sábado, 18 de maio de 2013


A INCLUSÃO SOCIAL  UMA REALIDADE A SER PENSADA


O processo histórico revela que o portador de deficiência mental, em decorrência de conceitos, classificações, avaliações e diagnósticos da própria deficiência foi sendo alvo da construção de um indivíduo sem perspectivas de vida, colocado e mantido à margem, excluído, por desviar-se do padrão de “normalidade” social. No entanto, hoje esta é uma visão ultrapassada e inclusão é a palavra-chave do momento quanto à perspectiva para a prática pedagógica na Educação Especial de portadores de necessidades educativas especiais. a inclusão surge como um desafio para os portadores de necessidades educativas especiais, como é o caso dos portadores de deficiência mental, mas é uma proposta que visa oferecer oportunidades educacionais adequadas a estes indivíduos, que ao longo dos anos vem sofrendo com o processo de exclusão social. A inclusão seria uma forma de respeitar a diversidade, o diferente, incluindo todos dentro do universo escolar e social. O que, no entanto, pressupõe uma escola e profissionais que sejam capazes de atender às suas especificidades, suas dificuldades, trabalhando suas limitações e habilidades. Mas, para tanto,  o currículo escolar para alunos com deficiência mental deve seguir os seguintes objetivos: - reforço da formação geral; desenvolvimento de aptidões genéricas para a vida ativa e hábitos de trabalho; permitir ao aluno o máximo de desenvolvimento pessoal nas suas vertentes individual e social, respeitando o direito à diversidade; além de incidir nos aspectos físicos, afetivos e intelectuais de forma global, em cada momento evolutivo e em função dos diferentes contextos da vivência do aluno

domingo, 12 de maio de 2013


A REALIDADE DA TEOLOGIA ATUAL


A teologia atual encontra-se em agitação e muitas incertezas, acarretadas pelas controvérsias. Quando lancei a primeira edição deste livro em 1954, disse o seguinte: “Há uma tendência no sentido de que os teólogos procurem fixar um terreno intermediário, de modo que consigam harmonizar-se, fugindo aos extremos.” Essa tendência veio a acentuar-se nos últimos anos da década de 1950. Tornou-se muito comum ouvir-se a confissão de pensadores neo-ortodoxos de que tinham abandonado precipitadamente muitas verdades advogadas pelo liberalismo, enquanto, por outro lado, alguns liberais começaram a falar com certo entusiasmo a respeito das correções necessárias, já feitas pela neo-ortodoxia. Os conservadores encontram intuições muito promissoras em ambos os grupos acima referidos. Ainda nos primeiros anos da década de 1960, esses excelentes indícios de bom entendimento conturbaram- se. Verificou-se, então, que os teólogos voltaram à mania de se atacarem. Não se admite mais que os teólogos insistam em acusar seus adversários de “heréticos”, mas é usual que eles procurem diminuir a força dos argumentos adversários como sendo “irrelevantes”.
Não podemos, no espaço reservado para este nosso propósito, fazer mais do que traçar um esboço muito rápido de algumas das tendências notáveis da teologia. Ainda é cedo demais para saber qual delas venha a tornar-se na voz do futuro de modo que devesse merecer aqui um tratamento condizente. Espera-se que o próprio leitor se sinta inspirado a tomar em consideração as novas tendências, estudando-as por si mesmo.
Atrás de todas as recentes tendências da teologia, verifica-se o interesse profundo que existe no sentido de que se procurem soluções para os graves problemas de nossa época (por isso mesmo, o defeito de irrelevância vem a ser o mais odioso que se pode atribuir a um teólogo qualquer). O leitor atento dos capítulos precedentes compreenderá que isso não é coisa nova. Haveria alguém entre os teólogos já estudados que não participasse desse interesse para com o que seja relevante? Qual é, então, a novidade? Prevalece por toda parte atualmente a impressão de que o mundo se encontra em estonteante processo de mudanças e que, por isso mesmo, qualquer teologia ou igreja que se proponha a fazer-se ouvida há de demonstrar-se com suficiente disposição de também mudar com vivacidade e radicalmente

quarta-feira, 1 de maio de 2013


A NATUREZA CONDICIONAL DO CONCERTO.

A natureza condicional do concerto oferecida pelo Senhor (Ex 19.4-6) e aceita pelo povo (19.8) esta evidente acima de qualquer duvida pela forma do próprio texto do concerto. Este documento, que consiste de Êxodo 20.1 a 23.33, tem sido identificado, por muitos anos, como um texto de tratado. Atestados por todo o antigo Oriente Próximo desde os tempos antigos acadianos até aos neo-assirios. Mais particularmente, a forma Sinai tica assemelha-se a documentos recuperados de Hatusa, capital do Novo Reino Hitita. Esses documentos regulamentavam os negócios entre os diversos grandes reis hititas e os aliados subordinados e dependentes. Segundo os documentos hititas, o texto de Êxodo e seu material relacionado (especialmente Êxodo 24) contem seis elementos indispensáveis que possibilitam a identificação da forma literária. O padrão nestes tratados era uma declaração perambular inicial identificando as partes envolvidas no arranjo do concerto e, nas versões hititas, utilizando termos grandiloqüentes e exagerados em referencia ao rei. O preâmbulo no texto bíblico. Êxodo 20.2a, uma declaração incomparavelmente sublime em sua simplicidade. Tudo que diz .: “Eu sou o S e n h o r , teu Deus”. Não há necessidade de amontoar ditos superficiais e títulos de honra, pois a majestade e o poder infinito do grande Rei são inerentes ao próprio nome do concerto e ao seu trabalho eletivo e redentor a favor de Israel. Isto nos leva ao segundo elemento da forma de concerto: o prólogo histórico. Consistia geralmente em um discurso prolongado concernente a relação entre o soberano hitita e os seus antepassados e o regente vassalo e os seus antepassados. Apresentava o primeiro como protetor beneficente que agia desinteressadamente a favor do seu amigo mais fraco. Enfatizava que a graça do protetor se estendia independente da perversidade e infidelidade do vassalo. O prólogo tinha o propósito de estabelecer a base e a estrutura histórica nas quais a relação de concerto era empreendida com sucesso. A narrativa bíblica e, de novo, surpreendentemente concisa e direta ao ponto: “Eu [...] te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Ex 20.2b). Em contrapartida com a ladainha enfadonha e egoísta dos reis hititas esta a afirmação majestosa da reivindicação do Senhor a iniciação e fidelidade do concerto e Ele quem salvou o povo da escravidão irremediável e desesperadora ao despotismo egípcio. E mais do que certo que tal rei estava qualificado para ser e fazer tudo que o seu povo-servo exigisse. A terceira seção de um tratado entre soberano e vassalo era a seção de estipulação, que, ocasionalmente era subdividida entre um conjunto geral de exigências e um conjunto que traçava exigências especificas e detalhadas. O ultimo grupo seria equivalente a emendas ou explanações dos princípios expressos nas estipulações gerais. E o que ocorre no modelo Sinai tico, pois Êxodo 20.3-17 (os “Dez Mandamentos”) contem as clausulas de estipulação gerais, ao passo que Êxodo 20.22 a 23.33 (o “livro do concerto”) corresponde a exposição detalhada ou seção de estipulação; especifica. Esta distinção esta clara pela interrupção que ocorre no documento entre Êxodo 20.17 e 20.23 e também pelos termos técnicos usados mais tarde para descrever as respectivas partes. Êxodo 24.3 destaca que Moises disse ao povo “todas as palavras do S e n h o r e todos os estatutos”. “Palavras” . tradução; do hebraico debarim, termo usado em outro lugar para descrever os Dez Mandamentos, ao passo que “estatutos” e tradução de mispatim, regularmente usado; para referir-se a estatutos especificos. Mais tarde, exploraremos a relação destas duas seções estipuladas. A quarta divisão, que trata da provisão para o deposito do documento e da leitura publica periódica, encontra-se fora do texto do concerto do êxodo. Na realidade, são o deposito do texto e mencionado aqui. Na versão deuteronomica também consta a exigência de leitura publica (Dt. 6.4-9). Vemos a importância de colocar o documento do concerto dentro do Tabernaculo (e depois, no Templo), a residência terrena do Senhor, pelo fato de a arca do concerto ser o primeiro item de “mobília” alistado nas instruções para a construção do Tabernaculo (Ex 25.10-22). Era uma caixa de madeira de acácia que servia de receptáculo para o texto do concerto sináitico e de trono símbolo. 

