa, política, jurídica social e cultural; cada com suas lógicas particulares de funcionamento. Sendo o seu agente individual a unidade da analise sociológica, a única entidade capaz de conferir significado as suas ações.
Sendo as pessoas que possuem a mesma condição de propriedades e habilitações englobadas numa mesma situação de classe então o mercado vai funcionar como motivador das ações e de seus significados, pois é através dele que as pessoas lutam para vencer e alcançar poder e posição econômica. O significado das ações podem ser definidos segundo critérios vigentes na ordem social, que é onde se opera a luta por honra e prestigio se dando a sua distribuição. Aqui, o conteúdo das relações sociais é baseado em regras de pertença a grupo de status. Estes expressam sua honra por meio de um estilo de vida típico, constituído pelo consumo de certos bens, por determinados modos e comportamentos, pela celebração de casamentos endogâmicos e vestimentas; ligadas a essas expectativas, existem limitações a vida social.    É por conceber a sociedade dividida em instancias que Weber distingue entre os conceitos de classe fenômenos puramente econômico e definido na esfera do mercado de consciência de classe e adscrito a esfera social. Weber vai ver na consciência de classe um caráter contingente, ao contrario de Marx que vai postular uma correlação entre estes dois planos.  O significado das condutas não se encontra em possíveis transformações estruturais da sociedade ou na manutenção do status quo, mas pode ser essencialmente racional concernente aos fins.  Nestas duas situações vai ficar especifico nas configurações especificas que nele se desenha.
São as castas grupos fechados referentes aos seus status que seus privilégios e distinções estão assegurados através de leis, convenções e rituais. Estas castas implicam num tio de subordinação entre grupos com maiores ou menores privilégios.
O poder no âmbito da sociologia vai possuir um conceito amorfo, já que implica na probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social. A probabilidade de encontrar obediência dentro de um grupo a um certo mandato torna os conceitos de dominação e de autoridade de interesse para a Sociologia já que possibilitam a explicação da regularidade do conteúdo de ações e das relações sociais.  A dominação legitima esta dividida em três: A legal, a tradicional e a carismática, ou seja, a dos sacralizados pelos seus atos, a dos patriarcas que vai ser a tradicional e a dos profetas ou dos que possuem os dons dominando no âmbito da espiritualidade.   O poder vai causar a luta não só pelo sentido econômico, mas para ser alcançada a honra.
No sentido da dominação Weber vai se interessar por duas formas; a carismática e burocrática. A burocrática correspondendo ao estilo moderno de administração e a outra vai ser a cujo os sentidos não são racionais, sendo a tradicional mais eficiente que a carismática, mas em algumas situações podem se assemelhar querendo uma eliminar a outra. 
Weber vai abrir espaço para um tipo de liderança capaz de produzir mudanças significativas em relações sociais marca das pela racionalidade - seja na esfera política ou na religiosa, num tipo de dominação tradicional ou burocrática.
Na religiosidade de salvação a diferença histórica entre o ocidente e o oriente vai ser que um vai se fixar na contemplação e o outro no ascetismo. Para Weber a Igreja vai servir de uma estrutura de coação. Weber vai ver esta questão de religiosidade e toda a necessidade de salvação como uma indigência, sendo por isso a opressão econômica ou social  uma fonte eficiente, ainda que não exclusiva, de seu renascimento.  O processo de burocratização também ocorre na economia e na empresa modernas a partir do estabelecimento de um controle contábil de custos, de formas racionais de organização do trabalho e da mecanização. Com a finalidade de obter o máximo lucro, as empresas capitalistas procuram organizar de modo racional o trabalho e a produção.
 Weber vai responder às suas indagações mais persistentes e fundamentais sobre o desenvolvimento do capitalismo no Ocidente e da racionalização da conduta promovida por um sistema ético, por meio do que se torna sua obra mais conhecida: A ética protestante e o espírito do capitalismo.  Weber vai chamar A essa dedicação verdadeiramente religiosa ao trabalho ele chamou vocação, fruto de um ascetismo mundano, oposto ao ascetismo católico em dois pontos fundamentais: primeiro, no seu caráter de ação metódica no mundo e, segundo, na valorização do sucesso econômico.
Weber adverte ter analisado apenas uma das possíveis relações entre o protestantismo ascético e a cultura contemporânea e que não pretendeu contrapor sua análise ao materialismo de Marx, mas evidenciar as outras conexões causais possíveis que contribuem para a realização de uma individualidade histórica concreta: o capitalismo ocidental.