sábado, 20 de abril de 2013

    A INTERVENÇÃO DA DIDÁTICA.

Ø A ação do professor didática fundamental esta embasada numa estrutura que não separe os fins pedagógicos dos fins sociais, assim o elo entre os fins pedagógicos e os fins sociais deve ser implementado pela didática tomando-se como ponto de referencia a Realidade social onde o ensino esta em desenvolvimento. Isso instiga o professor a buscar um desvelamento da realidade, objetivando a busca de uma pratica educacional mais significativa.  

Ø O ensino não é uma ação neutra, todo o ensino possui um conteúdo pedagógico implícito, que abarca uma concepção de homem, de sociedade e de educação que é à base de sua sustentação. 

Ø A didática fornece bases para que a ação educativa constitua-se como um momento pedagógico processual, ou seja, a ação será sempre voltada para a realidade circunstancial, não havendo mais tempo e espaço para uma ação educativa pautada na repetição de técnicas de ensino. Cada situação do processo de ensino aprendizagem é singular, precisando ser vista a partir de suas características.

Ø As atividades pedagógicas, ao empreenderem processos de aprendizagem, organizam coletivos de alunos que interagem entre si e com os professores, propiciando situações nas quais valores e padrões de condutas são questionados, re-significados e formulados. No entanto, as propostas pedagógicas não tomam, explicitamente, essas situações como parte do processo pedagógico, e são pouco representativas nas formulações curriculares no Brasil.

quarta-feira, 17 de abril de 2013


DEWEY  E A EDUCAÇÃO INFANTIL. 

Dewey refletindo sobre a criança e sua educação  afirma: a filosofia, só pode ser relevante, se mantiver relação com o mundo. A criança se desenvolve, a medida,em que ela possui uma  vida social.A escola tem o papel de oferecer à criança, oportunidade de exprimir em suas atividades: a vida em comunidade. O êxito da educação depende da escola e dos educadores, pois são eles os responsáveis por estreitarem as relações entre atividades instintivas da criança - interesses e experiências sociais, dessa forma entendemos que quanto mais as crianças forem situadas ao ambiente em que vivem, dentro das suas próprias realidades infantis, melhor será o  crescimento extraído deste convívio social.O filósofo em questão, a partir de sua fé e convicção em prol da democracia de uma sociedade e nação posiciona-se; mas este tem uma concepção importante e primordial para a vida da criança quando declara: o jogo infantil é a expressão máxima da atividade espontânea da criança e instrumento educativo, poderoso, capaz de propiciar a ligação vital entre necessidades infantis de desenvolvimento e exigências sociais própria Não existe: sociedade e vida humana, sem democracia. Dewey defende a igualdade, em todos os sentidos e o respeito ao próximo, como também aos ideais da sociedade.religião é a oportunidade de a humanidade se unir e ter um entendimento amplo do valor da vida,  pois os valores devem ser praticados e defendidos pelos homens, ao que declara: “Nossa é a responsabilidade de conservar,transmitir, retificar e expandir a herança dos valores que recebemos para transmiti-la à posteridade mais sólida.”Ao estudar sobre a teoria da evolução de Darwin, surge a concepção mais aguçada sobre a Vida, em seu sentido biológico, entendendo assim como o homem se adapta ao meio em que vive, e a importância desta adaptação para que se possa viver neste meio, nasce então:“planos de ação”.A educação tem efeito democrático quando: o indivíduo tem consciência do social, relaciona-se com a realidade do meio em que vive, participa, intervêm e forma opinião. A criança ao participar socialmente forma-se: culturalmente, intelectualmente e profissionalmente.A criança precisa ser estimulada a querer aprender,  e a melhor forma é despertar o interesse a partir da própria necessidade contextual.

terça-feira, 2 de abril de 2013


JESUS MAIOR QUE TODA A TEOLOGIA.

Quando pronunciamos o nome Cristo não é o simples suporte verbal de uma realidade superior (o platonismo não intervém aqui!). Trata-se, sob esse nome e sob esse título, da sua pessoa mesmo. Não de uma pessoa fortuita, de um "fato histórico acidental" como entende Lessing, por exemplo. As verdades eternas da razão, eis o tipo de fato histórico "acidental"! Assim, o nome de Jesus Cristo não serve para designar um produto da história humana. Os homens sempre acreditaram ter feito uma grande descoberta quando conseguiram demonstrar que Jesus Cristo não podia deixar de ser o ponto culminante de toda história. Achado medíocre, na verdade! Mesmo a história do povo de Israel não saberia se prestar a uma tal demonstração. Certamente, a posteriori, é lícito e mesmo necessário afirmar: nesse homem, nesse povo, a história se realizou ... ; mas ela o fez seguindo uma linha absolutamente nova e escandalosa do ponto de vista dos fatos históricos! Loucura para os gregos, escândalo para os judeus! (1 Co 1.23) Enfim, o nome de Jesus Cristo não esconde um postulado do homem, não designa o produto de seus desejos mais nobres nem o tipo de redentor criado pela sua inquietude. O homem nem é capaz de reconhecer por si mesmo sua inquietude e seu pecado. É-lhe necessário primeiro conhecer Jesus Cristo: é em sua luz que nós vemos a luz que nos revela nossas próprias trevas. Todo conhecimento que mereça esse nome, segundo a fé cristã, provém do conhecimento de Jesus Cristo. Assim toda a teologia se resume em JESUS CRISTO, não tendo argumento maior que a ação de Cristo na história, do ministério que a própria história não tem argumentos definidos para poder decifrar e narrar em toda sua essência e expressividade. A fé esta nele, o amor é proveniente dele, a paz pertence a Ele, a salvação em toda sua extensão esta fixa nele, a eternidade é Ele para sempre conosco em toda sua viva manifestação. Portanto a teologia esta a mercê da existência de Cristo, e sem Jesus a teologia não é coerente e válida. 

quinta-feira, 14 de março de 2013



EDUCANDO NA PERSPECTIVA DE MARTIN BUBER. 

Nesta postagem quero falar sobre o pensamento do Filósofo e Teólogo Martin Buber; que tinha por ênfase no seu pensamento pedagógico sua luta pela Paz, defendida quando morava Na Alemanha, em um período considerado escuro para a perseguição religiosa. Buber vai retomar a dialética Socrática e valorizar a interação do Eu e Tu, como um caminho para o entendimento e compreensão entre as sociedades e os povos. Sua concepção de educação vai ser educar para a comunidade; ou seja, precisamos educar para que o educando inicie o processo de retribuição na sua própria sociedade, sendo um cidadão causador de mudanças positivas.  o processo educativo deve privilegiar a conversa e a cooperação entre as crianças. Para ele, saber se relacionar é mais importante do que ser individualmente bem-sucedido. Assim a educação proposta por Buber, é a que no contato e dialogo professor e aluno, vai se construindo uma educação que beneficia a comunidade.   Assim podemos perceber que para Buber, o caminho para a educação é deixar-se guiar pela própria realidade, tendo um posicionamento que, mesmo suave, deve ser firme, pelo compromisso de revelar o que é certo e o que é errado. Sendo uma educação transformadora, que conscientiza que o aluno deve ser um cidadão socializado, produtor de ações inovadoras que causem a unidade e a harmonia entre as pessoas. Nesta perspectiva este filosofo  parte da meta educacional como sendo a integralidade do ser humano, propondo a  constituição de um ser pleno que busque sempre a totalidade em todos os aspectos de sua  vida, pois somente assim ele pode fazer de sua existência algo realmente autêntico, uma  existência fundada no diálogo, na relação com o outro

sábado, 23 de fevereiro de 2013


 A DISLEXIA TEOLÓGICA

A dislexia é mais freqüentemente caracterizada por dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras, sendo assim o disléxico possui dificuldade em entender o som das vogais e pronuncia-las corretamente. Existem pretensos teólogos, que possuem uma pratica disléxica na interpretação e abordagem, pois não conseguem apreender o verdadeiro sentido do termo e sua proposta; fazendo uma exegese contraditória a realidade da terminologia,vindo a deturpar o texto e o assunto. Não se pode fazer e compor um argumento teológico sem coerência e conscientização, e conceituar como teologia; como muitos fazem, praticando assim uma dislexia teológica. Se não conhece o termo e a proposta nata da palavra em toda sua abrangência, vai ter dificuldades em pronunciar uma concepção coerente e precisa sobre o termo, causando diversas heresias produzidas por uma descaracterização da palavra. Tenho visto muitos intérpretes deficientes em suas abordagens, pois são fixos em suas ideologias limitadas e ricas de tradições, não possuindo uma autonomia e sustentabilidade teológica em sua execução da interpretação e defesa de um texto e proposta teológica. Teologia não pode surgir de revolta, contradição e suposição; mas sim de uma visão centrada na proposta que esta contida no texto e nos termos que o compõem, para se ter assim uma fundamentação  e segurança em suas declarações. Muitas incontinências teológicas surgem de não ter o interprete e exegeta familiaridade linguística e cultural ao assunto abordado e defendido. Precisamos vencer a esses atropelos, produzindo teologia segura, coerente e conscientizadora.  

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013



PLATÃO EM SEUS PRIMEIROS DIÁLOGOS. 

Platão em seus  primeiros diálogos,  os da "fase socrática" , já se buscava algo de idêntico e uno que estaria por trás das múltiplas maneiras de se entender conceitos como "temperança" ou "coragem". Mas esse mesmo que existiria em diversas coisas não era ainda uma entidade metafísica, algo que existisse em si e por si. No Eutífron é que as palavras idéia e eidos aparecem empregadas, pela primeira vez, numa acepção propriamente platônica. Ambas aquelas palavras são derivadas de um verbo cujo significado é "ver" e têm, assim, como acepção originária, a de "forma visível" (primariamente no sentido de "formato" ou "figura"). Ao que parece, já estavam integradas ao vocabulário dos pitagóricos, com o sentido de modelo geométrico ou figura. Nos diálogos da primeira fase, que parecem reproduzir as conversações do próprio Sócrates, a procura do mesmo, além de ficar restrita à busca de um denominador comum no nível da significação das palavras, limitava-se a debates sobre questões morais. Esses debates não eram conclusivos: deixavam os problemas enriquecidos e revoltos, com isso denunciando a fragilidade ou a parcialidade dos pontos de vista confrontados. Ao chegar a esse ponto, a dialética socrática podia dar-se por satisfeita, na medida em que seu objetivo seria o dramático embate das consciências, condição para o autoconhecimento. Já em Platão a partir da fase do Fédon  a dialética vai progressivamente perdendo o interesse humano imediato e a dramaticidade, para se converter, cada vez com mais apoio em recursos matemáticos, num método impessoal e teórico, que visa aos próprios problemas e não apenas à sondagem da consciência dos interlocutores. Torna-se uma pesquisa das interligações entre as idéias, chegando, na fase final do platonismo, a ser considerada um tipo de "metrética" ou arte das medidas e das proporções.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


AS INIMIZADES NO CONTEXTO ISRAELENSE.