Portanto concluindo podemos constatar que Weber vai procurar analisar as sociedades ocidentais e orientais, dentro dos seus elementos de interação e comando; para chegar a conclusão das suas importâncias e sentidos para o monitoramento e influencia dos que lhe governam e nela tem sua sobrevivência. 

sábado, 3 de agosto de 2013

PARALELISMO ESCATOLÓGICO DE MATEUS 13 E APOCALIPSES 2 E 3.



Mateus 13 
Apocalipse 2 e 3
Significado do nome
Datas aproximadas
Característica
Semeador
Éfeso
Desejada
Pentecostes a 100 d.C.
Época de semeadura, organização e evangelização
O trigo e o joio
Esmirna
Mirra
Nero a 300 d.C.
Perseguição. Inimigo reve­lado
O grão
de mostarda
Pérgamo
Completa­mente casada
300 a 800 d.C.
Aliança mundana.
O fermento
Tiatira
Sacrifício contínuo
800 a 1517
Grande
crescimento
externo
Domínio
papal,
corrupção
doutrinária.
Profissão
vazia.
Tesouro escondido
Sardes
Aqueles que escapam
Reforma
Crescimento da igreja estatal.
A pérola
Filadélfia
Amor fraternal
Os últimos dias
Igreja verda­deira dos últimos dias.
A rede
Laodicéia
Povo reinando
Últimos dias
Apostasia.


terça-feira, 16 de julho de 2013

POVO AFRO BRASILEIRO CONTRIBUIÇÕES A SOCIEDADE.

Estou pesquisando e escrevendo sobre o povo Afro, o seu contexto no Brasil. Precisamos entender a realidade social deste povo, para compreendermos as influencias pertinentes que exerceram em nossa cultura e na composição de nossa sociedade.  O qual falando sobre o povo afro brasileiro, Albuquerque e Filho, assim conceitua a formação social deste povo:  “Nessas sociedades a ocasião dependia, em grande parte, da preservação da memória dos antepassados, da reverência e privilégios reservados aos mais velhos e da partilha  da fé religiosa.”   (2006, p.13)
 A ênfase as suas memórias esta visível ate hoje em nossa sociedade e foi um dos fatores que favoreceram a composição de nossos aspectos e características sociais e culturais corporificadas destas heranças da realidade destes povos. Pois o afro brasileiro é fruto destas raízes históricas, que é marcos das nossas origens como povo brasileiro; quando excluímos ou não queremos estar inteirados desta realidade, estamos excluindo a nossa própria história.   Por isso, precisamos difundir e vivenciar mais as vertentes e características deste movimento, que não precisaria ser estar composto como um movimento se não tivéssemos o preconceito como uma marca triste e repugnante de nossa história. Portanto precisa ser modificada e um dos mais expressivos meios, para esta ação de quebra deste paradiguima social, é através da intervenção da escola, com a mobilização que esta deve promover com os seus professores e alunos, para que nossos crianças, adolescentes e jovens; possam iniciar uma reflexão maior sobre esta temática, reparando ações preconceituosas, praticas pela própria educação brasileira.  Onde ainda esta perceptível as segregações, que discorrendo sobre essa realidade Arroyo em sua obra “ outros sujeitos outras pedagogias” diz:   “ Contra essas segregações espaço - político -étnico-raciais lutam os movimentos sociais    do campo, indígenas, negros, quilombolas.  como lutam contra o colonialismo interno  que continua na republica e na democracia, na segregação dos coletivos diferentes em     em  favelas, vilas- miséria, “comunidades  pacificadas. Lutam por ser reconhecidos, como membros da comunidade política   nacional e da cidadania, sem cidadanias diferentes em favelas, vilas - miséria, comunidade pacificada” (2012,p.216)
Como vemos a segregação e a luta pelo direito de possuir voz ativa, nos segmentos sociais, e principalmente ser respeitados na sociedade como um cidadão, é constante. A escola e educação, esta envolvida neste processo pois pratica ainda em muitos sentidos esta exclusão racial, com isto, precisamos mudar esta pratica, desenvolvendo uma educação com princípios de igualdade, que é uma das vertentes deste projeto, que estamos desenvolvendo. Pois são um cidadão brasileiro defensor desta raça, muitas vezes por ser branco, mal interpretado, mas vivo e defendo os ideais deste movimento, deste povo e parcela expressiva e notória do desenvolvimento e progresso de nossa sociedade.  A escola e educação precisa se despertar para temática, propondo mudanças e aceitando, os afro brasileiros, como  que devem ter seu espaço e inclusão na escola garantida, como diz Coelho em sua obra a questão racial na escola:  “ Raça, etnia e cor são categorias por demais   importantes dentro de nossa cultura   o Brasil, o país da mistura, representado como aquarela, é também, o país  do preconceito racial velado, pois é  por meio delas que as identificações  são    produzidas.Preto, branco, mulato,cafuzo,  caboclo, índio,sarará ou chegadinho não são meros índices de cor,  são formas de identificação e de assunção de um lugar social diferenciado e  diferenciante (se nos permitem o neologismo).    Problematizar tais categorias  no universo escolar   significa discuti-las no momento mesmo em que são formuladas por uma parcela impor da população em uma etapa crucial de suas vidas, preconceitos, como se sabe, não são inatos. (2010,p.18) 
Portanto ao concluir esta etapa da composição deste projeto, exponho que é preciso, viver uma corporificação da igualdade  racial na escola, na educação na sociedade; e nós professores temos como educadores a responsabilidade de promover, propor e estimular esta atitude, que nasce através de uma conscientização; que é uma proposta identificada neste projeto, de emancipação e mudança de ações sociais referente aos afros brasileiros.