No que se refere a Israel, o AT de fato contém respostas para a pergunta pelo distanciamento em relação a pessoas e grupos de pessoas estranhas e pela ligação com as aparentadas ou afins. Trata-se, porém, de respostas que outra coisa não era de se esperar estão revestidas pelo manto da saga ou do extrato de saga na forma de notas e listas. Faz parte da essência da saga reduzir e retratar simplificadamente desdobramentos e constelações históricos complicados. Por isso as afirmações que Israel faz de si mesmo sobre esse tema se apresentam como afirmações sobre as relações de parentesco, de amizade e de inimizade de seus pais. O caminho percorrido pela tradição da saga é o seguinte: cada grupo de pessoas, cada povo, cada comunidade humana, seja lá que características tiver inclusive o próprio Israel é feito remontar a um ou mais ancestrais fictícios. Se tiverem o nome do grupo que representam, esses patriarcas se chamam epônimos. Esse procedimento oferece a possibilidade de apresentar o parentesco dos povos e das comunidades entre si e suas distinções de outros na forma de genealogias dos ancestrais e de narrá-los em sagas de amizades e inimizades dos pais.  Por trás disso está o pensamento genealógico, profundamente enraizado na Antigüidade, em especial na Antigüidade oriental: o interesse de compreender e de representar plasticamente as macro-relações humanas em analogia às micro-relações humanas. Trata-se de um enfoque micro-cósmico do macrocosmo do mundo das nações e das pessoas, uma redução ingênua e irrefletida da multiplicidade de fenômenos e processos históricos. Sobre o modo de pensar dos povos do Oriente Antigo, e com isso também sobre o de Israel, pesa a obrigatoriedade da associação das famílias e dos clãs. Ela determina sua consciência e faz com que acontecimentos históricos complicados apareçam de forma simples como reprodução, amizade e inimizade.  Com isto notamos as divergências políticas, sociais e religiosas, que existem entre Israel e as Nações vizinhas, muitas vezes são causas históricas, fatores herdados pelas ações que ficaram registradas pelas interações no transcurso da jornada de Israel desde seus contatos externos com os povos de o circundam. O que ocorre hoje envolve fatores que mesmo com sentidos políticos, são históricos e estão dentro da esfera dos micros e macros cosmos dos povos que Israel convive. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


RESSURREIÇÃO DO CORPO.

Após termos falado sobre a morte eterna, em sequencia convém falarmos sobre a ressurreição do corpo é de importância central para a mensagem escatológica bíblica. A Bíblia, ao contrário, ensina que Deus criou o homem corpo e alma, e que homem não é completo sem o seu corpo. Tanto a encarnação como a ressurreição corporal de Cristo provam que o corpo não é mau, mas sim bom. Porque Cristo ressuscitou dos mortos, todos os que são de Cristo também ressuscitarão com corpos glorificados. Embora aqueles que morreram em Cristo desfrutem agora de uma felicidade provisória, durante o estado intermediário, sua felicidade não será completa até que seus corpos tenham sido ressuscitados dentre os mortos. A ressurreição do corpo, portanto, é uma doutrina singularmente cristã. Antes de discutirmos a natureza da ressurreição, temos de nos ocupar com a questão do tempo da ressurreição. Já vimos que tanto os pré-milenistas históricos como os dispensacionalistas separam a ressurreição dos crentes da dos incrédulos por um espaço de mil anos. Todos os pré-milenistas ensinam que a ressurreição dos crentes acontecerá no princípio do milênio, enquanto que ressurreição dos incrédulos ocorrerá no final do milênio. Os dispensacionalistas acrescentam mais duas ressurreições além dessas: a ressurreição dos santos da tribulação, ao final da tribulação de sete anos, e a ressurreição dos santos do milênio no final do milênio. Uma das mais notáveis passagens do Antigo Testamento, que tratam da ressurreição dos mortos, é Daniel 12.2: “Muitos dos que dormem no ó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno”. Observe que a passagem menciona a ressurreição dos justos e a dos ímpios simultaneamente, sem qualquer indicação de que a ressurreição destes dois grupos deva ser separada por um longo período de tempo. São muito claras, sobre este assunto, as palavras de Jesus encontradas em João 5.28,29: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz [do Filho do homem] e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”. Aqui igualmente encontramos a ressurreição dos crentes e a ressurreição dos incrédulos mencionadas conjuntamente. É dito especificamente por Jesus: “vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão”. A implicação clara isto parece ser a de que, num tempo específico e determinado, aqui denominado “a hora” vindoura, todos os que  estiverem em seus túmulos ouvirão a voz de Cristo e serão ressuscitados dos mortos. Não há aqui nenhuma indicação de que Jesus pretenda ensinar que um período extremamente longo de tempo separará a ressurreição para a vida da ressurreição para o juízo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013


                                          A ESPERANÇA CRISTÃ P-3


MORTE ETERNA   

É conhecida e denominada Biblicamente de segunda morte, uma separação total da presença de Deus como esta mencionado em Apocalipses  2.11,20.6 e 14,21.8; podemos considerar como a posição final dos perdidos como cita Paulo em Fp.3.19.  A morte eterna é apresentada em paralelo com os seguintes termos e acontecimentos: Geena de fogo (Mt.18.9) ou lago de fogo,fogo inextinguível (Mc.9.43 e 48),pranto e ranger de dentes (Mt.13.42),verme que não morre ( Mc.9.48). Estes termos e expressões identificam o final dos ímpios, uma total separação de Deus e aflição, angustia tormento, pavor e agonia eterna; porém vivos fisicamente, sofrendo todas essas situações e estados em vida física no inferno.  A morte não pode ser tomado corretamente, nem o inferno é o lugar de tormento, por demônios e espíritos amaldiçoados; uma vez que é o lago de fogo, para então o sentido seria, o inferno é lançado no inferno, mas nem por isso o diabo se entende, que tem o poder da morte, e é o príncipe do inferno, se não fosse que o elenco dele para este lago é mencionado antes em (Ap.20.10) ou denota a destruição e a abolição da morte e da sepultura, que a partir de agora eles não deve ter mais poder sobre os homens, nem tem qualquer sob seu domínio, e em suas mãos, e assim o que foi prometido será agora totalmente realizada, (Os.13:14) ver (Ap. 21:04) , ou melhor os ímpios mortos, que devem ter entregue, e será julgado e condenado à morte eterna, (Ap. 20:13) esta é a segunda morte, ou a destruição do corpo e alma no inferno, que consistirá em uma eterna separação de ambos a partir de Deus, e em um contínuo senso de sua ira e descontentamento. A cópia Alexandrina e a edição Complutense ler, "esta é a segunda morte no lago de fogo", e assim a versão em árabe, "e esta é a segunda morte, mesmo no lago de fogo", e não muito diferente é a versão Etíope, "a segunda morte, que é o fogo do inferno". Na próxima postagem continuo falando sobre o que esta reservado para os justos, a nossa viva esperança. 

domingo, 30 de dezembro de 2012



                                      ESPERANÇA CRISTÃ.   P-2  

MORTE

Quando estamos falando sobre esta temática que iniciamos a esperança temos que visualizar a perspectiva escatológica, pois assim que é vista e estudada a esperança no contexto teológico. Mas o que trata a escatologia, que  vai focar sobre a esperança do cristão?    A escatologia tem um lugar importante na construção de uma teleologia cristã. Vários assuntos, tais como a ressurreição, vida depois da morte, céu e inferno, e a volta de Cristo fazem parte desta área de estudo. Podemos definir a escatologia como o estudo das últimas coisas. O estudo da escatologia é dividido em duas partes. Primeiro, é o estudo da escatologia individual ou pessoal, ou seja, o destino eterno dos seres humanos e dos anjos. Isso inclui a morte, o estado intermediário, a ressurreição, o juízo final e inferno e céu. Então começamos falando sobre a morte, um assunto para muitos temível, para escatologia visto desta forma: As Escrituras afirmam que todos morrem (Rm.5.12), e que uma pessoa só morre uma vez (Hb 9.27). A primeira nos lembra que os avanços na medicina não mudarão nada. Qual a percentagem do povo morre? Todos! Pastores e cristãos não devem ficar envergonhados ou intimidados pelos médicos. Eles podem nos ajudar, claro; mas nossa ajuda maior e nossa esperança real está no Senhor, que tem as chaves da morte (Ap 1.18). Podemos enumerar três formas, quase três estágios da morte. A primeira e a mais importante morte é a morte espiritual. É a primeira, porque aconteceu primeiro na história e em cada vida individual. Em Gn 2.17, Deus disse que “no dia em que dele comeres, certamente morrerás.” Alguns pensam que o significado é a certeza do significado, e não necessariamente a proximidade. Adão ficou mortal quando ele comeu, mas morreu muitos anos depois. Acho que Adão ficou mortal quando comeu, mas creio também que ele morreu espiritualmente naquele mesmo dia, naquele momento. O pecado fez separação entre Deus e Adão, e esta separação é a essência da morte espiritual.
 A segunda forma é a morte física. Como a morte espiritual é separação de Deus, a morte física é separação do corpo do espírito, ou a parte material da parte imaterial. A visão hebraica é que uma pessoa é a união de duas partes. Não devem ser separadas. Mas na morte, a Bíblia diz que “o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu” (Ecl 12.7). A morte física é esta separação, esta dissolução das coisas que devem ficar juntos, inseparáveis, que também indica que a morte não foi a vontade original de Deus para o homem, mas o resultado do pecado.
 A terceira é a  morte eterna, ou a segunda morte (Ap 2.11; 20.14), em que o estado do homem é fixado para sempre. Então, podemos dizer que para a morte espiritual, a cura é a regeneração, para a morte física, a cura é a ressurreição do corpo; mas para a morte eterna, não há cura. E sobre esta que estaremos direcionando nossos estudos escatológicos a partir da próxima postagem. 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A ESPERANÇA CRISTÃ. (P.1)

Enquanto os ateus e pagãos,não concordam com a ressurreição do corpo,nos vivemos esta viva esperança. Corpo na Bíblia é simplesmente o homem; homem, além disto, sob o signo do pecado, homem caído. Para este homem é dito "Tu ressuscitarás': Ressurreição significa não a continuação desta vida, mas sua conclusão. Para este homem um "Sim" é dito onde a sombra da morte não pode alcançar. Na ressurreição, nossa vida está envolvida, nós, homens como somos e estamos situados. Nós ressuscitaremos, ninguém mais tomará nosso lugar. "Seremos transformados" (lCo 15); isto não quer dizer que uma vida diferente se inicia, mas "o corruptível se revestirá de incorruptibilidade e o mortal de imortalidade". Então será manifesto que "a morte foi tragada pela vitória". Portanto, a esperança cristã afeta nossa vida como um todo: as nossas vidas serão completadas. Esta que foi semeada em desonra e fraqueza ressuscitará em glória e poder. A esperança cristã não nos conduz para longe desta vida; pelo contrário, é a revelação da verdade na qual Deus vê nossa vida. É o triunfo sobre a morte, mas não um vôo para o Além. A realidade desta vida está envolvida. A escatologia, corretamente entendida, é a coisa mais prática que pode ser considerada. Nela, a luz cai sobre nossas vidas. Esperamos por esta luz. "Nós te oferecemos esperança", disse Goethe. Talvez até ele mesmo sabia desta luz. A mensagem cristã, em toda medida, de modo confiante e confortante, proclama esperança nesta luz. É verdade que não podemos nos conceder ou persuadir de que temos esta esperança de que nossa vida será
concluída. Ela deve ser crida, apesar da morte. O homem que não conhece o que é a morte também não conhece o que é a ressurreição. É necessário o testemunho do Espírito Santo, o testemunho da Palavra de Deus proclamada e ouvida na Escritura, o testemunho do Jesus Cristo ressurreto, a fim de que se creia que haverá luz e que esta luz completará nossa vida incompleta. O Espírito Santo, que fala a nós na Escritura, nos ensina que podemos viver esta grande esperança.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


A DIALÉTICA GERADORA DE MUDANÇAS DE ENGELS E k.MARX.(3º.p)
                                                                                                       
                                                                                                         

MARX E ENGELS PROPONENTES DO COMUNISMO. 


Marx e Engels submetem a uma profunda critica não só aos jovens hegelianos, mas também ao sistema filosófico de que nascera essa tendência, pois defendia que o inimigo mais efetivo do materialismo na Alemanha era o idealismo especulativo, que representava a realidade de uma forma deturpada. Pois o que primava a ideologia destes dois filósofos era uma liberdade, que atacava o sistema dominante que estava implacável na Alemanha e Inglaterra, com isto estes dois filósofos queriam a absorção social do comunismo, onde os operários seriam beneficiados.  Engels denunciava a filantropia hipócrita dos burgueses alemães e a pratica da caridade e das esmolas de pataco, humilhantes para os operários. Estava sendo proposta uma revolução social, uma quebra de paradigmas  onde a economia fixa só na classe dominante teria uma oscilação, vindo a perder sua força, tendo que abrir espaço e valorizar os pequenos empresários e a classe operaria que passaria a ter sua participação no mundo econômico. As paginas dos livros escritos por Engels possuem criticas constantes contra o capitalismo e defesa ao movimento operário, pois este filosofo se torna o primeiro dos partidários do comunismo a notar a grande importância dos sindicatos e das greves econômicas na defesa dos interesses vitais dos operários, propondo sempre caminhos e ideais para uma sociedade com a participação de todos na mesma intensidade, sem exclusão da classe operaria, mas com representação desta classe junto ao governo, tendo assim voz ativa nas decisões sociais e políticas. Uma nova concepção de mundo material, uma transformação política para este momento, o que causava uma ideologia vital para aceitação do comunismo propondo uma discussão e rejeição na Europa materialista do momento, é neste momento que se começa as rejeições a este sistema político, pois é implantado em meio a conflitos sociais, o que começa a causar incertezas em suas procedências. 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


A DIALÉTICA GERADORA DE MUDANÇAS DE ENGELS E k.MARX.
                                                                                                   P.2 
           
 O CONTRIBUTO DIALÉTICO DE ENGELS A CRISE ECONÔMICA. 