quinta-feira, 4 de julho de 2013

A CARTA PAULINA A FILIPOS.



A carta à igreja de Filipos é considerada a mais bela do  Novo Testamento. Ela transborda de alegria, generosidade  e entusiasmo. Destacamos alguns pontos: Em primeiro lugar, o autor da carta. O apóstolo Paulo, corajoso missionário, ilustrado mestre, articulado apologista, estadista cristão e fundador da igreja de Filipos, é o  remetente da carta.  Há abundantes evidências internas e externas que provam conclusivamente que Paulo foi o autor dessa carta. Os pais da Igreja primitiva Policarpo, Irineu, Clemente de Alexandria, Eusébio e outros afirmam a autoria paulina dessa carta. Paulo recebeu uma refinada educação secular e religiosa  (At 22.3). Ele era um líder do judaísmo na cidade de Jerusalém. Era um fariseu, ilustre membro do Sinédrio, que deu seu voto para matar alguns seguidores de Cristo (At  26.5,10). Convertido a Cristo, foi destinado como apóstolo aos gentios. Foi enviado pela igreja de Antioquia como  missionário transcultural, e, na sua segunda viagem missionária, esteve em Filipos, onde plantou a igreja. Dez anos  depois, quando preso em Roma, escreveu a carta à igreja  de Filipos. Em segundo lugar, onde e quando a carta foi escrita. Essa  é uma carta da prisão. Paulo esteve preso três vezes: em Filipos (At 16.23), em Jerusalém e Cesárea (At 21.27–23.31)  e finalmente em Roma (At 28.30,31), nesta última em  duas etapas. Há evidências abundantes de que Paulo escreveu de Roma, essa carta no final da sua primeira prisão.  Três fatores parecem provar essa tese: Primeiro, as demais  cartas da prisão foram escritas de Roma (Efésios, Colossenses, Filemom), onde Paulo passou mais tempo em cativeiro. Segundo, em Filipenses 1.13 Paulo menciona a guarda  pretoriana (o pretório). Terceiro, em Filipenses 4.22 Paulo  envia saudações dos “da casa de César”, todos os que faziam  parte das lides domésticas do imperador. Werner de Boor  afirma que quando essas três coisas – prisão, pretorianos, casa de César – convergem, não faltam muitos argumentos  para tomar a decisão a favor de “Roma”. Essa carta foi escrita no final da primeira prisão em Roma, e não durante a segunda prisão, visto que Paulo tem  vívida esperança de rever os Filipenses (1.19,25) e ainda desfrutava certa liberdade a ponto de receber livremente seus visitantes (At 28.17-30). Paulo ficou preso em Roma, nessa primeira reclusão, cerca de dois anos, aproximadamente nos anos 60 a 62 d.C. Ele escreveu a Carta aos Filipenses já no final de 61 d.C. Evidentemente essa foi a última carta escrita no período dessa primeira prisão.