Continuando a falar da dialética engeliana e marxista, cito que Engels foi o primeiro dos socialistas á aplicar em uma forma magistral, o método dialético relacionado a analise das relações econômicas da sociedade burguesa; nos seus confrontos ao sistema sócio econômico da Europa em seu tempo. As abordagens egelianas vai se apoiar as criticas feitas de forma incisiva pelos socialistas utópicos, mas indo mais avante completando estas posições, a teses e postulações teóricas com conclusões independentes, vindo assim a fortalecer teoricamente todo o processo defendido por estes socialistas utópicos em suas defesas e refutações ao sistema. Engels vai assim desenvolver a frente a ideia de interligação e  mutuo condicionamento dialéticos entre a concorrência e o monopólio; esta sua defesa e tese é proposta de forma notável e contundente, vindo assim indicar a sua propensão como conciliador e aglutinador de ideais que propõem um confrontação redentora para as classes que estão envolvidas no processo, afim de denunciar os abusos, como da propriedade privada e a concorrência que vão conduzir a centralização do capital, causando assim a miséria das massas populares e as crises freqüentes. Com isto o seu contributo é visto como ameaçador e perigoso aos propósitos da burguesia, mas em contraponto como um rumo novo que esta sendo defendido, um sistema político econômico, observador e defensor do povo, uma proposta socialista que se identifique com os que são explorados, pelo mercantilismo deste período da política Européia. Os ideais de uma sociedade precisam ser coesos e terem uma hegemonia corporativa e unificadora.  Assim Engels em sua proposta dialética, vai defender uma economia que visualize o povo, as massas que são rejeitadas quando o projeto é criado e executado. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2012



A DIALÉTICA GERADORA DE MUDANÇAS DE ENGELS E k.MARX.                                                                                              
                                                                                         P.1

“A dialética é o pensamento da contradição, uma afirmação é ultrapassada por sua negação e esta por sua vez, pela negação da negação, isso é uma nova afirmação. Esse movimento é peculiar, cada momento de dialética e da história ao mesmo tempo ultrapassa o anterior e o conserva, o proletariado, por exemplo, tem sua origem no desmantelamento da servidão medieval”Matos, Olgária
Esta definição de dialética dentre as muitas que já vi mais me interessou, pois vai enfocar a contradição e discordância, surgindo assim o confronto ideológico, que vai unir em uma ascensão as idéias que se convergirem pro mesmo propósito. Como o caso de Engels que é um amigo pessoal de Karl Marx, vindo os dois a desenvolver uma dialética política, onde a pessoa do Vassalo e do Proletário são colocadas em evidencia, e assim na proposta afirmada que depois dos confrontos surge a negação, vão tomar corpo as propostas filosóficas e políticas para a mudança de um sistema que estava fixo e monopolizado na Europa, no período destes dois filósofos. Engels vai fomentar ainda mais sua dialética, a apartir de discordâncias da dialética de Hegel, que é seu contemporâneo, mesmo que a posições políticas hegelianas sejam mais conservadoras vão contribuir para Engels aplicar às idéias fundamentais da dialética hegeliana a vida social.   A dialética evidenciada dos debates destes filósofos neste período é inovadora, para a sociedade do tempo deles, estão nas suas contradições escrevendo uma nova Europa, em seu sistema de política trabalhista. Assim vemos o quanto é contributiva a visualização que surge das realidades sociais em uma dialética que o fim ultimo, será a construção de um novo tempo, neste caso foi o da liberdade e da oportunidade de respirar uma esperança para os proletários, com as propostas políticas soltas no ar por Engels e Marx. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012



LIBERALISMO E MODERNISMO - P.2


Continuando a abordar sobre o liberalismo e suas perspectivas, agora iremos ver sobre as influencias da razão. As intuições que ocorrem ao homem e à razão se constituem nos melhores indícios através dos quais podemos nos informar sobre a natureza de Deus. A mente deve conservar-se aberta a todas as verdades, não importando a procedência delas. Isso quer dizer que os liberais se propõem a manter a mente livre de preconceitos; nenhum problema lhes parece vedado ao meticuloso exame da razão. O surgimento de fatos novos poderá sempre concorrer para que se modifiquem as convicções consagradas pelos costumes e pelo tempo. Os liberais procuram devassar o desconhecido, possuídos que estão da profunda convicção de que qualquer verdade que surja será inevitavelmente uma verdade Divina. Animados desse espírito, os liberais aceitam cordialmente as conclusões da alta crítica bíblica e a teoria da evolução. Recusam-se a admitir uma religião que tenha medo da verdade ou que procure se proteger das investigações da crítica.Torna-se evidente que, na medida em que alguém se mantém liberal com base no método que adota, as conclusões prováveis poderão ser diametralmente opostas. Não é coisa inimaginável, por exemplo, que alguém possa obedecer a esse método liberal e chegar à adoção de uma teologia bem parecida com a conservadora. Entretanto, o liberalismo foi associado a certas conclusões, tanto quanto com o método descrito, de modo que, uma vez que temos de continuar a análise da escola, é necessário que examinemos algumas das aludidas conclusões.Subjazendo ao liberalismo teológico tal como veio a proliferar nos primeiros vinte e cinco anos deste século, encontra-se a influência da filosofia do Idealismo Absoluto, originária de Hegel e de Lotze, mas reinterpretada na América do Norte por Josiah Royce. O Idealismo Absoluto tem suas bases na idéia de que, se o homem pode crer no próprio conhecimento, será imprescindível supor a existência de uma estrutura racional do universo fora dos domínios de sua mente. As faculdades da razão humana, sua lógica e suas suposições apriorísticas só poderão funcionar para nos dar conhecimento do mundo se admitirmos que o mundo obedece a princípios correspondentes. Em outras palavras, podemos depositar confiança em nossa mente somente na medida em que possamos admitir que o mundo também expressa uma mente ou razão. O idealismo veio, portanto, a interpretar toda realidade como evidência da razão ou mente divina. Por outro lado, o Idealismo se tornou logo muito bem visto pelos cristãos pelo fato de sugerir excelentes meios de ataque contra todas as formas de filosofia materialista.Alguns idealistas, como Hegel e Royce, fizeram com que a terminologia cristã se tornasse parte inerente do sistema por eles defendido. Todavia, para esses homens, as doutrinas cristãs não passariam de símbolos de verdades racionais de que os homens são portadores. Assim pensando, por exemplo, afirmavam que o conceito da divindade de Jesus seria somente uma enunciação simbólica do fato de que todos os homens trazem consigo um aspecto divino em sua natureza. O conceito básico da Bíblia, que consiste em demonstrar que Deus tem se revelado a si mesmo através de certos acontecimentos pertinentes da história, foi considerado pelos idealistas como noção ingênua e pré-filosófica.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012


LIBERALISMO E MODERNISMO O CONFRONTO A ORTODOXIA.
 p/1


Os termos “liberalismo” ou “modernismo” são de difícil definição. Primeiro, porque era coisa muito comum, durante os conflitos assinalados entre fundamentalistas e liberais, sempre que alguém não fosse fundamentalista, automaticamente ser posto no rol dos liberais ou modernistas. Os dois termos são empregados como sinônimos, embora não tenham faltado tentativas de diferenciá-los. Um outro problema associado às tentativas de definição é o fato de que o liberalismo é, por sua própria natureza, de tal ordem, que muitas posições podem estar contidas em seu escopo.
Apesar de suas variedades, o liberalismo assumiu, na opinião de grande parte de seus defensores dos primeiros anos do século, o significado de uma reconstrução do cristianismo ortodoxo. Não obstante o fato de que os fundamentalistas considerassem os liberais como verdadeiros subversores da fé, os liberais se tinham a si mesmos como salvadores da essência do cristianismo. No entender dos liberais, eram os fundamentalistas que estavam levando o cristianismo a perder sua influência, pela insistência que faziam em mantê-lo em moldes envelhecidos, fazendo-o impossível de ser aceito por pessoas inteligentes. Típica da atitude dos liberais era a declaração muito difundida, feita por Fosdick, de que, para ele, o problema não estava na enunciação de uma nova ou de uma velha teologia, pois o problema real era o de ter-se uma nova teologia ou não se ter nenhuma teologia.
Para que possamos entender o liberalismo, temos de saber de que nele se encontram dois elementos. Há, antes de qualquer coisa, as considerações relacionadas com o método próprio do liberalismo, isto é, o método que significa a capacidade conferida aos liberais de, provavelmente, chegar a conclusões diversas. Em adição a isso, deve-se considerar a existência de certo acervo de pensamentos que se vêm acumulando e que é típico dos liberais.
O método do liberalismo inclui uma tentativa de modernizar a teologia cristã. Alegam os liberais que o mundo tem passado por mudanças radicais desde quando foram elaborados as primeiras confissões de fé da cristandade; isso faz com que elas assumam feição arcaica e destituída de realidade ao homem atual. Temos, então, de repensar o cristianismo de modo que ele seja expresso em formas mentais inteligíveis ao mundo de nossos dias. Fosdik costumava dizer que temos de expressar a essência do cristianismo, suas “experiências permanentes”, mas não é legítimo procurar identificar essas experiências com as categorias transitórias nas quais foram expressas no passado. Por exemplo, diz Fosdick, uma das experiências permanentes do cristianismo tem sido a convicção de que Deus triunfará definitivamente sobre o mal. Essa convicção tem sido retratada, tradicionalmente, mediante a categoria do Segundo Advento de Cristo nas nuvens para destruir as forças do mal e estabelecer o domínio do bem. Já não podemos manter essa categoria antiquada, mas podemos ainda crer na verdade que se procurava exprimir através da antiga maneira de se dizer. Podemos continuar trabalhando sob a convicção de que, mediante a dedicação de seus seguidores desprendidos, Deus se encontra no presente empenhado na edificação de seu Reino e de que haverá uma renovação proposta à nossa vida individual e social, visando a que toda conduta se conforme à vontade divina. A essência da fé fica, portanto, estabelecida, diz Fosdick, mesmo que a forma de enunciação na qual se encontrava revestida seja abandonada como coisa ultrapassada.Na próxima postagem estarei prosseguindo o assunto e o concluindo

sábado, 20 de outubro de 2012


DESIGN INTELIGENTE E TEORIA DA EVOLUÇÃO





domingo, 14 de outubro de 2012



O SER E O OBJETO NA FENOMENOLOGIA.

A fenomenologia é uma tendência que exerceu influencia no século 20, fundada por Hurssel, torna-se uma transposição dos limites da filosofia, pois fundou a filosofia contemporânea, vem a ser uma renovação do exercício da filosofia, pois ai surgi a interrogação. A fenomelogia vai trazer a tona a relação do sujeito e o objeto, uma relação de como vai se constituir o conhecimento, que vai possuir três vertentes na atualidade, sendo o realista: O que sustenta ao primado do objeto, onde tudo é aprendido a partir dos sentidos e assim a a partir do analise do objeto descubro vindo a conhecer, a segunda vai ser a idealista que vai sustentar o ponto de partida as idéias logo sendo a primazia o sujeito, onde estará em voga o acordo entre o sujeito e o objeto, uma correspondência que surge do analise das idéias, onde chego através desta  proposta a conformidade entre as coisas e a mente ou as idéias; a terceira e ultima vai ser a filosofia Kantiana, que vai inquirir qual o contributo do objeto e o da mente, vindo a redistribuir as funções apresentando um meio termo tornando o conhecimento uma síntese desta duas instancias, onde é configurado o conhecimento como uma equivalência entre o objeto e a mente. Portanto o conhecimento vai estar aferido ao sujeito, mas este vai depender do seu contato com o objeto, nas experiências, avaliações e analises. Sendo esta contribuição do sujeito o que Kant vai denominar de fenômeno, vindo ai indicar os elementos transcendentais do conhecimento os fenômenos incalculáveis, vindo ai ser percebido a fenomenologia do Ser. O que lhe distribui forma e organiza o conhecimento dentro da capacidade do individuo dentro do ser cognitivo. É como se a consciência tem o poder de projetar o conhecimento que vai aquilatar através do seu contato com a objetividade e sujebtividade.  A fenomenologia vai desobstruir a competição entre o sujeito e o objeto, propondo um equilíbrio, onde Hurssel vai retirar os efeitos naturalistas que causam este confronto entre o objeto e o sujeito. Vindo ai perceber a ação da consciência de rastrear as coisas e organizar suas idéias, compondo assim a sua percepção de tudo.     

domingo, 7 de outubro de 2012



CONSCIÊNCIA E A ESSÊNCIA NA DEFASAGEM ÉTICA DO SER.  

Ao postar nesta semana decidi estar falando sobre a concepção ética no sentido sociológico de Hegel, que vai enfocar em sua obra fenomelogia do espírito, sobre a consciência e a essência relacionados a ética. A consciência quando aplicamos sua efetividade à atuação da ética verificamos que vai de encontro ao Ser, onde surge à consciência de si, nesta perspectiva percebemos as posições e oposições do Ser em suas atuações e intervenções aferindo a intensidade da ação, resultante das manifestações de seu caráter. A ética aferida a consciência do Ser possui o efeito publico e individual, que vai desenvolver uma proposta envolvendo o individuo em suas manifestações e interações, que terão conseqüências diversificadas, onde pode as reações sociais se for publica lhe desqualificar e desabonar, causando os danos de diversas ordens; e se for individual vindo a compor sua conduta pessoal, indicando suas qualidades que podem causar a rejeição e por fim o recalque pessoal. Estou evidenciando no texto as ações éticas ruins que descritibilizam o Ser; para podermos avaliar suas dimensões na participação do individuo na sociedade. Quando estamos ainda mencionando sobre a consciência ainda temos que visualizar a obediência, desobediência, voluntariedade e a involuntariedade  pois existem atos que são causados devido a uma obediência a uma proposta, outros implicam a transgressão de uma lei o que é a desobediência; outros podem ser de ordem voluntarias e involuntárias; porem não vou detalhar nesta perspectiva, pois pode aqui surgir outro texto, o que não é meu propósito para este escrito. Ao falarmos agora de essência estamos evidenciando, sobre a integralidade de uma ação, no seu sentido lato, onde fica explicito se teve um sentido conotativo de ordem pessoal ou impessoal, causada de forma proposital ou por uma reação intempestiva, muitas vezes em uma avaliação da essência não observamos suas origens no sentido filosófico, ou seja, dentro das manifestações do Ser. Onde precisamos visualizar o temperamento, as tendências, influencias do ambiente e cultura, como principalmente sua vida religiosa e sentimental. Pois a religião como norteadora do caráter ético do Ser, vai indicar o porquê de uma pratica que desabone o Ser, aferindo o deslize a uma serie de procedentes resultantes de sua falta de integridade espiritual. Já os sentimentos são elementos condutores das nossas atitudes, podendo ter evidencias positivas e negativas em uma vida; onde cada pessoa é aceita ou rejeitada pela sociedade. Na próxima postagem concluo este assunto. 

sexta-feira, 27 de abril de 2012


TRABALHO UM AGIR DO HOMEM COM A ORDEM DE DEUS. 

Ao verificar e analisar o enfoque da abordagem capitalista de Marx, vamos primeiro ver a realidade da produção, efetuada pelo proletariado, vindo a surgir a importância da quantificação dos produtos do trabalho humano, que permite o cálculo de sua equivalência, o de Trocar-se uma certa  quantidade de moeda por um saco de cimento. Mas essa relação parece ocorrer entre ações que evidenciam, as realidades do causadas pelo trabalho, em sua participação na sociedade. Pois a participação do trabalhador causa, “uma relação social determinada dos homens entre si, adquire para eles a forma fantástica de uma relação de coisas entre si”. Este é o que Marx chama de caráter fetichista da mercadoria, dado pela incapacidade dos produtores de perceber que, através da troca dos frutos de seus trabalhos no mercado, são eles próprios que estabelecem uma relação social. Em outras palavras, o fetichismo do mundo das mercadorias deve-se a que os atributos sociais do trabalho são ocultos detrás de sua aparência material já que o  interessante na prática aos que intercambiam produtos é saber quanto obterão em troca deles, isto é, a proporção em que se intercambiam entre si, surgindo a importância da remuneração,ou da   proporção da estabilidade habitual, parece-lhes proveniente da natureza mesma dos produtos do trabalho. Causadores assim da motivação social, promovida pela classe dominante e absorvida pelos que fazem parte da geração do suor, o proletariado. Ai faço um elo entre esta proposta filosófica e a teologia; onde tambem vai ser defendido a importância do trabalho para sobrevivência humana, e que o trabalhador terá uma hierarquia, sendo o produtor do que a sociedade necessita que é o produto do trabalho, o propulsor da economia. Deus requer do homem seu agir, pois assim fazendo esta intervindo no transitar se sua história, que é escrita por Deus, mas depende do agir do homem em seu trabalho e convívio social. 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Apos mais de uma semana sem postar, estou novamente adicionando mais um texto, para a contribuição do saber, para o leitor, hoje vamos abordar um assunto da filosofia. 

ANALISE FILOSÓFICO DO JUÍZO 

O juízo, como ato fundamental a que todos os outros se reduzem, está exposto, por sua vez, a erros transcendentais, que são erros que caracterizam as limitações da especulação e, como se verá mais a fundo ainda na Crítica da Razão Pura: a necessidade de uma correção prática de seu uso: através de ideias regulativas com o propósito de dar uma perspectiva global no uso sistemático das regras especulativas (ou os conceitos). É dessa forma que se pode estabelecer uma primeira ligação do juízo e o conceito de ideal prático já presente na Crítica da Razão Pura com o primado da razão prática. Justamente porque é um ato teórico primitivo, que não se reduz a outro mais elementar, o juízo não pode ser corrigido teoricamente. A sua correção é sempre um apelo à dimensão prática, regulativa, que explora as possibilidades de globalização da perspectiva de julgar, dando um ideal comparativo que corresponde à ambição da razão pura ao incondicionado. Porém, apenas praticamente, essa ambição é inofensiva; não provoca dialetizações.  É a partir dele que temos acesso a todos os juízos sintéticos a priori. Mas é, além disso, altamente prestativo na medida em que nos instrui sobre como evitar a influência desmedida da sensibilidade sobre o entendimento  que constituiria um erro do juízo, raiz dos erros transcendentais. Como o julgamento é a administração das intuições que serão sub sumidas por um conceito, a avaliação da particularização das leis, pode-se entender melhor porque a lógica transcendental pode ser identificada com um conjunto de prescrições para a faculdade do juízo.